Marchando com o inimigo


Carlito Merss (PT) está se tornando um excelente cabo eleitoral para José Serra/PSDB (direita). À frente da maior cidade do Estado, o prefeito de Joinville está sepultando de vez as pretensões da “companheira petista Dilma (esquerda)” de derrubar o tucano na cidade.

Marchando com o inimigo (2)
Não é à toa que a última pesquisa Datafolha (divulgada no sábado (27) pelo jornal Folha de S. Paulo) mostra Serra com confortáveis 48% das intenções de voto na Região Sul, contra 20% de Dilma.

Ele tinha uma missão
Quando eleito, Carlito tinha como principal missão, pelo menos dentro do partido, de mostrar que as acusações feitas pelos adversários de que o PT tinha “acabado” com as cidades de Chapecó, Itajaí, Blumenau e Criciúma, quando governaram estes municípios era mentira. Mas, ao contrário, com uma sucessão de desgastes, Carlito acabou dando arma pro bandido.

O Rei está nu


A derrota de Dário Berger, nas prévias do PMDB, no último sábado (27), deixou evidente que o poder do ex-governador Luiz Henrique da Silveira dentro do partido, pelo menos em Santa Catarina, já não é mais aquele de tempos atrás.

Os primeiros sinais de desgaste de LHS, entre os seus correligionários, aconteceu nas eleições de 2008, quando Luiz Henrique empurrou goela abaixo o nome do até então “forasteiro” Mauro Mariani para a disputar o pleito para prefeito de Joinville, renegando várias lideranças do partido. Mariani dizia na época que seria mais fácil ver vacas voando do que ele fazer menos de 15% dos votos. Fez um pouco mais de 12%.

Agora, novamente, LHS quis demonstrar que realmente manda e encampou, via escudeiros é lógico, o nome do prefeito de Florianópolis para ser o candidato do PMDB ao Governo do Estado. Mais uma derrota. Eduardo Pinho Moreira venceu a disputa por 99 votos de diferença.

Das duas uma, ou LHS não está sendo muito feliz nas suas escolhas, ou o “ velho MDB de guerra”, como ele gosta de dizer, está dando um recado ao agora candidato ao Senado: chega de dançar conforme a sua música. Capiche?

As palavras de Eskudlark

Interessante ver o delegado-chefe da Polícia Civil em Santa Catarina, Maurício Eskudlark falar em humilhação. Segundo ele, “Temos que nos humilhar com dignidade e refazer o trabalho. Não temos a obrigação de condenar ninguém, mas de apurar a verdade”. Ou seja, precisou uma decisão do Tribunal de Justiça para que o nº2 da segurança pública de Santa Catarina perceber que a polícia tem de fazer o seu papel: investigação.

Oscar do Rosário foi humilhado, a população foi humilhada e até a pequena Gabrielli foi humilhada. Então, nada mais justo que a atrapalhada polícia que pegou um suspeito perfeito e transformou num condenado perfeito, mesmo não tendo nenhuma prova contra ele, receba sua cota de humilhação.

Ainda segundo Eskudlark, “a decisão (do TJ) deve servir para melhorar o trabalho de investigação”. Mas não podemos esquecer que a polícia de Joinville e seu delegado regional são reincidentes. Antes de Oscar, Dirceu Silveira Júnior e sua trupe já havia se tornado vexame nacional com o caso do “maníaco da bicicleta”. Invadiu a casa de um inocente, prendeu o infeliz e ainda, em cima de uma foto do criminoso escolhido por ele, forjou um retrato falado para ser divulgado pela grande mídia. Mais tarde o verdadeiro culpado foi encontrado, mas o jardineiro Aloísio Plocharski já era reconhecido e descriminado nas ruas por ser o “maníaco da bicicleta”.

Nós já sabíamos

A notícia de que o pedreiro Oscar do Rosário seria libertado pegou a maioria da imprensa de surpresa. Depois da condenação, em agosto de 2008, os principais veículos de comunicação da cidade deram a “missão como cumprida”, ou seja, o pedreiro não era mais pauta. Hoje, os mesmos veículos que abraçaram a tese da polícia e taxaram Oscar como monstro dão destaque para informações que você, leitor da Gazeta, já sabia há muito tempo: Existiam falhas gritantes no processo, irregularidades nos procedimentos policiais e que a morte da menina Gabrielli pode não ter passado de um trágico acidente. NÃO HOUVE CRIME.





Quem é a mulher que devolveu Oscar aos braços da família

Pesquisando na internet o perfil de Salete Sommariva, encontrei um texto assinado pelo escritor Osvaldo Torres que descreve, de forma magistral, quem é a desembargadora autora do voto que influenciou outros quatro desembargadores e anulou o processo que condenou o pedreiro Oscar do Rosário a 20 anos de prisão:

"Formada em 1977 já com três filhos pequenos, começou a advogar em Criciúma, na época, um campo predominantemente masculino. Foi através do profissionalismo que conquistou colegas, magistrados e funcionários, ganhando o respeito e não teve dificuldades para crescer na carreira pelo fato de ser mulher.

Descobriu-se no Direito e mais voltada para as relações com a família, pelo envolvimento entre advogada, cliente e família, exigindo ser também uma espécie de psicóloga.

Veio o primeiro júri, as vitórias na carreira e o amadurecimento, sempre se aproximando cada vez mais dos menos assistidos materialmente, e foi na defesa dos fracos e oprimidos que fica a marca da sua trajetória, fazendo da profissão um sacerdócio."


