Apesar do prefeito de Joinville, Carlito Merss lembrar, orgulhoso, que sempre estudou em escolas públicas, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado no ano passado, cujos resultados foram divulgados na terça, mostra a preocupante superioridade das instituições particulares sobre as públicas.
De goleada
O Colégio Positivo ficou em primeiríssimo lugar com média de 70,34, o segundo e o terceiro posto também ficaram com colégios particulares da cidade: Bom Jesus (68,43) e Santos Anjos (64,31). No top teen (dez mais) da qualidade de ensino em Joinville, todas são instituições particulares (pagas). A melhor colocação de uma escola pública ficou com o colégio estadual Germano Timm, 13ª posição.
À surdina
Quietinhos, na moita, como quem não quer nada. Foi assim que ontem surgiram no pátio da Câmara de Vereadores de Joinville os 16 veículos alugados pelo legislativo para beneficiarem os integrantes da casa.
O custo da benesse
Os 15 Prismas e o Doblô, disponibilizados a Câmara custaram aos cofres públicos R$ 20,7 mil por mês e o contrato vai até o final do ano, ou seja, quase R$ 176 mil para deixar os vereadores “motorizados”.
"Veja bem"
O vereador Sandro Silva, abdicou do seu veículo próprio, mas nada de dar uma medalha de honra ao mérito para o presidente, pois ele deixa claro que o Doblô ficará a sua disposição.
"Veja bem" (2)
Apesar de toda a pressão popular, apenas três vereadores abriram mão do conforto com “ar-condicionado”. Manoel Francisco Bento (PT), James Schroeder (PDT) e Alodir Cristo (DEM), mantiveram suas palavras. Estranhamente, no início da polêmica havia muito mais nomes na relação de vereadores que abririam mão da benesse.
E as bicicletas do Patrício Destro?
Até aquele vereador que espalhou release aos órgãos de imprensa dizendo que abriria mão do veículo e, além disso, iria trabalhar de bicicleta e distribuiria “bikes” para os seus assessores tem um prisma zerinho na sua vaga de garagem da Câmara.
O custo da benesse
Os 15 Prismas e o Doblô, disponibilizados a Câmara custaram aos cofres públicos R$ 20,7 mil por mês e o contrato vai até o final do ano, ou seja, quase R$ 176 mil para deixar os vereadores “motorizados”.
"Veja bem"
O vereador Sandro Silva, abdicou do seu veículo próprio, mas nada de dar uma medalha de honra ao mérito para o presidente, pois ele deixa claro que o Doblô ficará a sua disposição.
"Veja bem" (2)
Apesar de toda a pressão popular, apenas três vereadores abriram mão do conforto com “ar-condicionado”. Manoel Francisco Bento (PT), James Schroeder (PDT) e Alodir Cristo (DEM), mantiveram suas palavras. Estranhamente, no início da polêmica havia muito mais nomes na relação de vereadores que abririam mão da benesse.
E as bicicletas do Patrício Destro?
Até aquele vereador que espalhou release aos órgãos de imprensa dizendo que abriria mão do veículo e, além disso, iria trabalhar de bicicleta e distribuiria “bikes” para os seus assessores tem um prisma zerinho na sua vaga de garagem da Câmara.
Terceirização na Saúde
A notícia é do mês passado, mas mesmo assim merece destaque. A Justiça do Trabalho determinou ao Estado de Santa Catarina e às autoridades estaduais que respeitem a Constituição, realizem concurso, administrem o serviço público de acordo com as leis e parem de privatizar o bem público.
Juíza é contra as OS’s
Na decisão, a juíza Ângela Maria Konrath condena as terceirizações, através das chamadas Organização Social (OS) e Organização Social de Interesse Público (OSCIP), que representam, para ela, "saídas artificiosas" e prestação de serviços públicos de saúde a população "por via transversa".
Situação preocupante
"É por demais preocupante a prática denunciada pelo Ministério Público do Trabalho de transferência de unidades hospitalares, prédios, móveis, equipamentos, recursos públicos e pessoal, no todo ou em parte, para a iniciativa privada, que passa a dispor desses meios como se seus fossem, recebendo, em contrapartida, recursos públicos, gerindo-os como se particulares fossem, sem aumento da capacidade instalada", registrou a juíza.
Materno-Infantil
Por aqui, o único hospital comandado por uma OS é o Materno infantil, pelo menos por enquanto, mas se o Governo tinha intenção de ampliar para outras instituições, como por exemplo o Hospital Regional, a decisão da Juíza Ângela Konrath cai como um balde de água fria na cabeça de LHS.
Juíza é contra as OS’s
Na decisão, a juíza Ângela Maria Konrath condena as terceirizações, através das chamadas Organização Social (OS) e Organização Social de Interesse Público (OSCIP), que representam, para ela, "saídas artificiosas" e prestação de serviços públicos de saúde a população "por via transversa".
Situação preocupante
"É por demais preocupante a prática denunciada pelo Ministério Público do Trabalho de transferência de unidades hospitalares, prédios, móveis, equipamentos, recursos públicos e pessoal, no todo ou em parte, para a iniciativa privada, que passa a dispor desses meios como se seus fossem, recebendo, em contrapartida, recursos públicos, gerindo-os como se particulares fossem, sem aumento da capacidade instalada", registrou a juíza.
Materno-Infantil
Por aqui, o único hospital comandado por uma OS é o Materno infantil, pelo menos por enquanto, mas se o Governo tinha intenção de ampliar para outras instituições, como por exemplo o Hospital Regional, a decisão da Juíza Ângela Konrath cai como um balde de água fria na cabeça de LHS.
Benefícios às vans
O vereador Lauro Kalfels apresentou uma moção para que se crie uma medida tributária em Joinville para que haja a liberação do pagamento do IPVA aos proprietários de conduções escolares da cidade.
Existem exemplos
Lauro se baseou na prática que foi implantada no Paraná e Mato Grosso do Sul onde os veículos usados para o transporte escolar ganham como incentivo do governo a isenção do IPVA.
Números
Em Joinville, cerca de seis mil crianças utilizam o transporte escolar. Ao todo, são 115 vans associadas à Associação de Condutores e Transportadores Escolares de Joinville (ACETJ).
Existem exemplos
Lauro se baseou na prática que foi implantada no Paraná e Mato Grosso do Sul onde os veículos usados para o transporte escolar ganham como incentivo do governo a isenção do IPVA.
Números
Em Joinville, cerca de seis mil crianças utilizam o transporte escolar. Ao todo, são 115 vans associadas à Associação de Condutores e Transportadores Escolares de Joinville (ACETJ).
EM QUEDA
As exportações de Joinville no primeiro trimestre foram 26% menores do que no mesmo período de 2008. A informação é da Associação Empresarial de Joinville (Acij).
Assassinato no CIP
Repercutiu negativamente, na Assembléia Legislativa, a notícia do assassinato do monitor Luciano Carlos Oliveira, no Centro de Internação Provisória (CIP) de Joinville, na semana passada.
A falha é do Estado
O deputado Sargento Amauri Soares afirmou que "se as falhas foram cometidas pela ONG é preciso pensar antes as falhas cometidas pelo Estado porque é sua obrigação fazer segurança pública através da contratação e treinamento de servidores públicos". O deputado foi além: "Agora, até ONG presta serviço de segurança pública no Estado de Santa Catarina"?
Cercada de mistérios
Várias perguntas continuam sem resposta no caso da morte de Luciano. Por que ele estava sozinho naquele dia? Como o Governo do Estado é conivente com a contratação de funcionários para trabalharem em sistemas prisionais sem o devido preparo, experiência ou sequer treinamento?
Estamos de olho
Como um infrator (bandido, mesmo), de alta periculosidade e com dois assassinatos nas costas, fica sob responsabilidade de alguém que nem arma usa na função? As respostas se vierem, só com o término da sindicância que tentará identificar as falhas que culminaram no crime estarrecedor.
A falha é do Estado
O deputado Sargento Amauri Soares afirmou que "se as falhas foram cometidas pela ONG é preciso pensar antes as falhas cometidas pelo Estado porque é sua obrigação fazer segurança pública através da contratação e treinamento de servidores públicos". O deputado foi além: "Agora, até ONG presta serviço de segurança pública no Estado de Santa Catarina"?
Cercada de mistérios
Várias perguntas continuam sem resposta no caso da morte de Luciano. Por que ele estava sozinho naquele dia? Como o Governo do Estado é conivente com a contratação de funcionários para trabalharem em sistemas prisionais sem o devido preparo, experiência ou sequer treinamento?
Estamos de olho
Como um infrator (bandido, mesmo), de alta periculosidade e com dois assassinatos nas costas, fica sob responsabilidade de alguém que nem arma usa na função? As respostas se vierem, só com o término da sindicância que tentará identificar as falhas que culminaram no crime estarrecedor.
Sem garranchos
Já está valendo a lei que obriga médicos e dentistas entregarem aos pacientes receitas e também documentos ligados ao tratamento de saúde digitados em computador, datilografados ou escritos manualmente em letra de forma. A lei nº 6.442 foi sancionada pelo prefeito de Joinville Carlito Merss e entrou em vigor em 22 de abril.
Acabou a frescura
Há muitas lendas sobre o motivo de letras tão feias. A mais famosa, é de que nas faculdades de medicina, as matérias eram passadas pelos professores tão rapidamente que os alunos tinham de se virar para copiar o que estava escrito na lousa, daí o cuidado com o capricho da caligrafia ficava em segundo plano. Como o curso de medicina é longo, a prática se tornou hábito. Mas, particularmente, fico com a observação de um médico amigo meu: é pura frescura.
Acabou a frescura
Há muitas lendas sobre o motivo de letras tão feias. A mais famosa, é de que nas faculdades de medicina, as matérias eram passadas pelos professores tão rapidamente que os alunos tinham de se virar para copiar o que estava escrito na lousa, daí o cuidado com o capricho da caligrafia ficava em segundo plano. Como o curso de medicina é longo, a prática se tornou hábito. Mas, particularmente, fico com a observação de um médico amigo meu: é pura frescura.
Gilmar Mendes açula a direita contra o povo
Por Gilson Caroni Filho
A discussão entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa pode ser tomada como causa eficiente de uma crise do Judiciário ou, pelo contrário, seria sintoma dos desvios institucionais promovidos pela judicialização da política, com amplo apoio de setores midiáticos?
Ao afirmar que Mendes está “destruindo a credibilidade da Justiça brasileira", Barbosa deflagrou um processo ou desnudou a crise institucional e, de identidade, da mais alta corte dos pais? Independente do caráter notadamente pessoal do embate entre os dois ministros, ele não revelaria a erosão de legitimidade de um Poder que, ao se submeter a imperativos político-partidários, relegou a um plano secundário seu papel constitucional?
Como já indagamos em artigos anteriores, ”quando o presidente do STF se apresenta, sem que ninguém tenha lhe delegado tal função, como artífice de "um novo pacto republicano", estamos diante do quê? De um magistrado para quem o texto normativo é apenas uma moldura suscetível a várias interpretações ou de um ativista que põe em risco a própria noção de Estado Democrático de Direito?” É uma pergunta ociosa dada a evidência da resposta.
Gilmar Mendes se destaca pelo senso de urgência no que julga ser seu principal papel como magistrado: dar sustentação jurídica às teses da oposição parlamentar no combate ao governo Lula. Mas o faz de forma tão atabalhoada que constrange até mesmo os “bons companheiros” das grandes redações. Aqueles que, desolados, vêem a imprensa estrangeira fazer uma leitura totalmente distinta dos recortes que elaboram diariamente.
Nessa empreitada, o presidente do Supremo tem sido alvo de crítica dos que lutam pela ampliação de direitos, pela criação de um ordenamento inclusivo, de uma legalidade que não seja restrita a um ordenamento institucional de distribuição de privilégios.
Para Dom Xavier Gilles, presidente da Comissão Pastoral da Terra, o ministro “não esconde sua parcialidade e de que lado está. Como grande proprietário de terra no Mato Grosso ele é um representante das elites brasileiras, ciosas dos seus privilégios. Para ele e para elas os que valem, são os que impulsionam o “progresso”, embora ao preço do desvio de recursos, da grilagem de terras, da destruição do meio-ambiente, e da exploração da mão de obra em condições análogas às de trabalho escravo”.
Segundo o bispo, Gilmar Mendes “escancara aos olhos da Nação a realidade do poder judiciário que, com raras exceções, vem colocando o direito à propriedade da terra como um direito absoluto e relativiza a sua função social. O poder judiciário, na maioria das vezes leniente com a classe dominante é agílimo para atender suas demandas contra os pequenos e extremamente lento ou omisso em face das justas reivindicações destes. Exemplo disso foi a veloz libertação do banqueiro Daniel Dantas, também grande latifundiário no Pará, mesmo pesando sobre ele acusações muito sérias, inclusive de tentativa de corrupção”.
Em 27 de março de 2009, a Associação dos Juízes Federais do Brasil divulgou nota em que o presidente era chamado de “leviano” e veículo de maledicências e veículo de maledicências contra magistrados”. Quando, na história do STF, um ministro gerou reações tão contundentes? Será pela justeza das causas que esgrime ou pela natureza bonapartista que revela? O que dizer quando vemos que a instância máxima do Judiciário torna-se promotora de instabilidade social, uma prodigiosa fábrica de anomia?
Ao atacar frontalmente movimentos sociais como o MST, o presidente do Supremo Tribunal Federal age como magistrado ou preposto de velhas pretensões oligárquicas? Afirmando que o governo estaria cometendo ilegalidades ao dar recursos a onGs ligadas ao movimento, o que faz Gilmar Mendes senão confirmar cada ponto destacado por Dom Xavier? Há que se considerar intempestiva a reação de João Pedro Stedile que o definiu como “Berlusconi verde-amarelo”? Ou interpretá-la como justa indignação? Sabemos que as classes dominantes brasileiras gostam de falar uma linguagem liberal enquanto exercem formas autoritárias de governo.
Se há de fato uma ação orquestrada desestabilizadora, sua novidade estaria no novo arranjo do poder, com a crescente primazia do judiciário tentando anular o poder Legislativo e Executivo. Repete-se a história de sempre: os ideais “republicanos” de alguns setores sucumbem aos velhos artifícios autoritários já testados.
A denúncia do ministro Joaquim Barbosa guarda um paralelo com o papel desempenhado pelo menino que revelou a nudez real no famoso conto de Hans Christian Andersen. À sociedade cabe avaliar o papel dos tecelões. Deve lançar um olhar atento sobre tecidos, teares e jogos de espelho com que é construída a democracia brasileira. Ou, muitas vezes, desconstruída.
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Observatório da Imprensa.
A discussão entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa pode ser tomada como causa eficiente de uma crise do Judiciário ou, pelo contrário, seria sintoma dos desvios institucionais promovidos pela judicialização da política, com amplo apoio de setores midiáticos?
Ao afirmar que Mendes está “destruindo a credibilidade da Justiça brasileira", Barbosa deflagrou um processo ou desnudou a crise institucional e, de identidade, da mais alta corte dos pais? Independente do caráter notadamente pessoal do embate entre os dois ministros, ele não revelaria a erosão de legitimidade de um Poder que, ao se submeter a imperativos político-partidários, relegou a um plano secundário seu papel constitucional?
Como já indagamos em artigos anteriores, ”quando o presidente do STF se apresenta, sem que ninguém tenha lhe delegado tal função, como artífice de "um novo pacto republicano", estamos diante do quê? De um magistrado para quem o texto normativo é apenas uma moldura suscetível a várias interpretações ou de um ativista que põe em risco a própria noção de Estado Democrático de Direito?” É uma pergunta ociosa dada a evidência da resposta.
Gilmar Mendes se destaca pelo senso de urgência no que julga ser seu principal papel como magistrado: dar sustentação jurídica às teses da oposição parlamentar no combate ao governo Lula. Mas o faz de forma tão atabalhoada que constrange até mesmo os “bons companheiros” das grandes redações. Aqueles que, desolados, vêem a imprensa estrangeira fazer uma leitura totalmente distinta dos recortes que elaboram diariamente.
Nessa empreitada, o presidente do Supremo tem sido alvo de crítica dos que lutam pela ampliação de direitos, pela criação de um ordenamento inclusivo, de uma legalidade que não seja restrita a um ordenamento institucional de distribuição de privilégios.
Para Dom Xavier Gilles, presidente da Comissão Pastoral da Terra, o ministro “não esconde sua parcialidade e de que lado está. Como grande proprietário de terra no Mato Grosso ele é um representante das elites brasileiras, ciosas dos seus privilégios. Para ele e para elas os que valem, são os que impulsionam o “progresso”, embora ao preço do desvio de recursos, da grilagem de terras, da destruição do meio-ambiente, e da exploração da mão de obra em condições análogas às de trabalho escravo”.
Segundo o bispo, Gilmar Mendes “escancara aos olhos da Nação a realidade do poder judiciário que, com raras exceções, vem colocando o direito à propriedade da terra como um direito absoluto e relativiza a sua função social. O poder judiciário, na maioria das vezes leniente com a classe dominante é agílimo para atender suas demandas contra os pequenos e extremamente lento ou omisso em face das justas reivindicações destes. Exemplo disso foi a veloz libertação do banqueiro Daniel Dantas, também grande latifundiário no Pará, mesmo pesando sobre ele acusações muito sérias, inclusive de tentativa de corrupção”.
Em 27 de março de 2009, a Associação dos Juízes Federais do Brasil divulgou nota em que o presidente era chamado de “leviano” e veículo de maledicências e veículo de maledicências contra magistrados”. Quando, na história do STF, um ministro gerou reações tão contundentes? Será pela justeza das causas que esgrime ou pela natureza bonapartista que revela? O que dizer quando vemos que a instância máxima do Judiciário torna-se promotora de instabilidade social, uma prodigiosa fábrica de anomia?
Ao atacar frontalmente movimentos sociais como o MST, o presidente do Supremo Tribunal Federal age como magistrado ou preposto de velhas pretensões oligárquicas? Afirmando que o governo estaria cometendo ilegalidades ao dar recursos a onGs ligadas ao movimento, o que faz Gilmar Mendes senão confirmar cada ponto destacado por Dom Xavier? Há que se considerar intempestiva a reação de João Pedro Stedile que o definiu como “Berlusconi verde-amarelo”? Ou interpretá-la como justa indignação? Sabemos que as classes dominantes brasileiras gostam de falar uma linguagem liberal enquanto exercem formas autoritárias de governo.
Se há de fato uma ação orquestrada desestabilizadora, sua novidade estaria no novo arranjo do poder, com a crescente primazia do judiciário tentando anular o poder Legislativo e Executivo. Repete-se a história de sempre: os ideais “republicanos” de alguns setores sucumbem aos velhos artifícios autoritários já testados.
A denúncia do ministro Joaquim Barbosa guarda um paralelo com o papel desempenhado pelo menino que revelou a nudez real no famoso conto de Hans Christian Andersen. À sociedade cabe avaliar o papel dos tecelões. Deve lançar um olhar atento sobre tecidos, teares e jogos de espelho com que é construída a democracia brasileira. Ou, muitas vezes, desconstruída.
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Observatório da Imprensa.
As condições econômicas para uma redução expressiva dos juros no Brasil estão dadas
Por José Álvaro de Lima Cardoso
Recentemente o governo federal anunciou a decisão de reduzir a meta de superávit primário de 2009, dos atuais 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,5%. Esta redução ocorrerá em parte pela retirada dos investimentos realizados pela Petrobrás do cálculo do superávit, o que já diminuiria a meta de 3,8% para 3,3% do PIB.
Além disso, o governo está reduzindo em 0,75 ponto percentual o superávit do governo central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social), que vai passar de 2,15% do PIB para 1,40% do PIB. O esforço de Estados e municípios está sendo reduzido de 0,95% para 0,90% do PIB.
As várias manifestações da atual crise financeira no Brasil têm um diferencial fundamental em relação às crises de 1998, 2001 e 2002, só para lembrar das mais recentes. Nessas crises, quando ocorria a inevitável desvalorização cambial, a dívida pública, que em boa
parte era indexada ao dólar, explodia, tornando o país insolvente.
Na crise atual, em função das reservas cambiais, que tornam o setor público credor em dólar, a relação dívida pública/PIB até melhorou um pouco, caindo para 36% do PIB. É este processo que permite agora ao governo praticar política anticíclica através da redução do superávit primário. Se a relação dívida pública tivesse estourado, o movimento do governo neste momento teria que ser exatamente o inverso, aumentando o superávit primário para gerar receita para os crescentes compromissos com juros e amortizações da dívida pública.
Para a retomada do crescimento, poucas políticas são tão importantes quanto a redução da
taxa de juros, que começou a ser realizada tardiamente a partir de janeiro último. Com a inflação sob controle e um processo drástico de desaceleração do nível de atividade, não há mais argumentos por parte do banco central para manter os juros nos níveis atuais.
O comportamento dos juros futuros tem refletido essa constatação, apresentando queda expressiva em alguns papéis negociados pelo mercado financeiro, com queda histórica recorde nos juros reais praticados.
O ritmo de recuperação do crescimento da economia brasileira vai depender muito neste
ano da redução dos juros básicos da economia. As condições econômicas para uma redução
expressiva dos juros estão dadas. A taxa básica atual, abre um espaço enorme para a sua redução significativa. Por outro lado, o cenário é de uma inflação baixa e sob controle, combinada com atividade econômica bastante retraída.
O câmbio, que poderia ser um problema sério para o controle da inflação, em função da rápida desvalorização a partir de setembro, voltou a um patamar de sua média histórica dos últimos anos, segundo o Banco Central (é fácil entender que com deflação mundial é pequena a margem de aumento dos preços dos produtos importados).
A redução decidida dos juros Selic neste momento, somada ao conjunto de medidas que o
governo vem adotando nos últimos meses (com destaque para a redução do IPI dos automóveis,
o aporte extra de R$ 100,0 bilhões para o BNDES, as obras do PAC e o pacote de R$ 100
bilhões de combate ao déficit habitacional), pode contribuir muito para uma retomada do
consumo e dos investimentos, já para os próximos meses.
José Álvaro de Lima Cardoso é Economista e supervisor técnico do DIEESE em SC
Recentemente o governo federal anunciou a decisão de reduzir a meta de superávit primário de 2009, dos atuais 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,5%. Esta redução ocorrerá em parte pela retirada dos investimentos realizados pela Petrobrás do cálculo do superávit, o que já diminuiria a meta de 3,8% para 3,3% do PIB.
Além disso, o governo está reduzindo em 0,75 ponto percentual o superávit do governo central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social), que vai passar de 2,15% do PIB para 1,40% do PIB. O esforço de Estados e municípios está sendo reduzido de 0,95% para 0,90% do PIB.
As várias manifestações da atual crise financeira no Brasil têm um diferencial fundamental em relação às crises de 1998, 2001 e 2002, só para lembrar das mais recentes. Nessas crises, quando ocorria a inevitável desvalorização cambial, a dívida pública, que em boa
parte era indexada ao dólar, explodia, tornando o país insolvente.
Na crise atual, em função das reservas cambiais, que tornam o setor público credor em dólar, a relação dívida pública/PIB até melhorou um pouco, caindo para 36% do PIB. É este processo que permite agora ao governo praticar política anticíclica através da redução do superávit primário. Se a relação dívida pública tivesse estourado, o movimento do governo neste momento teria que ser exatamente o inverso, aumentando o superávit primário para gerar receita para os crescentes compromissos com juros e amortizações da dívida pública.
Para a retomada do crescimento, poucas políticas são tão importantes quanto a redução da
taxa de juros, que começou a ser realizada tardiamente a partir de janeiro último. Com a inflação sob controle e um processo drástico de desaceleração do nível de atividade, não há mais argumentos por parte do banco central para manter os juros nos níveis atuais.
O comportamento dos juros futuros tem refletido essa constatação, apresentando queda expressiva em alguns papéis negociados pelo mercado financeiro, com queda histórica recorde nos juros reais praticados.
O ritmo de recuperação do crescimento da economia brasileira vai depender muito neste
ano da redução dos juros básicos da economia. As condições econômicas para uma redução
expressiva dos juros estão dadas. A taxa básica atual, abre um espaço enorme para a sua redução significativa. Por outro lado, o cenário é de uma inflação baixa e sob controle, combinada com atividade econômica bastante retraída.
O câmbio, que poderia ser um problema sério para o controle da inflação, em função da rápida desvalorização a partir de setembro, voltou a um patamar de sua média histórica dos últimos anos, segundo o Banco Central (é fácil entender que com deflação mundial é pequena a margem de aumento dos preços dos produtos importados).
A redução decidida dos juros Selic neste momento, somada ao conjunto de medidas que o
governo vem adotando nos últimos meses (com destaque para a redução do IPI dos automóveis,
o aporte extra de R$ 100,0 bilhões para o BNDES, as obras do PAC e o pacote de R$ 100
bilhões de combate ao déficit habitacional), pode contribuir muito para uma retomada do
consumo e dos investimentos, já para os próximos meses.
José Álvaro de Lima Cardoso é Economista e supervisor técnico do DIEESE em SC
Rui Borba: Que falta faz este baiano!
Por Jordi Castan
Frente a textos complexos, ardilosamente elaborados para ocultar o que é fundamental, ele propunha a simplicidade. Os projetos de lei que ele propunha, transbordavam simplicidade. Coisas fáceis de ler e principalmente de entender. Um ou no maximo dois artigos, nada complicado.
Ele defendia que quanto mais clara a legislação fosse, mas facilmente as pessoas poderiam entender, compreender, conhecer e cumprir.
Frente as hordas de tecnocratas que tem tomado de assalto, não só o nosso legislativo, também toda a estrutura publica, elaborando leis, decretos e normativas que quando em vigor se contradizem umas as outras. Fazendo que as pessoas acabem ignorando as e vivam, ou melhor, vivamos todos na gangorra desenhada pela permanente ilegalidade ou a burocracia desquiciante.
Ao mesmo tempo em que a nossa legislação municipal se converte num galimatias que permite aos legisladores burlar o espírito da lei, descumprir as obrigações que a mesma lei impõe e ainda tergiversa-la ao seu bel prazer e de acordo com os seus interesses de plantão. A sociedade se afasta cada vez mais, incapaz de seguir as mudanças, de compreender exatamente o próprio texto e o sentido da legislação.