Na manhã desta quinta-feira (25), enquanto Sommariva estava em Florianópolis, na sessão que reuniu as Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, durante quase seis horas, milhares de advogados, juízes e alunos de cursos de direito tiveram acesso ao voto que iluminou o caminho escuro em que estava o processo e partiu o cadeado que mantinha o pedreiro Oscar do Rosário, preso injustamente, em uma cela da Penitenciária Industrial de Joinville.

Aquele que era apenas um voto divergente, se tornou o voto vencedor não apenas convencendo a maioria dos desembargadores, mas também, derrubando o voto de dois relatores.

Profeticamente, a capa da edição 305 da Gazeta continha um lembrete "PARA GUARDAR". Se antes o voto de Sommariva já era considerado uma "aula de direito criminal", agora é um voto histórico que deverá ser citado em várias sentenças pelo Brasil à fora.

Então caro leitor, se você foi um dos felizardos a receber o encarte especial com o voto da desembargadora, reforço o conselho: este é "PARA GUARDAR".

Infraestrutura estacionada

É de causar espanto o número de ligações para a redação da Gazeta reclamando da situação em que se encontram várias ruas dos bairros da cidade. Todo dia, pelo menos um morador de um bairro, de norte a sul, de leste a oeste, denuncia o descaso da pasta comandada pelo pepista Arial Pizzolatti.

Guilhotina

O fato de deputados ficarem presos dentro do elevador e a morte do pai do presidente da Conurb Tuffi Michereff, por falha do desfibrilador do PA Norte – apesar da família garantir que o óbito de Salomão Michereff Neto, de 74 anos, não teve nada a ver com o problema – derrubaram o assessor de imprensa da Secretaria da Saúde. Ninguém confirma e todo mundo jura que não tem nada a ver, mas o fato é que Altair Nazário recebeu o cartão vermelho depois dos incidentes.

Pérolas

Ainda na discussão sobre a Lei Quinzinho, algumas pérolas foram cuspidas ao microfone. O vereador Adilson Mariano disparou: “Estamos brincando aqui? Fazendo Leis para não serem cumpridas? Já o tucano Jaime Evaristo (PSDB) alfinetou: “Se a Lei já tem 12 anos, por que não fiscalizaram quando vocês eram oposição?” Mas o troféu “a melhor do dia” vai para o petista Manoel Francisco Bento (foto): “Me atrevo a dizer que a metade das Leis aprovadas nessa casa não são colocadas em prática”.

Perguntar não ofende
Se o vereador Bento tem razão, o que os vereadores estão fazendo lá, já que apenas 50% das leis entram em vigor? Que tal reduzir também pela metade o salário dos nobres edis?

Lei não é para cumprir? Então cumpra-se

A sessão de terça-feira (23) da Câmara de Vereadores teve de tudo: troca de farpas entre oposição e situação, debate acalorado e acusações mútuas. Agora, se o leitor pensa que a discussão girava em torno do aumento da passagem de ônibus, da água ou do caos da saúde, está enganado. O “pau comeu” na votação sobre o Projeto de Lei Nº 274/09 – 09/11/09, de autoria do vereador Joaquim Alves dos Santos (PSDB) que institui uma Central Única de Cadastramento de Documentos e Objetos Achados e Perdidos.

Aonde pegou?
O embate começou quando o vereador Adilson Mariano (PT), ocupou a tribuna para “lembrar” os digníssimos parlamentares sobre a existência de uma lei idêntica, aprovada e sancionada pelo Executivo em 1998 (e lá se vão 12 anos). Para não perder a viagem, Mariano colocou fogo no debate ao questionar o porquê de uma lei nova se bastaria cobrar do Executivo a aplicação da antiga.

Só agora?
A alfinetada bastou para as duas alas que compõem a Câmara começarem a procurar culpados pela falta de fiscalização do legislativo para que sejam cumpridas as leis aprovadas e sancionadas pelo Executivo. Resultado: um culpou o outro, o outro culpou um e lá se foram preciosos minutos perdidos em uma discussão que não levou a nada.

Engavetada (1)
Para exemplicar, lá vão duas leis que foram aprovadas na Câmara, sancionadas pelo prefeito e esquecidas nas páginas do “Jornal do Município”. A primeira é a Lei 31/2005, de autoria da vereadora Tânia Eberhardt (PMDB), que obriga todo local com grande concentração de pessoas a ter um desfibrilador à disposição, em caso de emergência.

Engavetada (2)
A segunda é a Lei n. 6.248, de 09 de julho de 2008, de autoria do ex-vereador Fábio Dalonso (PSDB), aprovada no legislativo e sancionada pelo ex-prefeito Marco Tebaldi (PSDB) que obriga as escolas municipais a terem professores de educação física preparados e treinados para atuarem em situações de primeiros socorros, ou seja, “um socorrista professor” com conhecimentos técnicos para auxiliar em casos de emergência. Esta lei também repousa nas páginas do Jornal do Município nº 725, de 18/07/2008.

Resposta ao Sr. Carlos Roberto Silva

Caro leitor!

Infelizmente o "equivocado" é o senhor. Vicente Donini, hoje aos 66 anos, é um dos empresários mais respeitados do Estado. Ele transformou a Marisol, uma empresa familiar, numa das maiores indústrias têxteis do Estado e do país. De fato o empresário Vicente Donini construiu seu império em Jaraguá do Sul, mas é natural de Joinville, ou seja, uma valiosa Prata da Casa sim.

Uma simples conferência no Google, poderá eliminar qualquer dúvida sobre o assunto.

Grande abraço e continue participando do blog.

Não engolimos a farsa

O caminho em busca da verdade nem sempre é fácil, porém, cumprindo os mais elementares preceitos jornalísticos, essa Gazeta, não se intimidou em buscar a informação fora do vicioso circulo das fontes oficiais.