Prosperam neste ambiente de gabinete, de corredores, de muita sombra e pouca claridade, indivíduos menores, pequenos de espírito e pobres de ética, que fazem deste mundo sombrio o seu lar e dele tiram o seu sustento.
Que falta faz, a luz, o sol, a claridade e a simplicidade que o Arquiteto Rui Borba emanava. O cargo de Assessor de Urbanismo da Câmara de Vereadores, dificilmente voltará a ter um ocupante de tanto calibre e idoneidade, não porque não tenhamos profissionais com estas características e sim porque eles não têm hoje a menor oportunidade.
Frente a textos complexos, ardilosamente elaborados para ocultar o que é fundamental, ele propunha a simplicidade. Os projetos de lei que ele propunha, transbordavam simplicidade. Coisas fáceis de ler e principalmente de entender. Um ou no maximo dois artigos, nada complicado.
Ele defendia que quanto mais clara a legislação fosse, mas facilmente as pessoas poderiam entender, compreender, conhecer e cumprir.
Frente as hordas de tecnocratas que tem tomado de assalto, não só o nosso legislativo, também toda a estrutura publica, elaborando leis, decretos e normativas que quando em vigor se contradizem umas as outras. Fazendo que as pessoas acabem ignorando as e vivam, ou melhor, vivamos todos na gangorra desenhada pela permanente ilegalidade ou a burocracia desquiciante.
Ao mesmo tempo em que a nossa legislação municipal se converte num galimatias que permite aos legisladores burlar o espírito da lei, descumprir as obrigações que a mesma lei impõe e ainda tergiversa-la ao seu bel prazer e de acordo com os seus interesses de plantão. A sociedade se afasta cada vez mais, incapaz de seguir as mudanças, de compreender exatamente o próprio texto e o sentido da legislação.
Prosperam neste ambiente de gabinete, de corredores, de muita sombra e pouca claridade, indivíduos menores, pequenos de espírito e pobres de ética, que fazem deste mundo sombrio o seu lar e dele tiram o seu sustento.
Que falta faz, a luz, o sol, a claridade e a simplicidade que o Arquiteto Rui Borba emanava. O cargo de Assessor de Urbanismo da Câmara de Vereadores, dificilmente voltará a ter um ocupante de tanto calibre e idoneidade, não porque não tenhamos profissionais com estas características e sim porque eles não têm hoje a menor oportunidade.
Farra aérea
Por Lino Tavares
A farra das passagens aéreas dos que se dizem representantes do povo sugere um trocadilho tão infame quanto os que andam passeando de avião às nossas custas: "Nessa corrida rumo ao poder, infestado de parasitas e ladrões, o que corre menos voa" (literalmene).
A farra das passagens aéreas dos que se dizem representantes do povo sugere um trocadilho tão infame quanto os que andam passeando de avião às nossas custas: "Nessa corrida rumo ao poder, infestado de parasitas e ladrões, o que corre menos voa" (literalmene).
PLANO B
A oposição da Câmara de Vereadores já está buscando alternativas para o caso de alguém (leia-se Dalila Leal) abandonar o barco.
De olho no PP
O G10 está tentando um affair com a pepista Zilnete Nunes, irmã do deputado Kennedy Nunes. O grupo mira a vereadora na esperança de um rompimento entre o deputado e o prefeito Carlito por causa dos aumentos das tarifas de água e de transporte coletivo.
Vai ser difícil
A empreitada da oposição não será nada fácil. Mesmo que rompa com Carlito, Kennedy tem afirmado que o rompimento será dele, única e exclusivamente. O partido seguirá ajudando a governar a cidade.
De olho no PP
O G10 está tentando um affair com a pepista Zilnete Nunes, irmã do deputado Kennedy Nunes. O grupo mira a vereadora na esperança de um rompimento entre o deputado e o prefeito Carlito por causa dos aumentos das tarifas de água e de transporte coletivo.
Vai ser difícil
A empreitada da oposição não será nada fácil. Mesmo que rompa com Carlito, Kennedy tem afirmado que o rompimento será dele, única e exclusivamente. O partido seguirá ajudando a governar a cidade.
Rodízio político
Cardozinho 1
Esta semana o ex-vereador José Cardozo toma posse na Assembleia Legislativa graças o rodízio que o PPS está fazendo.
Cardozinho 2
Graças também ao rodízio, em 2010, Cardozinho assumirá uma cadeira na Câmara de Vereadores, provavelmente na vaga de Sandro Silva que deve ser candidato à Assembleia.
Esta semana o ex-vereador José Cardozo toma posse na Assembleia Legislativa graças o rodízio que o PPS está fazendo.
Cardozinho 2
Graças também ao rodízio, em 2010, Cardozinho assumirá uma cadeira na Câmara de Vereadores, provavelmente na vaga de Sandro Silva que deve ser candidato à Assembleia.
Escândalo envolvendo passagens continua em evidência na mídia
Todo dia surge uma nova denúncia relacionada ao uso de passagens aéreas pelos membros da Câmara dos Deputados. Um mar de gente estava viajando à custa do dinheiro público sem ter direito. Na terça-feira (21), foi a vez do presidente da Casa, Michel Temer, e o deputado carioca Fernando Gabeira admitirem que utilizavam passagens cedidas pela Câmara para transportar parentes.
Galisteu no rolo
Na semana passada foi a vez do deputado Fábio Faria receber os holofotes da mídia graças à sua generosidade para com a sua ex-namorada a apresentadora Adriane Galisteu, que também viajou à custa dos impostos pagos por nós contribuintes.
Até tu, coruja?
Quem também esteve na berlinda esta semana foi o deputado catarinense Fernando Coruja (PPS). Coruja é acusado de ter financiado passagens para fora do país com dinheiro das cotas da Câmara Federal.
Não é de hoje
A farra com as passagens cedidas aos deputados é antiga. Em 2006, esta Gazeta foi a primeira a denunciar a vergonhosa atitude dos parlamentares. Na época, o deputado Paulo Bauer promovia festas em Joinville e Jaraguá do Sul, seus redutos eleitorais, para presentear jornalistas com viagens a Brasília, onde era utilizada a cota de passagens a que o deputado tinha direito.
Devolver pra quê?
Questionado sobre a ilegalidade e por que não devolvia o dinheiro não utilizado à Câmara, Bauer ironizou: “Devolver pra quê? Pro presidente comprar mais um avião?”
Falta de ética
Além do desvio do dinheiro público, as festas oferecidas pelo deputado levantaram vários questionamentos éticos como por exemplo a atitude de presentear jornalistas que deveriam cumprir um papel de fiscalização do trabalho de Bauer e também a “brincadeira” feita pelo deputado com os convidados: “Aqueles que forem sorteados não esqueçam de votar no Paulo Bauer”.
Imoral
Um dos presenteados da festa, o radialista Luiz Veríssimo (foto ao lado), na época saiu em defesa de Paulo Bauer dizendo que a ética deveria partir dos jornalistas que receberam o presente, o que era o seu caso. Com o novo escândalo, a imprensa séria do Brasil mostra que tanto o deputado quanto o radialista passaram longe do compromisso com a moralidade.
Galisteu no rolo
Na semana passada foi a vez do deputado Fábio Faria receber os holofotes da mídia graças à sua generosidade para com a sua ex-namorada a apresentadora Adriane Galisteu, que também viajou à custa dos impostos pagos por nós contribuintes.
Até tu, coruja?
Quem também esteve na berlinda esta semana foi o deputado catarinense Fernando Coruja (PPS). Coruja é acusado de ter financiado passagens para fora do país com dinheiro das cotas da Câmara Federal.
Não é de hoje
A farra com as passagens cedidas aos deputados é antiga. Em 2006, esta Gazeta foi a primeira a denunciar a vergonhosa atitude dos parlamentares. Na época, o deputado Paulo Bauer promovia festas em Joinville e Jaraguá do Sul, seus redutos eleitorais, para presentear jornalistas com viagens a Brasília, onde era utilizada a cota de passagens a que o deputado tinha direito.
Devolver pra quê?
Questionado sobre a ilegalidade e por que não devolvia o dinheiro não utilizado à Câmara, Bauer ironizou: “Devolver pra quê? Pro presidente comprar mais um avião?”
Falta de ética
Além do desvio do dinheiro público, as festas oferecidas pelo deputado levantaram vários questionamentos éticos como por exemplo a atitude de presentear jornalistas que deveriam cumprir um papel de fiscalização do trabalho de Bauer e também a “brincadeira” feita pelo deputado com os convidados: “Aqueles que forem sorteados não esqueçam de votar no Paulo Bauer”.
Imoral
Um dos presenteados da festa, o radialista Luiz Veríssimo (foto ao lado), na época saiu em defesa de Paulo Bauer dizendo que a ética deveria partir dos jornalistas que receberam o presente, o que era o seu caso. Com o novo escândalo, a imprensa séria do Brasil mostra que tanto o deputado quanto o radialista passaram longe do compromisso com a moralidade.
Casamento entre Kennedy Nunes
Aqueles que estão torcendo para ver o rompimento entre o deputado Kennedy Nunes (PP) e o prefeito Carlito Merss (PT) terão de esperar mais um pouco. O deputado afirma que não será o reajuste do preço da água que fará ele romper com Carlito. “A prefeitura já está estudando a questão da tarifa mínima pelo consumo e esse estudo tem de ser feito, pois não dá para fazer na canetada. No caso da redução de 80 para 50% da taxa de esgoto, temos de aguardar a aprovação da lei federal. Quanto à redução da tarifa social, o Carlito me convenceu de que é melhor ampliar o número de famílias atendidas do que reduzir”, afirma Kennedy
Sem pressão
Kennedy também lembra que apoiou um candidato que aderiu às suas propostas, mas que tem quatro anos de mandato. “Não posso agora meter a faca no pescoço”, diz o deputado.
Preço da passagem. Aí o bicho pega
“No caso do aumento da passagem de ônibus não tem conversa. Não me interessa se as planilhas estão corretas. É preciso decisão política. Na campanha, discutíamos como reduzir a passagem. Não tinha o pedido de aumento. Então que não suba, por meio de subsídio”, alerta o pepista.
Sem pressão
Kennedy também lembra que apoiou um candidato que aderiu às suas propostas, mas que tem quatro anos de mandato. “Não posso agora meter a faca no pescoço”, diz o deputado.
Preço da passagem. Aí o bicho pega
“No caso do aumento da passagem de ônibus não tem conversa. Não me interessa se as planilhas estão corretas. É preciso decisão política. Na campanha, discutíamos como reduzir a passagem. Não tinha o pedido de aumento. Então que não suba, por meio de subsídio”, alerta o pepista.
Bilhetes Para Todos
Por: Carlos Kaminski
Os dados são da Procuradoria da República no Distrito Federal. Foram gastos entre janeiro de 2007 e outubro de 2008 R$ 80 milhões em bilhetes nacionais e internacionais comprados pelos deputados.
É deste dinheiro - seu, meu, nosso - que sairam as passagens pagas pelo deputado Fábio Faria para sua ex-namorada, a apresentadora Adriane Galisteu, e para a mãe dela, Emma.
Os dados são da Procuradoria da República no Distrito Federal. Foram gastos entre janeiro de 2007 e outubro de 2008 R$ 80 milhões em bilhetes nacionais e internacionais comprados pelos deputados.
É deste dinheiro - seu, meu, nosso - que sairam as passagens pagas pelo deputado Fábio Faria para sua ex-namorada, a apresentadora Adriane Galisteu, e para a mãe dela, Emma.
ONG ligada ao PT recebe verbas da Petrobras para promover festas na BA
Por: Carlos Kaminski
A Associação de Apoio e Assessoria a Organizações Sociais do Nordeste (Aanor), ONG dirigida por pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores na Bahia, teria sido contratada pela Petrobras para a realização de festas de São João em 26 cidades em 2008, segundo informou o jornal Folha de S.Paulo.
A ONG, dirigida por Aldenira da Conceição Sena, que é vice-presidente do PT baiano, recebeu R$ 1,4 milhão para a realização das festas no interior do estado.
Segundo a Folha, Aldenira é funcionária do gabinete do deputado estadual Paulo Rangel (PT). O parlamentar foi autor de um projeto que deu à entidade o título de utilidade pública, o que permite que a ONG possa receber doações. Aldenira também é ligada à CUT.
Segundo o jornal, a entidade atua como intermediária no repasse de verbas a prefeituras. Aldenira disse ao jornal que a ONG repassa dinheiro às empresas que financiam as festas.
A Associação de Apoio e Assessoria a Organizações Sociais do Nordeste (Aanor), ONG dirigida por pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores na Bahia, teria sido contratada pela Petrobras para a realização de festas de São João em 26 cidades em 2008, segundo informou o jornal Folha de S.Paulo.
A ONG, dirigida por Aldenira da Conceição Sena, que é vice-presidente do PT baiano, recebeu R$ 1,4 milhão para a realização das festas no interior do estado.
Segundo a Folha, Aldenira é funcionária do gabinete do deputado estadual Paulo Rangel (PT). O parlamentar foi autor de um projeto que deu à entidade o título de utilidade pública, o que permite que a ONG possa receber doações. Aldenira também é ligada à CUT.
Segundo o jornal, a entidade atua como intermediária no repasse de verbas a prefeituras. Aldenira disse ao jornal que a ONG repassa dinheiro às empresas que financiam as festas.