Desde o anúncio do nome de Oscar Gonçalves do Rosário, como o suspeito e réu confesso da morte da menina Gabrielli Cristina Eichholz, de apenas 1 ano e 6 meses, feito na chuvosa noite do dia 12 de março de 2007, na Delegacia Regional de Joinville, muitos caminhos foram percorridos na busca de indícios mais fortes do que a frágil confissão, que conforme o próprio acusado, foi arrancada com métodos pouco convencionais.

Entretanto, o que foi encontrado ao refazer o caminho inverso da suposta investigação, muito se diferenciou do crime que outros veículos de comunicação insistiam em afirmar existir.

Que imprensa é essa?

Foram radialistas enfurecidos, que ao ver a credibilidade do amigo delegado ser colocada a prova, realizaram precipitados julgamentos. Houve também jornalistas apoiados em convicções pessoais, além de promotores que incansavelmente tentaram dar veracidade a uma comprovada farsa, muitas vezes servindo de assessores de imprensa dos colegas de profissão.

Repórteres que contribuíram para que a injustiça ganhasse corpo, quando de suas confortáveis redações se limitavam a reproduzir apenas aquilo que chegava pelo telefone, ora da polícia, ora de promotores. Monstro, foi apenas um dos adjetivos atribuídos por alguns radialistas ao pedreiro Oscar Gonçalves do Rosário, que ficou injustamente privado de sua liberdade por três anos e treze dias.

Ao sabor do vento

Com isso, não apenas Oscar sofreu, mas, sua família e toda uma sociedade que viu ameaçada não somente a liberdade de um rapaz pobre, e sim a sua própria.

No entanto, o pejorativo “monstro”, se adequaria melhor aos que deliberadamente utilizam os microfones para sustentar a mentira e atacar a verdade sem qualquer compromisso com a ética que o meio requer.

São profissionais que mancham o jornalismo com uma ignorância sem precedentes na história da imprensa joinvilense.

Felizmente, o desfecho desse caso mostrou que a verdadeira justiça permanece cega e não se curva a factóides criados para desviar a atenção da verdade.

Como um barco a deriva, que navega conforme a direção do vento, muitos dos que condenavam Oscar, perceberam a proximidade do julgamento e entenderam que o surgimento da verdade seria irreversível, lançaram-se então ao sabor do vento e apressaram-se em suavizar suas palavras em relação ao humilde pedreiro.

Iniciativa tardia, pois, o comodismo e conivência demonstrados ao longo do caso, cortaram fundo a carne de quem foi arrancado do interior de sua casa e jogado em uma cela sem uma prova sequer que justificasse a materialidade de um crime nascido a fórceps. E que essas cicatrizes que jamais serão removidas, ao menos sirvam para reavivar a memória quando outro inocente perecer no cárcere da insensatez.

Essa Gazeta não merece mérito, afinal, não quebrou paradigma algum, apenas aplicou o conceito já existente de jornalismo, ou seja, o compromisso com o interesse público presente em todos os fatos jornalísticos que elegemos e divulgamos.

PERSONAGENS DA FARSA: A irmã que recebeu a ligação de Oscar

A irmã que recebeu a ligação de Oscar

Maria do Rosário, irmã de Oscar, 18 anos, esperou ansiosa a liberdade do irmão. Ela era a única que estava em casa no dia 12 de março de 2007, quando Oscar foi preso. Sempre emocionada e chorando ao tocar no assunto, a adolescente lembrava todos os dias daquela manhã em que Oscar foi preso.

Maria do Rosário foi à pessoa que recebeu a ligação que serviu de álibi para Oscar e que mais tarde foi comprovada pela companhia telefônica. No dia 3 de março, ela tinha acabado de chegar à igreja Nossa Senhora das Graças, no bairro Cristo Rei, em Canoinhas, onde dá aulas de catequese. Às 8h05, Após iniciar suas atividades juntamente com Maria de Lurdes, responsável pela igreja, seu telefone celular tocou pela primeira vez. Era Oscar que gostaria de falar com a mãe, dona Gracilda do Rosário. Maria respondeu não ser possível, pois ela estava dentro da igreja e pediu para o irmão retornar a ligação às 9h30, horário que deveria chegar em casa.

A jovem deixou então a igreja às 9 horas e caminhou em direção a sua casa que fica distante 2,5 km do local onde recebeu a primeira ligação. Maria caminhou sozinha por uma estrada de asfalto e por ruas de barro que dão acesso à residência, localizada no bairro Cristo Rei.

A caminhada leva por volta de 30 minutos, e no exato momento que ela pisou na calçada de casa o telefone tocou novamente. Essa ligação ocorreu entre 9h20 e 9h25. Era Oscar, novamente pedindo para falar com a mãe. A menina passou o telefone para Gracilda.

PERSONAGENS DA FARSA: Promotor Andrey Cunha Amorim

Mesmo sem provas materiais promotor denunciou Oscar

Em entrevista coletiva, no dia 27 de março, o promotor de justiça, Andrey Cunha Amorim, anuncia sua pretensão em denunciar Oscar. Na época, o promotor revelou que não havia como fazer o teste de DNA para comprovar a autoria do crime , dizendo, inclusive, que a realização do exame teria sido prejudicada.

Andrey afirmou que a roupa da menina estaria impregnada por líquidos corporais do suspeito, mas que foi entregue à família e acabou sendo lavada, prejudicando qualquer exame. Segundo ele, também não havia sangue. Entretanto, a afirmação entra em choque com as declarações concedidas pelo delegado Rodrigo Bueno Gusso, no dia 6 de março.