Lula vira personagem do desenho animado 'South Park'
Por: Carlos Kaminski
Depois de ironizar diversos líderes políticos mundiais, a série animada 'South Park' também não poupou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente brasileiro virou um dos personagens da animação no último episódio do desenho, exibido nesta quarta-feira.
Na história, Lula é recrutado para combater uma invasão alienígena, junto com outros presidentes mundiais. Clipes do episódio já estão disponíveis no site oficial da série.
http://www.southparkstudios.com/episodes/220763
Apesar da 'participação', o Lula do desenho pouco fez no episódio, ficando restrito a comentários sem muito sentido sobre a tal invasão.
'South Park' já tirou sarro de várias personalidades famosas, entre eles Tom Cruise, Madonna, Kanye West (um peixe gay na versão animada) e até o papa Bento XVI, Joseph Ratzinger.
Depois de ironizar diversos líderes políticos mundiais, a série animada 'South Park' também não poupou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente brasileiro virou um dos personagens da animação no último episódio do desenho, exibido nesta quarta-feira.
Na história, Lula é recrutado para combater uma invasão alienígena, junto com outros presidentes mundiais. Clipes do episódio já estão disponíveis no site oficial da série.
http://www.southparkstudios.com/episodes/220763
Apesar da 'participação', o Lula do desenho pouco fez no episódio, ficando restrito a comentários sem muito sentido sobre a tal invasão.
'South Park' já tirou sarro de várias personalidades famosas, entre eles Tom Cruise, Madonna, Kanye West (um peixe gay na versão animada) e até o papa Bento XVI, Joseph Ratzinger.
A novela do acelerador linear do São José
De todos os pontos levantados pelo repórter desta Gazeta, Sergio Sestrem, na entrevista do prefeito Carlito Merss sobre os 100 primeiros dias do seu governo, a questão do acelerador linear (foto ao lado) foi a que mais repercutiu.
Pessoas queimadas vivas
Carlito disse que o maior desafio é desentranhar essa novela. O prefeito afirma não entender, pois parece que “há interesse de todo o jeito em tentar inviabilizar a obra. Enquanto isso, as pessoas são queimadas vivas lá com um equipamento à base de cobalto”.
A casamata, mais um capítulo
A pedido da Siemens, fabricante alemã do acelerador linear, a Prefeitura adiou a abertura da licitação para a construção do espaço especial (casamata) que vai permitir o funcionamento do aparelho no Hospital São José. Segundo os técnicos da empresa, os projetos arquitetônicos e de engenharia da casamata terão de ser adequados para que o acelerador linear possa funcionar.
Na Câmara
A demora na construção da casamata foi tema de discussão na Comissão de Finanças da Câmara de Vereadores. O presidente, vereador Odir Nunes, questionou o diretor do Hospital São José, o médico Tomio Tomita, sobre a afirmação do prefeito Carlito Merss a esta Gazeta de que “forças ocultas estavam impedindo a construção da casamata”. Tomita respondeu que não existem forças ocultas, mas alguns impedimentos. Segundo Tomita, a grande dificuldade está no orçamento total da obra. “O valor foi subestimado. É possível que a custe o dobro”, revela.
Pessoas queimadas vivas
Carlito disse que o maior desafio é desentranhar essa novela. O prefeito afirma não entender, pois parece que “há interesse de todo o jeito em tentar inviabilizar a obra. Enquanto isso, as pessoas são queimadas vivas lá com um equipamento à base de cobalto”.
A casamata, mais um capítulo
A pedido da Siemens, fabricante alemã do acelerador linear, a Prefeitura adiou a abertura da licitação para a construção do espaço especial (casamata) que vai permitir o funcionamento do aparelho no Hospital São José. Segundo os técnicos da empresa, os projetos arquitetônicos e de engenharia da casamata terão de ser adequados para que o acelerador linear possa funcionar.
Na Câmara
A demora na construção da casamata foi tema de discussão na Comissão de Finanças da Câmara de Vereadores. O presidente, vereador Odir Nunes, questionou o diretor do Hospital São José, o médico Tomio Tomita, sobre a afirmação do prefeito Carlito Merss a esta Gazeta de que “forças ocultas estavam impedindo a construção da casamata”. Tomita respondeu que não existem forças ocultas, mas alguns impedimentos. Segundo Tomita, a grande dificuldade está no orçamento total da obra. “O valor foi subestimado. É possível que a custe o dobro”, revela.
Alvoroço no legislativo
A oposição, o famoso G10 da Câmara de Vereadores, anda perdendo o sono. Corre à passos largos, nos bastidores, a notícia de que Dalila Leal/ PSL está querendo pular o muro, se juntar ao “lado B” e fazer parte da ala governista encabeçada pelo PT e que conta com o PMDB, PDT e PP.
G10 com medo
A preocupação de perder a maioria na Câmara é tamanha, que na última terça-feira (14) o vice-presidente da casa, o vereador tucano Maurício Peixer ocupou a tribuna para “denunciar” o assédio dos governistas a um membro da oposição. Peixer quis mandar um recado de que eles podem tirar o cavalinho da chuva pois a oposição está unida. Será?
Esqueceram de combinar com o PSL
O G10 só esquece que a maior pressão sobre a vereadora Dalila vem de seu próprio partido. Ninguém engoliu a “traição” aos correligionários que decidiram fazer parte do governo Carlito, mas foram pegos de surpresa com uma decisão unilateral da vereadora que dormiu governista e acordou oposição no dia 1 de janeiro quando, em manobra de bastidores, puxaram a cadeira de presidente Câmara de Tânia Eberhardt/ PMDB, candidata do governo e entregaram de bandeja para Sandro Silva/ PPS.
G10 com medo
A preocupação de perder a maioria na Câmara é tamanha, que na última terça-feira (14) o vice-presidente da casa, o vereador tucano Maurício Peixer ocupou a tribuna para “denunciar” o assédio dos governistas a um membro da oposição. Peixer quis mandar um recado de que eles podem tirar o cavalinho da chuva pois a oposição está unida. Será?
Esqueceram de combinar com o PSL
O G10 só esquece que a maior pressão sobre a vereadora Dalila vem de seu próprio partido. Ninguém engoliu a “traição” aos correligionários que decidiram fazer parte do governo Carlito, mas foram pegos de surpresa com uma decisão unilateral da vereadora que dormiu governista e acordou oposição no dia 1 de janeiro quando, em manobra de bastidores, puxaram a cadeira de presidente Câmara de Tânia Eberhardt/ PMDB, candidata do governo e entregaram de bandeja para Sandro Silva/ PPS.
As voltas que o mundo dá
Não é a primeira vez que o uruguaio Sergio Ramirez comanda a equipe do JEC, mas com certeza, é a sua maior oportunidade de se transformar em herói no clube. Ramirez assumiu o Tricolor em situação complicadíssima no campeonato Catarinense e em dois jogos conseguiu colocar o Joinville de volta à briga pela vaga na Série D e pelo título do Catarinense. Se conseguir, pode colocar uma estátua do gringo na frente da Arena, pois ele merece.
Um grande passo para a conscientização
Minha avó já dizia: “é de pequeno que se torce o pepino”. Ou seja, cabe a nós (pais) transformar os nossos filhos em cidadãos de bem – responsáveis e honestos. Mas uma forcinha de quem quer que seja sempre será bem vinda. Esta semana, alunos de escolas públicas de Joinville participaram do Programa Pense Primeiro, do Hospital São José, para prevenção de traumas.
Sentindo na pele
O projeto foi trazido do Canadá e tem como objetivo conscientizar a população para prevenção de acidentes de trânsito, principalmente de motocicletas - maior causadora de traumas e mortes em Joinville.
Números que impressionam
Só no ano passado, em Joinville, houve 5.457 acidentes de trânsito. Deste número, 3.333 foram com motociclistas, aproximadamente 61%. Somente neste ano, já foram de 1.163 acidentes no geral, e 763 com motocicletas. O tratamento completo uma pessoa acidentada custa ao Hospital São José, em média, R$ 30 mil, Isso, sem contar o valor de R$ 7 mil por dia caso o paciente tenha de ficar internado na UTI.
Sentindo na pele
O projeto foi trazido do Canadá e tem como objetivo conscientizar a população para prevenção de acidentes de trânsito, principalmente de motocicletas - maior causadora de traumas e mortes em Joinville.
Números que impressionam
Só no ano passado, em Joinville, houve 5.457 acidentes de trânsito. Deste número, 3.333 foram com motociclistas, aproximadamente 61%. Somente neste ano, já foram de 1.163 acidentes no geral, e 763 com motocicletas. O tratamento completo uma pessoa acidentada custa ao Hospital São José, em média, R$ 30 mil, Isso, sem contar o valor de R$ 7 mil por dia caso o paciente tenha de ficar internado na UTI.
Cutucada
Se a moda vai pegar só o tempo dirá. Mas a decisão do vereador Patrício Destro (DEM) de combater o “ponto facultativo” promete dar o que falar. Ele e seus assessores vão trabalhar na véspera do próximo feriado (Tiradentes). Destro acha que a sua atitude pode incentivar outros parlamentares e até outros orgãos do governo a tomarem a mesma medida. Há muito tempo os tais pontos facultativos não passavam de meras formalidades já que emendar o feriadão virou regra nas repartições públicas.
E vai subir
O pedido de aumento de 6,41% aprovado pelo conselho da Amae e solicitado pela Águas de Joinville já está nas mãos do prefeito. Embora o prefeito não diga que sim nem que não, a decisão não deve surpreender ninguém: Carlito vai chancelar o pedido de aumento e o decreto será assinado nos próximos dias.
Em paz
Representantes da Prefeitura e da Univille decidiram suspender a ação que cobra na Justiça o pagamento da dídida acumulada nos últimos anos de R$ 16 milhões em bolsas de estudos não pagas pelo município. Enquanto a ação estiver suspensa, as parte voltam a mesa de negociação para tentar colocar um ponto final no débito.
Diversidade
É impressionante o burburinho que está se formando na mídia joinvilense em relação a Parada Gay que deverá acontecer em junho – durante a Semana da Diversidade. Evento tradicional em grandes metrópoles, nada mais justo que uma cidade do porte de Joinville possa ter a sua.
Desrespeito
Determinados membros da imprensa não se controlam e ficam andando sob o fio da navalha em seus comentários. Sempre usando de ironia, alguns beiram à homofobia e preconceito, mas sempre terminando a frase com um “nada contra a esse pessoal”, tentando aliviar o preconceito, mas só ficam na tentativa.
Desrespeito
Determinados membros da imprensa não se controlam e ficam andando sob o fio da navalha em seus comentários. Sempre usando de ironia, alguns beiram à homofobia e preconceito, mas sempre terminando a frase com um “nada contra a esse pessoal”, tentando aliviar o preconceito, mas só ficam na tentativa.
Mamata de 40 anos
por Mara Montezuma Assaf
Cada senador tem direito , por mes, a 4 passagens aéreas de ida e volta aos seus estados de origem. Muito justo . Mas, por uma "distração" dificil de ser explicada ao eleitor, eles também ganham mensalmente 1 passagem de ida e volta ao Rio de Janeiro ( isso desde o tempo que a capital mudou para Brasilia ! ), as quais , mesmo não sendo usadas, tem efeito cumulativo, podendo ser trocadas por um bilhete que dará direito a uma viagem mais longa...com destino à escolha do senador. Assim que , nós , contribuintes, estamos proporcionando viagens de lazer a nossos sofridos senadores...não é um privilégio? E não é o máximo nos darmos conta dessa senatorial distração que já dura mais de 40 anos? Quando penso que já vi acontecer de tudo em Brasilia, eles ainda conseguem nos surpreender um pouco mais. Este país virou uma piada, na qual os politicos gargalham de nós, os eleitores.
Cada senador tem direito , por mes, a 4 passagens aéreas de ida e volta aos seus estados de origem. Muito justo . Mas, por uma "distração" dificil de ser explicada ao eleitor, eles também ganham mensalmente 1 passagem de ida e volta ao Rio de Janeiro ( isso desde o tempo que a capital mudou para Brasilia ! ), as quais , mesmo não sendo usadas, tem efeito cumulativo, podendo ser trocadas por um bilhete que dará direito a uma viagem mais longa...com destino à escolha do senador. Assim que , nós , contribuintes, estamos proporcionando viagens de lazer a nossos sofridos senadores...não é um privilégio? E não é o máximo nos darmos conta dessa senatorial distração que já dura mais de 40 anos? Quando penso que já vi acontecer de tudo em Brasilia, eles ainda conseguem nos surpreender um pouco mais. Este país virou uma piada, na qual os politicos gargalham de nós, os eleitores.
O Importo de Renda
por Lino Hercílio Tavares de Souza
Reduzindo o número de linhas nos formulário do Imposto de Renda, a Receita Federal obriga contribuintes de baixa renda a fazerem suas declarações com uso de computador. Os que ainda não têm acesso à informática - a maioria - têm de pagar a terceiros por esse serviço, o que não coaduna com um governo que se diz popular, mas que age como se estivesse governando um país de primeiro mundo onde todos têm acesso a praticamente tudo.
Reduzindo o número de linhas nos formulário do Imposto de Renda, a Receita Federal obriga contribuintes de baixa renda a fazerem suas declarações com uso de computador. Os que ainda não têm acesso à informática - a maioria - têm de pagar a terceiros por esse serviço, o que não coaduna com um governo que se diz popular, mas que age como se estivesse governando um país de primeiro mundo onde todos têm acesso a praticamente tudo.
Made in Brazil
O brasileiro Anderson Teixeira será o novo presidente da Sony Ericsson nos Estados Unidos, sendo responsável também por toda a América do Norte, operação que engloba o Canadá, a partir de junho.
Formado em economia pela Universidade de São Paulo, Anderson começou sua carreira no Brasil. Mas nos últimos anos desempenhava o papel de principal executivo da empresa na Europa Ocidental
Formado em economia pela Universidade de São Paulo, Anderson começou sua carreira no Brasil. Mas nos últimos anos desempenhava o papel de principal executivo da empresa na Europa Ocidental
Bafômetros
Neste fim de semana prolongado da Páscoa, a Polícia Rodoviária inaugurou nas rodovias federais - especialmente no Rio, em Minas, Paraná e Santa Catarina - 300 novos bafômetros.
Modenizar Para Lucrar
Veja como uma gestão mais eficiente pode ser útil num momento de crise.
Os dados são do Movimento Brasil Competitivo, organização fundada pelo empresário Jorge Gerdau, mas dão conta de que um investimento de R$ 37 milhões na modernização da administração pública feitos em 10 estados, entre 2007 e 2008, gerou uma arrecadação de R$ 10 bilhões.
Os dados são do Movimento Brasil Competitivo, organização fundada pelo empresário Jorge Gerdau, mas dão conta de que um investimento de R$ 37 milhões na modernização da administração pública feitos em 10 estados, entre 2007 e 2008, gerou uma arrecadação de R$ 10 bilhões.
Alegações finais: Salve Santa Catarina reafirma pedido de cassação de Luiz Henrique da Silveira
A coligação “Salve Santa Catarina” apresentou no dia de ontem 13/04/2009 ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) as alegações finais no recurso de sua autoria que pede a cassação do governador de Santa Catarina Luiz Henrique da Silveira (PMDB). A coligação acusa o então candidato à reeleição por abuso de poder econômico e utilização indevida dos meios de comunicação. No documento, a coligação reafirma seu pedido para que a Corte Superior casse o mandato do governador e de seu vice, e determine a posse do segundo colocado nas eleições de 2006 – Espiridião Amin (PP). A coligação, formada por PP, PMN, PV e Prona, contesta inicialmente o fundamento da defesa do governador de que os fatos apontados nesse recurso já teriam sido analisados em outros processos pelo Tribunal Regional Eleitoral e pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. A esse respeito, a coligação afirma que o próprio TSE já pacificou o entendimento de que é possível a utilização de provas colhidas em outros processos, bem como a possibilidade de se analisar fatos já discutidos em outras ações.
Julgamento
O recurso contra Luiz Henrique começou a ser julgado pelo TSE em 2008, lembra a coligação. Na ocasião, três ministros chegaram a se manifestar pela cassação do governador – os ministros José Delgado, Ari Pargendler e Gerardo Grossi. Esses três ministros, que já não compõe a Corte Superior, reconheceram a existência de abuso de poder econômico, principalmente pelo uso de propaganda tida como institucional, salienta a autora do recurso. De acordo com o ministro Ari Pargendler, diz a coligação, “as campanhas publicitárias institucionais não se mostraram pedagógicas, informativas ou de interesse social”. O julgamento, porém, foi interrompido para determinar a citação do vice-governador Leonel Pavan. Sobre Pavan, inclusive, a coligação também responde à sua alegação, no sentido de que Luiz Henrique teria agido sozinho, e por isso, somente ele deveria ser responsabilizado. Para a autora do recurso, quando a Corte discutiu a necessidade de se integrar o vice ao processo, caracterizou a chapa como uma “unidade monolítica”. De acordo com a coligação, “a cassação do diploma de uma das pessoas que compõe a chapa majoritária tem como conseqüência necessária a cassação de todos da chapa”.
Julgamento
O recurso contra Luiz Henrique começou a ser julgado pelo TSE em 2008, lembra a coligação. Na ocasião, três ministros chegaram a se manifestar pela cassação do governador – os ministros José Delgado, Ari Pargendler e Gerardo Grossi. Esses três ministros, que já não compõe a Corte Superior, reconheceram a existência de abuso de poder econômico, principalmente pelo uso de propaganda tida como institucional, salienta a autora do recurso. De acordo com o ministro Ari Pargendler, diz a coligação, “as campanhas publicitárias institucionais não se mostraram pedagógicas, informativas ou de interesse social”. O julgamento, porém, foi interrompido para determinar a citação do vice-governador Leonel Pavan. Sobre Pavan, inclusive, a coligação também responde à sua alegação, no sentido de que Luiz Henrique teria agido sozinho, e por isso, somente ele deveria ser responsabilizado. Para a autora do recurso, quando a Corte discutiu a necessidade de se integrar o vice ao processo, caracterizou a chapa como uma “unidade monolítica”. De acordo com a coligação, “a cassação do diploma de uma das pessoas que compõe a chapa majoritária tem como conseqüência necessária a cassação de todos da chapa”.
Fonte: TSE
FIM DE UMA ERA
Como há uma novidade a cada dia no governo Obama, a de hoje é o fechamento das prisões secretas que os EUA mantinham em vários países e onde eram torturados os presos suspeitos de atividades terroristas. O anúncio foi feito pelo diretor-geral da CIA, Leon Panetta.
No comunicado, Panetta esclarece que os funcionários que serviram nessas prisões e eram encarregados de "interrogar" os presos não sofrerão qualquer tipo de punição já que apenas cumpriam ordens do governo Bush. Não foram divulgados os países onde estão essas prisões.
Informações do Blog da Leila Cordeiro
No comunicado, Panetta esclarece que os funcionários que serviram nessas prisões e eram encarregados de "interrogar" os presos não sofrerão qualquer tipo de punição já que apenas cumpriam ordens do governo Bush. Não foram divulgados os países onde estão essas prisões.
Informações do Blog da Leila Cordeiro
A CRISE TERMINOU!, diz Stephen Kanitz
Quer gostem ou não; o Brasil evoluiu e o atual governo tem seus méritos, reconhecidos até pela oposição.
A crise norte-americana acabou há três semanas. E, dentro de um mês, será visível um aumento no índice de confiança do consumidor estado-unidense – logo, mundial.
É o que afirma Stephen Kanitz, consultor de empresas, mestre em Finanças pela Harvard University, colunista da revista Veja e, mais recentemente, dono do blog “O Brasil que dá Certo”.
“Para mim, aquele momento de crise propriamente dito, com todas as pessoas perdidas, sem saberem o que vai acontecer ou o que fazer, já passou”, declarou ele durante palestra no “Ta na mesa da Federasul”, realizado nesta quarta-feira, 18, em Porto Alegre.
Quanto ao Brasil, Kanitz acredita que haja mais um pânico psicológico do que financeiro.
“A crise iniciou no mercado imobiliário norte-americano, que em fevereiro demonstrou crescimento de 22,2%. Ou seja: se o segmento onde a crise iniciou está melhorando, tudo vai melhorar. E no Brasil, onde não há problema no setor imobiliário nem grandes rombos nos cartões de crédito, acho que a crise nem chegou”, destacou o consultor.
Para ele, no país foram apenas três as empresas que penaram com a crise: Aracruz, VCP e Sadia. “Foram casos isolados que enfrentaram uma situação muito feia, mas já sanaram”, ressaltou. “Nem o governo chegou a ficar mal. Foi uma das primeiras vezes que não precisamos ir de chapéu na mão pedir dinheiro ao FMI! E isto porque pela primeira vez temos um administrador na presidência do Banco Central, Henrique Meireles, que adotou a política correta de fazer reservas. Hoje o Brasil tem reservas milionárias e pode enfrentar a crise”, avaliou.
Segundo Kanitz, o que há no Brasil é muito mais alarde do que verdade. E a grande culpada seria a imprensa. “Tem se falado, na imprensa, em 30% de desemprego. É um exagero, acredito em um índice de 2%, talvez, mas 30%? Se você divulga isso, é óbvio que ninguém mais compra ninguém mais assume créditos, nada, com medo de perder o emprego”, comentou.
Outro ponto criticado pelo consultor foi o fato de tudo ser noticiado com negatividade. “Quando se falou de queda de 40% na bolsa, por exemplo, foi alardeado como uma notícia péssima. Pode ser para os 2% de brasileiros que investem. Porém, para quem não é endinheirado, é até uma boa notícia que os endinheirados ganhem menos dinheiro. E outra: Se as ações desvalorizaram 40%, é hora de as empresas brasileiras comprarem estrangeiras, e não de apertarem o cinto”, declarou.
Conforme Kanitz, o Brasil sai da crise com nota dez, especialmente frente ao restante do BRIC. “Enquanto o país tem reservas milionárias, a Rússia quebrou e a China está perto de perder o “Investment Grade”, comentou.
Para o administrador, sua postura não é otimista, mas procura ver o otimismo que está no ar, ao invés de se concentrar no pessimismo catastrofista. A dica mor de Kanitz: não leia jornal.
Para ele, jornais são para gerentes. Presidentes e diretores de empresas não devem lê-los, porque não há que pensar nas más notícias do presente ou, pior ainda, no histórico de crises, no passado: a regra é pensar o futuro.
“Você tem de fazer pesquisas de mercado, avaliações, e programar o futuro”, afirmou Kanitz.
Pollyanna
A exemplo dos livros da Eleanor H. Porter, em que uma menina, Pollyanna, praticava o Jogo do “Contente”, orientando-se para enxergar o lado bom de toda notícia ou episódio ruim, Kanitz é categórico em afirmar que o mundo não está tão a perigo quanto parece pelas manchetes globais.
“Não leia jornais pela manhã. Só vai servir para você desanimar. Nos últimos 100 dias, tudo o que eu tenha visto, ininterruptamente, são notícias ruins. E já mostrei que nem tudo o que se diz como ruim, o é. Minha dica é: leia os noticiários à noite. “Você será derrubado, mas aí já pode cair na cama e dormir”, brincou durante o “Ta na Mesa”.
E o consultor tanto crê em sua tese que criou, há um mês, o blog O Brasil que Dá Certo. A frase de abertura – Aqui divulgamos as boas notícias e iniciativas do Brasil que dá certo – já dá o tom da página, que, segundo Kanitz, já alcança crescimento semanal de 400% em termos de acesso. “Temos estatística de dois milhões de pageviews em um ano”, declarou.
Administrar é preciso
Para o especialista, a escolha de Henrique Meireles para o comando do Banco Central é um dos maiores acertos da atual política econômica brasileira.
“Ele é um administrador, e é isso que tem de ser colocado para administrar as empresas, as instituições”, destacou Kanitz. “A China passou a adotar esta prática na década de 80 – administradores para administração de altos cargos – e veja o quanto cresceu”, complementou.
Segundo o consultor, o administrador é diferente do empresário porque, enquanto o segundo está preocupado em realizar seus sonhos, o primeiro se dispõe a realizar o sonho de outros. “Para o administrador, o importante é pegar uma boa idéia e planejar formas de ela dar certo. “Este é o caminho”, concluiu.
Vantagem demográfica, geográfica e política
Para Kanitz, os próximos 40 anos reservam para o Brasil um cenário de destaque positivo em relação a outros países, com perspectivas otimistas em demografia e gestão de recursos.
“A desvantagem que o Brasil possuía nos anos 70 e 80 em relação a seu perfil demográfico está mudando com o aumento da população em faixas etárias economicamente ativas, possibilitando maior geração de riquezas e menos dependentes, já que também há menos nascimentos”, destacou ele durante a palestra na Federasul.
Além disso, o consultor aponta que o país também tende a se destacar geográfica e politicamente, com “a consolidação de nossa democracia”.
"A Europa está quebrada e, no futuro, China e Índia terão problemas sérios com a escassez de água", pontuou. “O tamanho continental do Brasil o tornará menos dependente da globalização, porque pode desenvolver o mercado interno”, completou.
QUEM É Stephen Kanitz
STEPHEN KANITZ, consultor de empresas e conferencista, vem realizando seminários em grandes empresas no Brasil e no exterior. Já realizou mais de 500 palestras nos últimos 10 anos.
Mestre em Administração de Empresas pela Harvard University, foi professor Titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.
Criador do Prêmio Bem Eficiente para entidades sem fins lucrativos e do site www.voluntarios.com.br.
Criador de Melhores e Maiores da Revista Exame, avaliou até 1995 as 1000 maiores empresas do país.
Sua experiência como consultor lhe rendeu vários prêmios: Prêmio ABAMEC Analista Financeiro do Ano, Prêmio JABUTI 1995 - Câmara Brasileira do Livro e o Prêmio ANEFAC.
É árbitro da BOVESPA na Câmara de Arbitragem do Novo Mercado.
A crise norte-americana acabou há três semanas. E, dentro de um mês, será visível um aumento no índice de confiança do consumidor estado-unidense – logo, mundial.
É o que afirma Stephen Kanitz, consultor de empresas, mestre em Finanças pela Harvard University, colunista da revista Veja e, mais recentemente, dono do blog “O Brasil que dá Certo”.