A denúncia do Ministério Público que foi assinada pelo promotor, alegou que a menina foi estrangulada, jogada no chão e posteriormente sofrido abuso sexual. Tudo contestado por especialistas.

PERSONAGENS DA FARSA: Juíz Renato Roberge

Juíz preferiu lavar as mãos e deixar juri popular decidir

O juiz da 1ª Vara Criminal de Joinville foi quem recebeu a denúncia do Ministério Público contra o servente de pedreiro Oscar Gonçalves do Rosário.

A farsa montada pela polícia no caso do pedreiro Oscar foi suficiente para convencer o juiz Renato Roberge a pronunciar o jovem por um crime cuja materialidade foi contestada por todos os legistas da cidade e até o renomado Badan Palhares.

Roberge, não considerou a completa impossibilidade do crime descrito pela promotoria, que não apresentou nenhuma prova material que ligasse o pedreiro à morte da menina e nenhuma testemunha para dar sustentação à acusação.

PERSONAGENS DA FARSA: Luzinete Soares

Ela atendeu Gabrielli mas não constava no inquérito

Foi a pediatra que atendeu Gabrielli Cristina Eichholz, no pronto-socorro do Hospital Hans Dieter Schmitd. Declarações da médica sustentaram que a fralda da menina estava intacta, sem sangue, esperma ou qualquer outra coisa que indicasse violência sexual. Após a verificação do óbito de Gabrielli, a pediatra encaminhou o corpo para o Instituto Geral de Perícias (IGP), um procedimento padrão nesses casos.

PERSONAGENS DA FARSA: Diderot Voigt Cordeiro

“Até ás 13 horas eu nem sabia que o Oscar existia”

Advogado que acompanhou a duvidosa confissão de Oscar, foi mais uma engrenagem da possível farsa montada pela polícia no caso da menina Gabielli. Detalhes que não haviam sido revelados pela polícia na ocasião da suposta confissão de Oscar, vieram à luz através de Diderot, que foi chamado somente 4 horas após a prisão do servente.

O advogado foi requisitado por um amigo que era policial naquela comarca para acompanhar o depoimento.

Ele disse não fazer idéia do que se passou com Rosário durante as o tempo em que ele ficou sem assistência jurídica, e afirma que um defensor deveria ter sido designado logo que o rapaz foi detido, “Até ás 13 horas eu nem sabia que o Oscar existia. Não se sabe o que aconteceu nesse espaço de tempo, pelo menos eu não sei”, revelou o advogado.

PERSONAGENS DA FARSA: Rodrigo Gusso

As maiores inverdades partiram da boca dele

No dia 12 de março de 2007, ele declarou a imprensa que haviam prendido o servente de pedreiro Oscar Gonçalves do Rosário, e que o mesmo era réu confesso. Gusso também confirmou ter havido um crime sexual, “Sim! Houve o abuso sexual, uma violência sexual, uma agressão física e conseqüentemente, à morte da menina”, afirmou o delegado.

Além disso, antes disso, no dia 6 de março daquele mesmo ano, o delegado deu a seguinte declaração para jornalistas da Agência Estado, “A agressão foi feita com extrema violência, a ponto de dificultar a coleta de esperma entre a grande quantidade de sangue nos procedimentos de necropsia”.

PERSONAGENS DA FARSA: Badan Palhares

O especialista analisa os laudos de “poucas linhas”

Oscar recebeu também a ajuda da maior autoridade em medicina legal do Brasil, o médico legista Fortunato Badan Palhares. O titular da Medicina Legal da Unicamp criticou o laudo que a Polícia e o Ministério Público usavam para fundamentar a acusação.

Segundo ele, o “laudo” de poucas linhas não trouxe o mínimo de informação sobre o corpo da vítima, e apresentou erros gritantes, como identificar uma parte natural da anatomia da criança com sendo uma ruptura anal. “Aquilo não é laudo”, relatou o legista. Demonstrar que não houve crime, desmontando o que o juridiquês chama de materialidade, já seria o suficiente para reconhecer a inocência do pedreiro Oscar Gonçalves do Rosário.

PERSONAGENS DA FARSA: Dr. Nelson Quirino

Legista revelou haver “absurdos” do laudo

O médico que atuou por mais de 25 anos no Instituto Médico Legal de Joinville, também contestou o laudo complementar produzido pelo médico João Domingos Koerich, que voltou atrás do primeiro laudo, onde afirmava morte por afogamento e estranhamente emitiu outro documento acrescentando sinais de esganadura e marcas que indicavam violência sexual.

Quirino, afirmou que para se atuar como médico legista é necessária muita vivência na área e informou que há uma série de procedimentos deveriam ser tomados e observados em uma necropsia.

Segundo Nelson, somente um profissional familiarizado com essa atividade poderia detectar evidencias em um caso complicado como foi este.

Para Quirino, o caso Gabrielli foi muito semelhante a outros já atendidos por ele, ou seja, uma asfixia por afogamento. Ele explicou que o diafragma de uma criança vítima de afogamento se comprime de tal forma na agonia, que comprime também os intestinos, fazendo que o organismo, de forma involuntária, comece a expelir fezes, provocando uma dilatação do anus e provocando o relaxamento dos esfíncters (músculos), que por sua vez, após o óbito, não retornam mais a sua normalidade. O médico declarou que atribuir a isso uma ruptura anal, foi um verdadeiro absurdo.

PERSONAGENS DA FARSA: João Domingos Koerich

Ele nunca tinha feito uma única sequer autópsia

O médico responsável pelo laudo cadavérico da menina, e que a se manteve em silêncio até o dia 15 de agosto de 2007, quando em sua única entrevista sobre o caso, respondeu com exclusividade a reportagem da Gazeta com uma afirmação bombástica: “Não houve estupro, nem atentado violento ao pudor. E a lesão no crânio, constatada no exame, poderia facilmente ter sido causada por uma queda”.