“Para mim, aquele momento de crise propriamente dito, com todas as pessoas perdidas, sem saberem o que vai acontecer ou o que fazer, já passou”, declarou ele durante palestra no “Ta na mesa da Federasul”, realizado nesta quarta-feira, 18, em Porto Alegre.
Quanto ao Brasil, Kanitz acredita que haja mais um pânico psicológico do que financeiro.
“A crise iniciou no mercado imobiliário norte-americano, que em fevereiro demonstrou crescimento de 22,2%. Ou seja: se o segmento onde a crise iniciou está melhorando, tudo vai melhorar. E no Brasil, onde não há problema no setor imobiliário nem grandes rombos nos cartões de crédito, acho que a crise nem chegou”, destacou o consultor.
Para ele, no país foram apenas três as empresas que penaram com a crise: Aracruz, VCP e Sadia. “Foram casos isolados que enfrentaram uma situação muito feia, mas já sanaram”, ressaltou. “Nem o governo chegou a ficar mal. Foi uma das primeiras vezes que não precisamos ir de chapéu na mão pedir dinheiro ao FMI! E isto porque pela primeira vez temos um administrador na presidência do Banco Central, Henrique Meireles, que adotou a política correta de fazer reservas. Hoje o Brasil tem reservas milionárias e pode enfrentar a crise”, avaliou.
Segundo Kanitz, o que há no Brasil é muito mais alarde do que verdade. E a grande culpada seria a imprensa. “Tem se falado, na imprensa, em 30% de desemprego. É um exagero, acredito em um índice de 2%, talvez, mas 30%? Se você divulga isso, é óbvio que ninguém mais compra ninguém mais assume créditos, nada, com medo de perder o emprego”, comentou.
Outro ponto criticado pelo consultor foi o fato de tudo ser noticiado com negatividade. “Quando se falou de queda de 40% na bolsa, por exemplo, foi alardeado como uma notícia péssima. Pode ser para os 2% de brasileiros que investem. Porém, para quem não é endinheirado, é até uma boa notícia que os endinheirados ganhem menos dinheiro. E outra: Se as ações desvalorizaram 40%, é hora de as empresas brasileiras comprarem estrangeiras, e não de apertarem o cinto”, declarou.
Conforme Kanitz, o Brasil sai da crise com nota dez, especialmente frente ao restante do BRIC. “Enquanto o país tem reservas milionárias, a Rússia quebrou e a China está perto de perder o “Investment Grade”, comentou.
Para o administrador, sua postura não é otimista, mas procura ver o otimismo que está no ar, ao invés de se concentrar no pessimismo catastrofista. A dica mor de Kanitz: não leia jornal.
Para ele, jornais são para gerentes. Presidentes e diretores de empresas não devem lê-los, porque não há que pensar nas más notícias do presente ou, pior ainda, no histórico de crises, no passado: a regra é pensar o futuro.
“Você tem de fazer pesquisas de mercado, avaliações, e programar o futuro”, afirmou Kanitz.
Pollyanna
A exemplo dos livros da Eleanor H. Porter, em que uma menina, Pollyanna, praticava o Jogo do “Contente”, orientando-se para enxergar o lado bom de toda notícia ou episódio ruim, Kanitz é categórico em afirmar que o mundo não está tão a perigo quanto parece pelas manchetes globais.
“Não leia jornais pela manhã. Só vai servir para você desanimar. Nos últimos 100 dias, tudo o que eu tenha visto, ininterruptamente, são notícias ruins. E já mostrei que nem tudo o que se diz como ruim, o é. Minha dica é: leia os noticiários à noite. “Você será derrubado, mas aí já pode cair na cama e dormir”, brincou durante o “Ta na Mesa”.
E o consultor tanto crê em sua tese que criou, há um mês, o blog O Brasil que Dá Certo. A frase de abertura – Aqui divulgamos as boas notícias e iniciativas do Brasil que dá certo – já dá o tom da página, que, segundo Kanitz, já alcança crescimento semanal de 400% em termos de acesso. “Temos estatística de dois milhões de pageviews em um ano”, declarou.
Administrar é preciso
Para o especialista, a escolha de Henrique Meireles para o comando do Banco Central é um dos maiores acertos da atual política econômica brasileira.
“Ele é um administrador, e é isso que tem de ser colocado para administrar as empresas, as instituições”, destacou Kanitz. “A China passou a adotar esta prática na década de 80 – administradores para administração de altos cargos – e veja o quanto cresceu”, complementou.
Segundo o consultor, o administrador é diferente do empresário porque, enquanto o segundo está preocupado em realizar seus sonhos, o primeiro se dispõe a realizar o sonho de outros. “Para o administrador, o importante é pegar uma boa idéia e planejar formas de ela dar certo. “Este é o caminho”, concluiu.
Vantagem demográfica, geográfica e política
Para Kanitz, os próximos 40 anos reservam para o Brasil um cenário de destaque positivo em relação a outros países, com perspectivas otimistas em demografia e gestão de recursos.
“A desvantagem que o Brasil possuía nos anos 70 e 80 em relação a seu perfil demográfico está mudando com o aumento da população em faixas etárias economicamente ativas, possibilitando maior geração de riquezas e menos dependentes, já que também há menos nascimentos”, destacou ele durante a palestra na Federasul.
Além disso, o consultor aponta que o país também tende a se destacar geográfica e politicamente, com “a consolidação de nossa democracia”.
"A Europa está quebrada e, no futuro, China e Índia terão problemas sérios com a escassez de água", pontuou. “O tamanho continental do Brasil o tornará menos dependente da globalização, porque pode desenvolver o mercado interno”, completou.
QUEM É Stephen Kanitz
STEPHEN KANITZ, consultor de empresas e conferencista, vem realizando seminários em grandes empresas no Brasil e no exterior. Já realizou mais de 500 palestras nos últimos 10 anos.
Mestre em Administração de Empresas pela Harvard University, foi professor Titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.
Criador do Prêmio Bem Eficiente para entidades sem fins lucrativos e do site www.voluntarios.com.br.
Criador de Melhores e Maiores da Revista Exame, avaliou até 1995 as 1000 maiores empresas do país.
Sua experiência como consultor lhe rendeu vários prêmios: Prêmio ABAMEC Analista Financeiro do Ano, Prêmio JABUTI 1995 - Câmara Brasileira do Livro e o Prêmio ANEFAC.
É árbitro da BOVESPA na Câmara de Arbitragem do Novo Mercado.
As Boas Notícias da Semana
Por Stephen Kanitz
A imprensa continua nos fornecendo diversas boas notícias. Pena que essas boas notícias não têm o destaque que merecem. Na semana que passou, não foi diferente:
1. Há bons indícios para supormos que a recessão norte-americana está cedendo. Quem diz isso não sou eu, que muitos tomam por otimista, mas sim a revista The Economist, um semanário reputado pela cautela de suas previsões.
2. Aumentou o limite do consignado. Trata-se de uma medida vital para a recuperação econômica.
3. A FGV estima um crescimento de 3,5% no setor de construção civil, um setor cuja importância e poder de geração de empregos dispensam apresentações.
4. Volkswagen tem crescimento de vendas de 16% em março.
5. Banco do Brasil deverá reduzir seus spreads, lider de mercado de precificação que é.
Fonte: www.brasil.melhores.com.br
A imprensa continua nos fornecendo diversas boas notícias. Pena que essas boas notícias não têm o destaque que merecem. Na semana que passou, não foi diferente:
1. Há bons indícios para supormos que a recessão norte-americana está cedendo. Quem diz isso não sou eu, que muitos tomam por otimista, mas sim a revista The Economist, um semanário reputado pela cautela de suas previsões.
2. Aumentou o limite do consignado. Trata-se de uma medida vital para a recuperação econômica.
3. A FGV estima um crescimento de 3,5% no setor de construção civil, um setor cuja importância e poder de geração de empregos dispensam apresentações.
4. Volkswagen tem crescimento de vendas de 16% em março.
5. Banco do Brasil deverá reduzir seus spreads, lider de mercado de precificação que é.
Fonte: www.brasil.melhores.com.br
Falta transparência
A Câmara de Vereadores de Joinville, a exemplo da Assembléia Legislativa de Santa Catarina, deveria dispor de maior transparência e divulgar o nome dos indicados que ocupam os cargos comissionados em cada gabinete e em outras áreas. Com a criação de mais cargos para a área de informática o procedimento de disponibilizar o nome dos contemplados na internet, não seria uma difícil missão.
Pedaaaaaala vereador!
Será que os assessores do vereador Alodir Cristo e Patrício Destro, ambos do Partido dos Democratas (DEM), já estão pedalando pelas ruas de Joinville? Recentemente a dupla de parlamentares afirmou publicamente que ao invés de utilizarem os polêmicos carros alugados pelo presidente daquela casa, Sandro Daumiro da Silva (PPS), eles iriam disponibilizar magrelas para seus assessores. Além disso, também fica a dúvida se Cristo e Patrício também vão aderir às pedaladas.
DIA DO JORNALISTA
Por Manoel Francisco Bento, vereador de Joinville
Conta à história que uma vez, um filhote de leopardo afastou-se de casa e se aventurou entre uma grande manada de elefantes. Seus pais o tinham advertido para manter distância daqueles gigantescos animais, mas ele não lhes deu ouvidos. De repente, houve um estouro da manada e um elefante, sem sequer vê-lo, pisou no filhote. Pouco depois uma hiena encontrou o corpo e correu a contar aos pais.
- Trago notícias horríveis - ela disse. - Encontrei seu filhote morto na savana.
A mãe e o pai leopardos deram urros de raiva e desespero.
- Como aconteceu? - perguntou o pai leopardo - Diga quem fez isso com nosso filho! Não descansarei até me vingar!
- Foram os elefantes - disse a hiena.
- Os elefantes? - disse o pai leopardo, surpreso - Você disse que foram os elefantes?
- Sim - disse a hiena, - vi as pegadas deles.
O leopardo andou de um lado para o outro, rosnando e balançando a cabeça.
- Não, você se enganou - disse por fim. - Não foram os elefantes. Foram as cabras. As cabras assassinaram meu filho!
Imediatamente deu uma corrida morro abaixo, irrompeu entre um rebanho de cabras que pastavam no vale e, num ataque de fúria, matou todas em vingança.
Esta pequena história ilustra bem o momento em que vivemos O leopardo preferiu se vingar no mais fraco, no mais indefeso.
Voltando ao mundo dos racionais, Senhoras e Senhores, entendo prudente relatar-lhes o que efetivamente aconteceu na última semana, quando um assessor de imprensa, jovem jornalista, dando seus primeiros passos nas lides de acompanhar o trabalho numa Casa de Leis, equivocou-se, gravemente é verdade, ao interpretar erroneamente o projeto que aumentou o número de cargos comissionados nesta casa. Acreditando que estava cumprindo com seu ofício, ele passou a informação para seus colegas de imprensa, outro jovem jornalista, labutando em seus primeiros anos de profissão, também não soube interpretar o texto do projeto, fato que deu origem a chamada equivocada na capa do jornal do dia seguinte. Um erro, é verdade, que potencializou outro erro, é mais verdade ainda. Nosso erro de onerar o poder público com mais cargos que, acredito, desnecessários.
De qualquer modo, senhores, criou-se o cenário propício para tentar desviar a atenção da opinião pública. Condenar um jovem jornalista sem qualquer direito ao contraditório e pedir a cabeça do outro. Não tiveram coragem de enfrentar os elefantes. Com a ajuda das hienas, avançam sobre os mais fracos.
E tudo isto estamos experimentando nos dias de hoje, 7 de Abril , Dia do Jornalista, data instituída pela Associação Brasileira de Imprensa em homenagem a João Batista Líbero Badaró, médico e jornalista, que morreu assassinado, perseguido por inimigos políticos, em 22 de novembro de 1830.
Minha cordial saudação aos jornalistas de verdade , os que realmente são comprometidos com a verdade, e meu muito obrigado.
Conta à história que uma vez, um filhote de leopardo afastou-se de casa e se aventurou entre uma grande manada de elefantes. Seus pais o tinham advertido para manter distância daqueles gigantescos animais, mas ele não lhes deu ouvidos. De repente, houve um estouro da manada e um elefante, sem sequer vê-lo, pisou no filhote. Pouco depois uma hiena encontrou o corpo e correu a contar aos pais.
- Trago notícias horríveis - ela disse. - Encontrei seu filhote morto na savana.
A mãe e o pai leopardos deram urros de raiva e desespero.
- Como aconteceu? - perguntou o pai leopardo - Diga quem fez isso com nosso filho! Não descansarei até me vingar!
- Foram os elefantes - disse a hiena.
- Os elefantes? - disse o pai leopardo, surpreso - Você disse que foram os elefantes?
- Sim - disse a hiena, - vi as pegadas deles.
O leopardo andou de um lado para o outro, rosnando e balançando a cabeça.
- Não, você se enganou - disse por fim. - Não foram os elefantes. Foram as cabras. As cabras assassinaram meu filho!
Imediatamente deu uma corrida morro abaixo, irrompeu entre um rebanho de cabras que pastavam no vale e, num ataque de fúria, matou todas em vingança.
Esta pequena história ilustra bem o momento em que vivemos O leopardo preferiu se vingar no mais fraco, no mais indefeso.