Ele confirmou, no entanto, que havia uma lesão no anus da menina, fato que pôde ser comprovada pelas fotografias feitas durante a autopsia, mas, admitiu que a origem da lesão poderia ter varias causas, e não evidenciava um possível atentado violento ao pudor. “Não houve penetração anal; esta no laudo”, e destacou: “Além desta lesão, o que a menina apresentava de estranho era um hematoma na região do pescoço”.

Na época, o médico também admitiu que aquela tivesse sido sua primeira autópsia, mas afirmou que estava apto a realizá-la, pois no curso de medicina em que se formou uma das cadeiras era a de medicina legal. “O objetivo do exame que realizei não era apontar um culpado, e sim determinar a causa da morte”. Koerich também revelou que não encontrou vestígios de sangue ou sêmen na região anal, o que não justificaria, portanto, um exame de DNA, como o alardeado pela polícia.

Em declaração assinada em cartório, a enfermeira Tânia Hack, que participou da necropcia de Gabrielli, afirmou que João Koerich chegou ao IML no dia 3 de março vindo de uma festa, com rosto muito vermelho, trêmulo e falando arrastado. Koerich chegou a admitir que não tinha condições para fazer o exame.

PERSONAGENS DA FARSA: Dirceu Silveira Jr.

Na pressa, mais um erro de Dirceu

O delegado regional, Dirceu Silveira Junior, diferentemente do que acontece nesses casos, no dia da prisão de Oscar, escondeu o pedreiro da imprensa, não permitindo inclusive que fossem feitas fotografias e imagens do detido. Até um policial encapuzado desceu algemado da viatura para confundir os jornalistas.

Dirceu, justificou a prisão do rapaz, baseando-se na polêmica confissão e no laudo cadavérico. Entretanto, dias depois, Oscar voltou atrás e disse ter sido coagido através de tapas a confessar o crime.

Começava aí a ponta do iceberg de dúvidas sobre a culpa de Oscar Gonçalves do Rosário. O delegado Dirceu Silveira Junior, também esteve envolvido em outro caso polêmico e de repercussão nacional.

No ano de 2000, Dirceu chefiava a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), que manipulou uma foto do jardineiro Aloísio Plocharski, e a distribuiu para a imprensa como se fosse um retrato falado, fazendo com que o caso também ganhasse as manchetes nacionais.

A irresponsabilidade das autoridades policiais produziu uma dramática situação: em minutos, um inocente passou a ser o maníaco procurado, com helicópteros pairando sobre sua casa, investidas policiais, vizinhos e populares lhe apontando nas ruas.

PERSONAGENS DA FARSA: Gracilda Tavares (A mãe)

Ela sempre acredito na inocência do filho

Dona Gracilda e seu Osmar, inconformados com a situação que envolveu o filho, percorreram vários caminhos a procura de um advogado que defendesse seu filho da injusta acusação. Foram muitas negativas e portas fechadas até encontrar as duas jovens, Elizangela Asquel e a bacharel em direito Camila Mendonça. O casal viveu uma verdadeira via crucis no período em Oscar permaneceu encarcerado. Mesmo com condições financeiras precárias, o casal percorria os 196 km que separam Joinville de Canoinhas, no Planalto Norte, para visitar o filho.

PERSONAGENS DE UMA FARSA: Mauricio Eskudlark

A farsa do exame de DNA vem à tona

O Chefe da Polícia Cível de Santa Catarina, Mauricio Eskudlark, no dia 7 de março de 2007, veio a Joinville e prejudicou ainda mais as precárias investigações do caso. Em uma atitude precipitada e sem fundamentos, apontou como principal suspeito do possível crime, um menor, de 17 anos.

No dia seguinte, Eskudlark anuncia um exame de DNA com o material colhido no corpo da menina. Esse exame jamais foi realizado. Com a imprensa em dúvida, e a família de Gabrielli descontente com a declaração, Maurício voltou para a capital catarinense e não se pronunciou mais sobre o assunto. No entanto, essa não foi a primeira situação duvidosa envolvendo Mauricio Eskudlarck, Em 2000, ele era Diretor da Polícia Civil para o Interior e Litoral, e também teve uma participação duvidosa no caso de Aluisio Plocharki, o jardineiro que quase foi preso como o terrível Maníaco da Bicicleta.

Mauricio chegou à casa do jardineiro acompanhado de uma policial sob o pretexto de conduzi-lo até a delegacia para uma acareação, Mauricio Eskudlark permaneceu na casa dos Plocharski até as 2 horas da madrugada. Desesperados, os pais de Aluísio se colocaram entre os policiais e o filho. “Eu disse que meu filho somente sairia de casa se nós fôssemos juntos”, conta Marli Plocharski, mãe de Aluisio. Ela afirmou, que se permitisse que seu filho fosse levado por Eskudlark, ele estaria preso como o Oscar.

PERSONAGENS DE UMA FARSA Oscar: O culpado perfeito

Até o dia 12 de março de 2007, Oscar era somente mais um pedreiro desempregado. Apenas com a 6ª série do ensino fundamental, em dezembro de 2006, Oscar decidiu vir para Joinville em busca de uma sorte melhor. Já na cidade grande, como os pais do pedreiro chamam Joinville, o rapaz conseguiu um trabalho como servente de pedreiro em uma obra no SESC.

Desde que chegou a Joinville, Oscar morou na casa de um tio, irmão de seu pai. Tudo corria bem, até que Oscar ficou sem o emprego. Depois de várias tentativas frustradas para conseguir um novo trabalho, o pedreiro resolveu retornar a Canoinhas, sua cidade natal. Porém, Oscar não tinha dinheiro para retornar a casa da família, distante 196 km de Joinville. Foram várias ligações para a mãe solicitando o valor da passagem.

No dia 3 de março de 2007, em sua última ligação para a mãe, Oscar foi informado que a passagem já havia sido comprada, e por volta das 18 horas, retornou a Canoinhas. Nove dias depois, Oscar é surpreendido pela polícia, que comandada pelo delegado Dirceu Silveira Junior, invade a humilde casa do pedreiro e o prende. Oscar ficou várias horas em poder dos policiais. Segundo ele, durante esse período teve que ficar nu e apanhou até concordar com o que a polícia pretendia.

O pedreiro afirma que durante todo o tempo em que foi obrigado a falar o que lhe era solicitado, não viu nem um advogado sequer. Depois disso, ele foi transferido para Joinville, onde ficou 15 dias incomunicável, inclusive sem um defensor. Muitas dúvidas surgiram a respeito da obscura investigação e a prisão. Essa lacunas fizeram com que Oscar não ficasse sozinho, mesmo quando foi recolhido ao Presídio de Joinville.

A opinião pública não se deixou influenciar pelas explicações protocolares da polícia, e clamou por providências. Multiplicaram-se exponencialmente o número de pessoas cobrando respostas das autoridades em grupos de discussão na internet e nos programas de rádio e televisão que interagiram com a comunidade. O tema foi recorrente e o publico exigiu respostas da Polícia, do Ministério Público e do Judiciário. O desfecho do drama vivido por Oscar e sua família veio com sua absolvição neste dia 25 de março de 2010

A aflição e a tristeza de Oscar ganharam contornos de verdadeira tragédia com a morte da avó, que não suportou a sorte do neto, preso inocente por um crime que estigmatizou toda a família e que, para a comunidade canoinhense, também significou a concretização de um preconceito latente contra os pobres da região que buscam trabalho na grande Joinville.

Processo contra pedreiro Oscar é anulado pelo Tribunal de Justiça

A quinta-feira, 25 de março de 2010, ficará marcada como uma data histórica para o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC).

Foram precisos três anos e treze dias para que fosse feita justiça no caso do pedreiro Oscar do Rosário, preso e condenado a 20 anos de prisão, injustamente, pela morte da menina Gabrielli Cristina Eichholz, em 3 de março de 2007, dentro de uma igreja adventista, em Joinville.

Hoje, por 5 votos a 4, o TJ decidiu “anular a decisão emanada do conselho de sentença, por se vislumbrar manifestamente contrária às provas dos autos”. Ou seja, os desembargadores comprovaram que o júri popular, que condenou Oscar, não se ateve às provas que constavam no processo que deixavam evidente a inocência do pedreiro e, mesmo assim, o condenaram a 20 anos de prisão, por um crime que não cometeu.

Em breve mais informações.

Triângulo amoroso DEM/PSDB/PMDB chega ao fim

O DEM, acabou de comunicar a sua debandada da administração LHS. Segundo nota oficial, agora, é cada um por sí, na corrida eleitoral que escolherá o próximo governador de Santa Catarina.

O partido de Raimundo Colombo e Cia, coloca à disposição todos os 30 cargos que o partido ocupa no atual governo. E de quebra deixa um recado a LHS de que irá apoiar na Assembleia Legislativa "apenas as medidas que favorecerem o povo catarinense".

Colombo bate o pé

Ainda segundo a nota do DEM, o partido não abre mão de duas coisas:

1 - Que coligados ou não, Raimundo Colombo será candidato ao Governo do Estado.
2 - Que o partido apoiará o governador José Serra (PSDB) para a presidência da República (nada mais óbvio).

Em busca de nova aliança

Agora, segundo a nota, o DEM "está aberto ao diálogo com os partidos que desejarem compor uma coligação para apoiar Raimundo Colombo para Governador e José Serra para Presidente".

Ciro não pára

Depois de ser sabatinado no Programa do Ratinho, garimpando votos entre as classes C e D, principal público do programa, o presidenciável Ciro Gomes (PSB) vai atrás de outro nicho de eleitores: a juventude em geral e principalmente os que têm entre 16 e 18 anos, aqueles que estarão votando pela primeira vez. Pensando nisso, Ciro vai participar do programa Lobotomia, da MTV, onde o candidato estará frente à frente com o roqueiro e dublê de David Letterman Lobão.

O que vai rolar

A conversa, já gravada, girou em torno das recentes pesquisas de intenção de voto divulgadas e o impacto que esses números podem ter nas eleições presidenciais. Lobão também perguntou a Ciro sobre os royalties do Pré-sal, entre outros assuntos de interesse nacional.

A entrevista vai ao ar hoje (22), às 23h30.

Só paga meia

Enfim a novela acabou. Demorou, mas nesta terça-feira (23) será assinado o decreto que institui o cartão fracionado no Estacionamento Rotativo de Joinville. O novo modelo de cartão terá validade de 30 minutos e custará R$ 0,65.

Oi vai ter de repensar propaganda

Até ontem, o carro-chefe do marketing da Oi, empresa de telefonia móvel, era os aparelhos desbloqueados, iso até ontem. A partir da publicação no Diário Oficial, que deve acontecer nos próximos dias, o cliente de telefonia celular poderá efetuar o desbloqueio do aparelho a qualquer momento e sem cobrança de multa. A medida foi aprovada por unanimidade, na quinta-feira (18), pelo conselho diretor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). O desbloqueio permite o uso de chips de diferentes operadoras.Até mesmo os clientes de celulares pós-pagos que compraram seu aparelho de forma subsidiada também terão direito ao desbloqueio, porém a multa em relação a rescisão de contrato continua por 12 meses.