Voltando ao mundo dos racionais, Senhoras e Senhores, entendo prudente relatar-lhes o que efetivamente aconteceu na última semana, quando um assessor de imprensa, jovem jornalista, dando seus primeiros passos nas lides de acompanhar o trabalho numa Casa de Leis, equivocou-se, gravemente é verdade, ao interpretar erroneamente o projeto que aumentou o número de cargos comissionados nesta casa. Acreditando que estava cumprindo com seu ofício, ele passou a informação para seus colegas de imprensa, outro jovem jornalista, labutando em seus primeiros anos de profissão, também não soube interpretar o texto do projeto, fato que deu origem a chamada equivocada na capa do jornal do dia seguinte. Um erro, é verdade, que potencializou outro erro, é mais verdade ainda. Nosso erro de onerar o poder público com mais cargos que, acredito, desnecessários.
De qualquer modo, senhores, criou-se o cenário propício para tentar desviar a atenção da opinião pública. Condenar um jovem jornalista sem qualquer direito ao contraditório e pedir a cabeça do outro. Não tiveram coragem de enfrentar os elefantes. Com a ajuda das hienas, avançam sobre os mais fracos.
E tudo isto estamos experimentando nos dias de hoje, 7 de Abril , Dia do Jornalista, data instituída pela Associação Brasileira de Imprensa em homenagem a João Batista Líbero Badaró, médico e jornalista, que morreu assassinado, perseguido por inimigos políticos, em 22 de novembro de 1830.
Minha cordial saudação aos jornalistas de verdade , os que realmente são comprometidos com a verdade, e meu muito obrigado.
Desculpa da vez
Tem muito empresário em Joinville usando uma boa desculpa para demitir seus funcionários. Basta colocar a culpa na crise. A frase que mais tem se ouvido pelos demitidos é de que a decisão foi tomada exclusivamente por “contensão de despesas”.
Simples e eficiente
Culpar a crise financeira é uma boa alternativa para camuflar um assédio moral que ficou entalado na garganta, ou até um assédio sexual não correspondido. Não se pode negar que a malfadada crise está tirando o emprego de muita gente, mas em alguns casos é mais uma desculpa do que uma realidade.
Ser profissional não basta
Há alguns dias li um artigo do jornalista Luis Carlos Prates dizendo que o bom profissional não pode ter medo da crise, pois o seu emprego está garantido. Discordo.
Separando o joio do trigo
A máxima de Prates vale para os bons empresários, mas para alguns gestores que empregam a filosofia de “quem manda no boteco sou eu” ser apenas um bom profissional não basta. É necessário também “fazer tudo o que o chefe mandar”, não importa o que seja.
Empregado sempre perde
Na roleta do emprego estável, o funcionário tem de estar preparado para saber jogar bem, pois ele não pode esquecer que do outro lado está o dono do cassino e como todo mundo já sabe: a banca sempre vence no final.
Simples e eficiente
Culpar a crise financeira é uma boa alternativa para camuflar um assédio moral que ficou entalado na garganta, ou até um assédio sexual não correspondido. Não se pode negar que a malfadada crise está tirando o emprego de muita gente, mas em alguns casos é mais uma desculpa do que uma realidade.
Ser profissional não basta
Há alguns dias li um artigo do jornalista Luis Carlos Prates dizendo que o bom profissional não pode ter medo da crise, pois o seu emprego está garantido. Discordo.
Separando o joio do trigo
A máxima de Prates vale para os bons empresários, mas para alguns gestores que empregam a filosofia de “quem manda no boteco sou eu” ser apenas um bom profissional não basta. É necessário também “fazer tudo o que o chefe mandar”, não importa o que seja.
Empregado sempre perde
Na roleta do emprego estável, o funcionário tem de estar preparado para saber jogar bem, pois ele não pode esquecer que do outro lado está o dono do cassino e como todo mundo já sabe: a banca sempre vence no final.
A “barriga” que derrubou o assessor de imprensa
O elo mais fraco
A trapalhada cometida pelo repórter do Notícias do Dia, Leonel Camasão, que fez com que o tablóide publicasse na sua manchete que a Câmara de Vereadores de Joinville estava criando 29 novos cargos, através de uma lei complementar, quando na verdade eram apenas cinco, custou o cargo de assessor de imprensa do jornalista Luis Fernando Batisti.
Durou pouco
Luis Fernando havia assumido recentemente a assessoria de imprensa do vereador Manoel Francisco Bento e coube a ele entregar ao repórter do diário os documentos que serviram de base para o suposto “furo” de reportagem.
Degola partiu de Sandro Silva
A demissão de Batisti foi feita pelo presidente do legislativo, Sandro Silva. A decisão gerou outro mal estar dentro da Câmara, pois Luis Fernando foi exonerado sem que o “seu chefe”, vereador Bento fosse sequer comunicado. Bento chiou muito, mas a cabeça do assessor já estava em uma bandeja e já havia sido entregue ao presidente Sandro.
Erro cavalar
Foi o termo usado pelo autor da matéria, Leonel Camasão, em seu blog para explicar o ocorrido. Segundo Camasão, a “barriga” foi cometida por má interpretação do projeto de lei aprovado pela Câmara. “Errei, sim, e errei feio. As desculpas necessárias já foram ditas a todos que mereciam, o jornal preparou um material para explicar o caso. Agora, é ralar muito para não cometer mais burradas”, finaliza o repórter.
Comunicadores-políticos
A receita é antiga. Não é de hoje que as ondas de rádio ou canais de TV servem de trampolim para aqueles que almejam ingressar na vida política. O deputado Celso Russomano é um dos maiores exemplos disso. Com o seu "bom para ambas as partes", Russomano já está no quarto mandato na Câmara Federal.
Exemplos daqui
Joinville também tem seus exemplos. Kennedy Nunes e Nilson Gonçalves (fotos ao lado) seguiram o mesmo caminho e também se elegeram para cargos eletivos usando a ferramenta da comunicação para conquistar seus eleitores. O que eles têm em comum? Os três começaram no rádio ou na TV para depois seguirem os caminhos da política.
Os políticos-comunicadores
A Fórmula de sucesso de Kennedy e Nilson vem sendo usada por uma nova classe: a dos políticos-comunicadores. Basta ligar o rádio ou a TV para se deparar com várias personalidades políticas tentando tirar uma casquinha da popularidade que os meios de comunicação proporcionam. O ex-vice prefeito Rodrigo Bornholdt, o ex-delegado e vereador Marco Aurélio Marcucci e o ex-presidente da Câmara Fábio Dalonso fazem parte desse time.
Até o Cromácio
O ex-diretor administrativo-financeiro da Saúde e braço direito do ex-secretário Norival Silva, Cromácio José da Rosa é o mais novo membro da equipe. A julgar pela falta de "apoiadores culturais" e pelo suntuoso cenário do seu A verdade em Debate, na tv Brasil Esperança, fica no ar a pergunta de quem estaria patrocinando o programa. Olhando mais atentamente para o rumo das suas entrevistas, não fica muito difícil matar a charada.
Exemplos daqui
Joinville também tem seus exemplos. Kennedy Nunes e Nilson Gonçalves (fotos ao lado) seguiram o mesmo caminho e também se elegeram para cargos eletivos usando a ferramenta da comunicação para conquistar seus eleitores. O que eles têm em comum? Os três começaram no rádio ou na TV para depois seguirem os caminhos da política.
Os políticos-comunicadores
A Fórmula de sucesso de Kennedy e Nilson vem sendo usada por uma nova classe: a dos políticos-comunicadores. Basta ligar o rádio ou a TV para se deparar com várias personalidades políticas tentando tirar uma casquinha da popularidade que os meios de comunicação proporcionam. O ex-vice prefeito Rodrigo Bornholdt, o ex-delegado e vereador Marco Aurélio Marcucci e o ex-presidente da Câmara Fábio Dalonso fazem parte desse time.
Até o Cromácio
O ex-diretor administrativo-financeiro da Saúde e braço direito do ex-secretário Norival Silva, Cromácio José da Rosa é o mais novo membro da equipe. A julgar pela falta de "apoiadores culturais" e pelo suntuoso cenário do seu A verdade em Debate, na tv Brasil Esperança, fica no ar a pergunta de quem estaria patrocinando o programa. Olhando mais atentamente para o rumo das suas entrevistas, não fica muito difícil matar a charada.
Com medo
A notícia da prisão de um dos envolvidos no roubo de equipamentos na TV Cidade não foi bem recebida por algumas pessoas. Há quem diga que tem gente graúda que não está dormindo direito a noite.
Com medo 2
Tem rodado nos bastidores a informação de que o depoimento de um segundo envolvido no assalto poderá trazer revelações surpreendentes sobre o mandante do crime.
Com medo 3
Levando em conta que a polícia civil está mordida com a repercussão da falta de um plantão na delegacia no dia do ocorrido (era feriado de carnaval), nenhum nome deverá ser omitido pelo delegado Rodrigo Gusso, responsável pelas investigações.
Com medo 4
Quem também deve estar com insônia são alguns membros da lista de isenção de pagamento do IPTU descobertos na auditoria feita pela Prefeitura. Dizem que tem donos de mansões dignas de atores de Hollywood presentes na relação.
Com o MP
A lista de isentos já foi entregue para o promotor Assis Kretzer que já está analisando a documentação.
Com medo 2
Tem rodado nos bastidores a informação de que o depoimento de um segundo envolvido no assalto poderá trazer revelações surpreendentes sobre o mandante do crime.
Com medo 3
Levando em conta que a polícia civil está mordida com a repercussão da falta de um plantão na delegacia no dia do ocorrido (era feriado de carnaval), nenhum nome deverá ser omitido pelo delegado Rodrigo Gusso, responsável pelas investigações.
Com medo 4
Quem também deve estar com insônia são alguns membros da lista de isenção de pagamento do IPTU descobertos na auditoria feita pela Prefeitura. Dizem que tem donos de mansões dignas de atores de Hollywood presentes na relação.
Com o MP
A lista de isentos já foi entregue para o promotor Assis Kretzer que já está analisando a documentação.
Estranho
O que estaria acontecendo na Igreja da Paz para que membros da diretoria renunciassem aos seus mandatos? Muitos deles com 40 anos de atividades prestadas. Somente nos últimos dias, quatro integrantes pediram desligamento. Para o presidente Gelson Efrom, que assumiu a diretoria no início do ano, não é possível agradar a todos.
Jogo de cartas marcadas
Nenhuma surpresa na reunião dos conselheiros da Amae, sobre o pedido de aumento da tarifa de água. Por 7 votos a 2 a solicitação de aumento agora vai para o prefeito Carlito Merss assinar, ou não. Apenas o membro da Comam e o da secretaria de Habitação votarm contra o reajuste.
Boas notícias
Juro Deve Cair Para 9,25% Em Junho
A Febraban estima que os juros no Brasil devem chegar a 9,25% ao ano em junho deste ano, com inflação de 4,3%.
Isso significa um juro real de 4,7% ao ano.
Para o aplicador de títulos públicos, isso representa um rendimento líquido depois do imposto de renda de somente 2,85% ao ano.
Os ricos que viviam de juros não vão ficar felizes com essa nova situação. Agora quem quiser viver de renda vai ter que assumir riscos, algo que raramente aconteceu neste país.
"O Brasil Que Dá Certo"
Stephen Kanitz
A Febraban estima que os juros no Brasil devem chegar a 9,25% ao ano em junho deste ano, com inflação de 4,3%.
Isso significa um juro real de 4,7% ao ano.
Para o aplicador de títulos públicos, isso representa um rendimento líquido depois do imposto de renda de somente 2,85% ao ano.
Os ricos que viviam de juros não vão ficar felizes com essa nova situação. Agora quem quiser viver de renda vai ter que assumir riscos, algo que raramente aconteceu neste país.
"O Brasil Que Dá Certo"
Stephen Kanitz
Menos, minha gente, menos...
Por Sanastério Baladote
Pelo teor dos deslumbrados posts supra, ainda vai, mesmo, demorar muito para perdermos o complexo de vira-lata...
O debate, aqui, não se limita a comparar Lula com FHC, ou este com Collor, ou com Sarney. Que o Brasil (não o Lula) ganhou alguma importância no cenário diplomático internacional, não há dúvida. Mas isso não é por exlusivo mérito do sapo barbudo ou do almofadinha tucano.
É fruto da evolução natural de um país que vem consolidando sua democracia, num processo que já dura 23 anos, desde a abertura. Sem democracia pouco adianta demonstração de alguma riqueza ecônomica, pois sem democracia não há estabilidade social e, tampouco, o país terá algum respeito pela comunidade internacional (vejam o exemplo da China, que vem sendo obrigada a se ajustar aos princípios democráticos - embora, de forma lenta, dado seu gigantismo).
Deste modo, menos deslumbramento petezada. O atual (ainda incipiente) estágio democrático que o país ostenta é resultado de lutas travadas desde os anos 70 e que o foram por todos os segmentos da sociedade, incluindo-se, sim, a importante contribuição dos sindicalistas, no início dos anos 80, mas não só deles.
Tivemos a Igreja, a Imprensa, os Advogados, por meio da sua grandiosa OAB, que tanto nos orgulha, e, por fim, políticos de grandeza estelar como Ulisses Guimarães, Franco Montoro, Miguel Arraes, Leonel Brizola, sem esquecer o próprio Luis Henrique, pouco prestigiado aqui, mas reconhecido no resto do país (aviso: não sou PMDB, nem nada) e muitos outros.