Prata da casa

O empresário joinvilense Vicente Donini, presidente do Conselho de Administração da Marisol, é um dos cinco finalistas do prêmio Personalidade de Vendas ADVB/SC. Os outros concorrentes são Cristiano Buerguer (Tecnoblu), Luciano Hang (Havan), Natanael Santos de Souza (First) e Nelson Futcher Filho (Grupo Le Monde). Os empresários foram selecionados entre as personalidades catarinenses que conquistaram o sucesso mercadológico utilizando técnicas de marketing e vendas. A escolha do vencedor acontece até o dia 24 de março. O resultado oficial será anunciado no dia 30 de março.

Falsa tranquilidade

Depois da sentença proferida pelo juiz Sérgio Junkes, da 96ª Zona Eleitoral de Joinville,tornando os deputados estaduais Darci de Matos (DEM) e Nilson Gonçalves (PSDB) inelegíveis a qualquer cargo público por três anos, os condenados se apressaram em ocupar a mídia para dizer que está tudo certo, que não tem nada a ver e que estão firme e fortes rumo à reeleição.

Não é bem assim

Apesar de amparados pela morosidade da Justiça, já que a condenação é em primeira instância, ou seja, cabe recursos, a situação dos líderes das pesquisas eleitorais (segundo a última pesquisa Univali, Darci e Nilson, ao lado do pepista Kennedy Nunes, têm a preferência de quase 70% dos joinvilenses) não é tão confortável assim.

A população vai entender?

Os dois podem se candidatar? Podem. Eles podem ser eleitos e assumir a cadeira na Assembleia? Podem. Mas a missão de agora em diante é convencer os eleitores de que podem votar neles, pois serão absolvidos em seus respectivos recursos. No entanto, e se não forem? O eleitor está disposto a jogar seu voto fora, elegendo os supostos condenados e correndo o risco de perder dois representantes joinvilenses na Assembleia? Só o tempo dirá.

Ruim para uns, bom para outros

Se a situação de Darci e Nilson não é lá muito boa para eles, ao contrário, se torna, no mínimo interessante, para outros postulantes à uma cadeira na Assembleia. Resta saber se haverá e para quem iria os sufrágios que os dois deixariam de receber. Se antes Darci, Nilson já estavam praticamente eleitos, este revés pode fazer com que seus votos sejam pulverizados entre outros candidatos, colocando todo mundo na disputa.

Dentro do partido

No DEM o cavalo paraguaio Odir Nunes pode acabar se tornando a suspresa. Já no PSDB o grande favorecido deve ser Fábio Dalonso, pois ele pode abocanhar votos tanto de Nilson, seu companheiro de partido, como de Darci. Ainda correm por fora o presidente da Câmara Sandro Silva (PPS),o petista Adilson Mariano e o também tucano Maurício Peixer.

Feito? Mentira.

Na campanha eleitoral o slogan “Não é promessa, é compromisso”, do então candidato a prefeito de Joinville Carlito Merss (PT), convenceu 171 mil eleitores de que as coisas iriam mudar na cidade. Não demorou muito para que a população percebesse que os compromissos não eram promessa mesmo, eram mentiras. Em fevereiro, a Prefeitura distribuiu, de casa em casa, um informativo de suas “realizações” em 2009. Em letras garrafais a palavra FEITO! se destacava na publicação. Tudo certo? Não. Acontece que um grupo de moradores da Rua dos Gerânios, no Boa Vista (foto acima), foi surpreendido com a notícia de que a via tinha sido asfaltada no ano passado. Outra mentira. Com exceção alguns tubos descansando às margens da via, não existe qualquer outro vestígio de que uma obra está sendo feita no local. O pó continua entrando nas casas dos moradores e a lama a tornar o local intransitável.

E tem mais

Mas não são só os moradores da Rua dos Gerânios que foram agraciados com a obra fictícia. Na Rua dos Ipês, também no Boa Vista, o asfalto já deveria estar cobrindo a poeira da estrada, pelo menos segundo o informativo da prefeitura. No entanto, nem um centímetro de pavimento foi feito.

Nostradamus

Na reunião de pauta que decidira que a reportagem sobre as novas mentiras do Governo Carlito seriam a matéria principal desta edição surgiu um comentário entre os jornalistas: “Só falta a prefeitura alegar que foi erro de digitação”. Não falta mais, pois foi justamente a desculpa usada pela Secretaria de Comunicação para explicar o FEITO que não foi FEITO.

De novo não

A notícia de que o reajuste da tarifa de água pode ocorrer nas próximas semanas, deixou o vereador Patrício Destro (DEM) indignado. Para o vereador, os últimos reajustes feitos já eram absurdos. “Um belo presente que Joinville ganha no seu aniversário”, disparou o democrata.

Patrício enviou requerimento para a Comissão de Finanças da Câmara pedindo uma audiência com Amae e Companhia Águas de Joinville. “Se temos a tarifa mais cara, temos que segurar os reajustes neste momento. Há muita ‘gordura’ na Companhia Águas de Joinville, a começar pelos altos salários pagos. Não aceito o reajuste e antes da decisão, quero ver as planilhas”, afirmou.

Barrados na escola

Pense rápido. Quem de nós não tem em casa uma bíblia com o Novo Testamento que foi doada por um membro dos Gideões Internacionais (no meu tempo era uma bíblia com capa cinza, hoje é azul)? Quem respondeu todo mundo, errou.

Agora não pode

Depois da eleição de Carlito Merss, a Secretaria de Educação de Joinville proibiu a distribuição das Escrituras, que são impressas em mais de 80 línguas e distribuídas em mais de 185 países ao redor do mundo, nas escolas do Município.

Cabo eleitoral

O deputado federal Mauro Mariani (PMDB) entrou de cabeça na campanha de Dário Berger para que o prefeito de Florianópolis seja o escolhido para ser candidato ao Governo do Estado. Dário enfrenta o ex-vice governador Eduardo Pinho Moreira nas prévias do partido no próximo dia 27.

Perguntar não ofende
Depois da adesão de Mariani à candidatura de Berger, alguém duvida que Dário é o preferido do governador Luiz Henrique para buscar a sua sucessão? Oficialmente LHS jura, de pé junto, que não tem preferência por nenhum dos dois, apenas apoiará a decisão do partido.

Divórcio
O que era tido como impossível já está se tornando caminho natural. Cada dia que passa o PMDB de LHS está atirando o DEM e o PSDB no colo de Ângela Amin (PP).

Bode na sala
Apesar de PMDB e PT garantirem que terão candidato ao Governo do Estado, há quem diga que as prévias do partido de LHS e a homologação da candidatura de Ideli Salvatti pelo Partido dos Trabalhadores não passa de jogo de cena e que no apagar das luzes estarão abraçados. Resta saber quem abriria mão da cabeça de chapa.

Enterrando Niemeyer

Alguém lembra do projeto, feito pelo “pai de Brasília” Oscar Niemeyer para abrigar a Escola do Teatro Bolshoi? Pois é, na segunda-feira (15), dia do aniversário dos 10 anos de fundação da escola, o prefeito Carlito acabou jogando a pá de cal sobre o sonho de ter uma obra de Niemeyer em Joinville. O prefeito anunciou a construção de um teatro municipal na cidade. Até aí tudo bem, mas surpreendeu dizendo que a obra será um “presente” para o Bolshoi, já que abrigará a escola.

TRAVADO NA JUSTIÇA
Não dá para esquecer que o projeto criado por Niemeyer está atravancado na Justiça, por conta de uma ação civil pública de autoria do Ministério Público que alega desvio de finalidade na aplicação de recursos obtidos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e também por questões ambientais envolvendo o terreno que foi destinado para a construção da nova sede, no Boa Vista.

ALGUÉM RESPONDE?
Mas também não dá para esquecer que, segundo o próprio MP, já foram desembolsados R$ 920 mil, só para pagar o projeto de Niemeyer. Além disso, os Correios doaram R$ 500 mil, para a nova sede e o Instituto Cau Hansen doou um total de R$ 1 milhão em todas as conexões necessárias para a parte hidráulica e elétrica da futura obra. A pergunta que não quer calar: E esse dinheiro? Para onde vai agora?

O problema é o trânsito, prefeito

Esta semana, o prefeito Carlito Merss foi sabatinado por internautas, em chat promovido pelo tablóide A Notícia. Das 15 perguntas que o petista respondeu, ou pelo menos tentou, três estavam relacionadas ao trânsito. Pelo visto o que é prioridade para muitos não é necessariamente prioridade para o governo Carlito.

E o anel viário?
Na campanha de 2008 para prefeito, Carlito afirmou que estaria assumindo o compromisso de Rogério Novaes (PV) de construir um anel viário para desafogar o trânsito de Joinville. Ficou na promessa.

E o Eixão?
Outra obra que continua esquecida na gaveta é o Eixão. Aquele que Tebaldi começou e depois os petistas disseram que tiveram de refazer o projeto. Enquanto isso, a hora do rush, em alguns lugares, como no final da Rua Dr. João Colin, está virando “dia do rush”, ou seja, engarrafada em qualquer horário.

O pai da criança
Segundo o engenheiro Rogério Novaes a impressão é que tem gente no governo jogando contra, ou não tem a mínima noção do que está fazendo. Novaes afirma que dinheiro para as obras tem, mas está faltando vontade política à administração petista.

Gasto com pessoal sobe 20,6% e vai a R$ 403 milhões

Caiu como uma bomba a notícia de que a Prefeitura de Joinville gastou no ano passado R$ 69 milhões a mais em relação a 2008, com a folha de pagamento dos servidores. Segundo matéria divulgada no tablóide A Notícia, no último ano do governo Tebaldi foram gastos R$ 334 milhões com despesas de pessoal. Já em 2009, primeiro ano do governo Carlito, a cifra saltou para R$ 403 milhões.

Nada a ver com o rombo
O governo Carlito passou 2009 inteiro justificando a inoperância do primeiro ano de gestão com a desculpa de que um suposto rombo de R$ 100 milhões, deixado pelo governo Tebaldi, inviabilizou investimentos em infraestrutura e pagamentos a prestadores de serviços. Quando o TCE afirmou que o déficit da gestão tucana não passava de R$ 13 milhões, todos se perguntavam: mas então o que aconteceu?

Tá explicado
Se o governo petista gastou 53,2% da receita apenas com o pagamento dos servidores públicos, realmente fica difícil sobrar dinheiro para mais alguma coisa. Ou seja, o cofre está vazio, mas os bolsos dos escudeiros de Carlito estão cheios.

A vida não segue
Agora, cabe ao prefeito explicar aos funcionários de empreiteiras, por exemplo, por que mais da metade da arrecadação do município vai para o bolso dos servidores enquanto está faltando leite na mesa destes pais de família que, ao invés de salários, recebem de seus patrões a justificativa de que a prefeitura não está pagando o que deve?.