E, vindo depois, há que reconhecer a grande importância do líder sindical Lula e outros (nessa época nem sonhava-se com mensalão). Eleições Diretas. Constituição livre e soberana. Impeachment do Collor.
Implantação pelo TRE do processo eleitoral eletrônico, seguro, limpo, eficiente e rápido. fim a inflação galopante, fim da dependência ao FMI, ações comandadas por Itamar e FHC: Estabilização econômica, herdada e mantida pela atual administração.
Tudo isso tem nos conferido respeito internacional. E assim, claro, cria-se um ambiente para que nosso mandatário (seja Lula, seja quem for) receba referências simpáticas nos encontros internacionais.
Mas vamos ser realistas, gente. Menos, menos...
Pelo teor dos deslumbrados posts supra, ainda vai, mesmo, demorar muito para perdermos o complexo de vira-lata...
O debate, aqui, não se limita a comparar Lula com FHC, ou este com Collor, ou com Sarney. Que o Brasil (não o Lula) ganhou alguma importância no cenário diplomático internacional, não há dúvida. Mas isso não é por exlusivo mérito do sapo barbudo ou do almofadinha tucano.
É fruto da evolução natural de um país que vem consolidando sua democracia, num processo que já dura 23 anos, desde a abertura. Sem democracia pouco adianta demonstração de alguma riqueza ecônomica, pois sem democracia não há estabilidade social e, tampouco, o país terá algum respeito pela comunidade internacional (vejam o exemplo da China, que vem sendo obrigada a se ajustar aos princípios democráticos - embora, de forma lenta, dado seu gigantismo).
Deste modo, menos deslumbramento petezada. O atual (ainda incipiente) estágio democrático que o país ostenta é resultado de lutas travadas desde os anos 70 e que o foram por todos os segmentos da sociedade, incluindo-se, sim, a importante contribuição dos sindicalistas, no início dos anos 80, mas não só deles.
Tivemos a Igreja, a Imprensa, os Advogados, por meio da sua grandiosa OAB, que tanto nos orgulha, e, por fim, políticos de grandeza estelar como Ulisses Guimarães, Franco Montoro, Miguel Arraes, Leonel Brizola, sem esquecer o próprio Luis Henrique, pouco prestigiado aqui, mas reconhecido no resto do país (aviso: não sou PMDB, nem nada) e muitos outros.
E, vindo depois, há que reconhecer a grande importância do líder sindical Lula e outros (nessa época nem sonhava-se com mensalão). Eleições Diretas. Constituição livre e soberana. Impeachment do Collor.
Implantação pelo TRE do processo eleitoral eletrônico, seguro, limpo, eficiente e rápido. fim a inflação galopante, fim da dependência ao FMI, ações comandadas por Itamar e FHC: Estabilização econômica, herdada e mantida pela atual administração.
Tudo isso tem nos conferido respeito internacional. E assim, claro, cria-se um ambiente para que nosso mandatário (seja Lula, seja quem for) receba referências simpáticas nos encontros internacionais.
Mas vamos ser realistas, gente. Menos, menos...
Procurador nega devolução de bens de Norival
O ex-secretário de saúde Norival Silva, acusado de formação de quadrilha e de desviar cerca de R$ 1 milhão do moribundo sistema de saúde, sofreu novo nocaute da justiça. A Procuradoria Geral de Justiça, através do procurador Luiz Fernando Sirydakis, resolveu negar a restituição de bens ao ex-secretário. Em sua prisão, no dia 14 de janeiro de 2008, foram apreendidos documentos, computadores e um saco de dinheiro na casa de Norival. Para o procurador, os bens devem continuar apreendidos até o final do julgamento.
Adivinhem o que vai acontecer
Prefeitura paga R$ 71 por medicamento de R$ 6
Folha de S.Paulo
A Prefeitura de São Paulo pagou até 994% a mais por remédios e produtos hospitalares entre 2003 e o ano passado. O esquema, que teria a participação de servidores, beneficiou ao menos três empresas, que atuariam numa espécie de cartel para fraudar licitações.
As fraudes foram descobertas pela própria Secretaria Municipal da Saúde, que montou uma comissão de investigação após ser alertada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual.
A comissão finalizou na semana passada um relatório parcial, obtido pela reportagem, que apontou irregularidades em oito dos 50 processos analisados. Essas oito compras representam gastos de R$ 6 milhões.
Outros 137 processos ainda estão em fase de apuração. O relatório parcial não apresenta nome de nenhum servidor porque está sob sigilo.
No caso mais absurdo, em 2007, a prefeitura pagou R$ 71,10 para cada caixa de Fluconazol, medicamento usado contra infecções, que era encontrado na distribuidora a R$ 6,50. Somente em fevereiro, a prefeitura comprou 1.050 cartelas do Fluconazol iguais à apresentação do contrato. Em uma única compra, o desvio de dinheiro chegaria a R$ 67 mil.
As licitações sob investigação têm a participação de seis empresas -Embramed, Biodinâmica, Vida's Med, Halex Istar, Home Care Medical e Velox. Todas estão impedidas de firmar contratos com a prefeitura até o fim da apuração.
No caso da compra do medicamento Levofloxacino, fornecido pela Halex, os auditores dizem haver mais evidências de superfaturamento.
Com base em pesquisa em outros órgãos, concluiu-se que a secretaria pagava bem mais, R$ 64,90 por embalagem, do que outras unidades -o Hospital Samaritano pagava R$ 25 e o Santa Catarina, por exemplo, R$ 49.
Em outro processo de compra que evidenciaria superfaturamento, a empresa contratada havia feito oferta de R$ 3.767, mas acabou recebendo exatos R$ 15,7 mil, para surpresa da comissão. "Não [se] justifica a diferença", diz o documento da comissão da secretaria.
Um dos processos, para a compra de alguns tipos de soro, também apontou que os preços eram até 46% maiores do que os praticados no mercado, inclusive em vendas para outros órgãos de governo.
Esse mesmo processo de compra revelou um problema ainda mais grave -os produtos entregues eram de "qualidade duvidosa" e o pedido de substituição ainda se encontrava "em andamento", o que corrobora a tese do Ministério Público, de que as empresas sob suspeita trabalhavam com materiais de baixa qualidade.
Outro caso emblemático, conforme o relatório da comissão, ocorreu na licitação para mobiliar o Hospital Cidade Tiradentes (zona leste de SP). No valor de R$ 3,889 milhões, foi obtido em agosto de 2006 pela Home Care Medical.
O relatório afirma que o edital já era irregular, porque não exigia certidão negativa de débitos públicos das empresas. Além disso, quatro empresas que disputaram a licitação "apresentaram preços praticamente iguais" nos 34 itens. Em 13 itens, os preços eram "idênticos", indício de combinação prévia entre as empresas. Um inspeção realizada pela comissão no hospital descobriu que jamais haviam sido entregues 128 armários do tipo roupeiro que já haviam sido pagos.
Em outro caso, o mesmo funcionário que requisitou a contratação do serviço conduziu a licitação, dando margem para mais suspeitas. Esse contrato, de R$ 712 mil, para a manutenção de equipamentos cirúrgicos, foi vencido pela Biodinâmica em 2008.
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Lula é o cara
Por Marcelo Carneiro da Cunha, no Terra Magazine
É dura a vida de colunista e escritor. Não adianta eu falar, insistir, berrar aqui nesse espaço ou onde mais me deixarem à solta. Tem que vir o Obama pra dizer em alto e bom inglês que o Lula é o cara, Lula is the man, e aí sim, a imprensa repete aos milhões, o Fernando Henrique tem um choque anafilático de tanta inveja e todo mundo cai na real.
Isso não significa que eu não tenha críticas ao Lula ou ao partido. Minha relação com eles é mais ou menos a que eu mantenho com as mulheres: gostaria que fossem muito diferentes, mas, olhem só as alternativas! Vivemos em um mundo real, com defeitos reais, consequências infelizes da nossa humanidade. Compreender esse mundo e governar para ele, tentando ao mesmo tempo torná-lo melhor, com direito a alguma quantidade de sonho, é o que diferencia um político competente de um estadista. E Lula é um estadista, o maior que já tivemos.
Eu acho que boa parte desse preconceito contra o Lula é preconceito mesmo, do ruim. Olhem o que eu ouvi ontem mesmo de uma moradora de um bairro nobre daqui. Ela explicou que não torce para o Corinthians, porque, afinal "tenho todos os meus dentes e conheço o meu pai". Uffff.
Lula, por exemplo, que mal conheceu o pai, na infância, e não sei quanto aos dentes, mas sei quanto aos dedos, torce para o Corinthians. E eleger o Lula foi um momento sublime para os brasileiros porque ele representou a nossa aceitação de nós mesmos por nós mesmos, condição essencial para uma nação ser algo maior do que um mero país. Eleito, Lula nos libertou e o Brasil deu o salto que todos vivem, mesmo que não queiram ver.
Na América Latina, e eu leio a imprensa dos nossos vizinhos, Lula é idolatrado como um grande líder nacional, que ama seu povo e se dedica a defender os seus interesses, ao mesmo tempo em que tenta sinceramente ajudar e integrar os que nos rodeiam. Somos admirados por que passamos a nos levar a sério e deixamos de puxar o saco do primeiro mundo, como fazia o nosso pomposo FHC. Barramos espanhóis (inocentes, claro) na fronteira exigindo tratamento decente aos nossos viajantes que entram na Europa. Lula não tem medo de ninguém e exige estar no G-20, mas junto com o G-8, ou onde quer que se decida alguma coisa.
Lula ajudou Chávez a sobreviver e hoje o enche de elogios, enquanto sabota seus piores planos e ajuda o Brasil a vender e ganhar muito com a Venezuela. Garantiu o empate na quase guerra de araque entre Colômbia e Equador, fazendo o Brasil atuar como o líder que tem que ser. Lula abriu agências da Embrapa em países africanos, onde nossa biotecnologia tropical vai ajudar a combater a fome e criar uma agricultura moderna. Ele também decidiu que não vamos exportar petróleo do pré-sal, coisa de país atrasado, e sim derivados com alto valor agregado. Isso não é lá visão geopolítica e estratégica? Viajou aos países árabes, nunca antes assunto para nossos governantes e criou laços que hoje se transformam em comércio, bom para todos.
Aqui dentro, já que o Brasil também é assunto, manteve sim a política econômica anterior, mas lhe deu a direção social que faltava. E se alguém acha que isso foi coisa pouca, imaginem as pressões que Lula sofreu, às quais teve que resistir, enquanto a Argentina, aqui ao lado, experimentava heterodoxias com o Kirchner e crescia 10% ao ano. Imaginem o que foi para um ex-torneiro mecânico peitar toda a suposta elite econômica instalada nos principais veículos de comunicação, que tentavam dizer a ele para onde apontar o nariz e que aprendesse a obedecer ou o mundo iria cair, culpa dele. Quem resiste a tudo e segue firme no caminho em que acredita é um líder. L-Í-D-E-R. Acerta e erra, mas lidera.
O maior mérito do Brasil de hoje é nosso, do povo brasileiro. Fomos nós que soubemos mudar, acabar com o PFL, optar pelo moderno e, por isso, hoje nosso destino se divide entre dois partidos e projetos viáveis, PSDB e PT. Se os dois são viáveis, o PT é mais generoso, e por isso a minha escolha.
Provavelmente seguiremos crescendo e nos afirmando como nação moderna e emergente, capaz de alimentar a si e ao mundo, o que para mim já está uma beleza, obrigado. Mas, alguém aí ousa comparar o Lula a gente um tanto insípida, inodora e incolor, como Aécio, Serra e mesmo a Dilma? Vamos talvez seguir rumo à prosperidade, mas de um jeito tão mais sem graça. Vocês conseguem imaginar algum desses nomes acima fazendo a frase sobre "banqueiros brancos e de olhos azuis, que achavam que sabiam tudo de economia" que hoje é repetida no mundo inteiro?
Lula, para mim, representa o fim do enorme desperdício que nosso país sempre praticou, ao ignorar a humanidade e inteligência do seu povo, acusando-o de ser pouco escolarizado. Eu tenho o privilégio de, de tempos em tempos, encontrar com leitores de grupos de EJA (Educação de Jovens e Adultos), na prática turmas de pedreiros, domésticas, carpinteiros, eletricistas; gente que deixou a escola quando criança e voltou agora, para aprender, inclusive, a ler. E ser lido por essas pessoas é uma enorme honra para um escritor que gosta de ser lido. E eles leem como ninguém, minha gente. Com uma garra e encantamento de arrepiar. E raramente têm a chance de trazer essa visão absoluta do mundo, essa experiência toda a para vida do nosso país. Lula, prezados leitores, fez e faz exatamente isso.
Eu conheço meu ilustre pai, para o bem ou para o mal, tenho praticamente todos os dentes e certamente todos os dedos, o que me coloca em uma camada, digamos, privilegiada, no Brasil. Mas, mesmo que não seja exatamente a minha cara, Lula consegue ser a cara brasileira da minha alma, de tantas outras almas de nosso país e, por isso mesmo, ele é, tem sido e vai ser o cara. O Cara, a nossa cara.
Pelo que eu conheço do mundo, essa coluna vai atrair toda uma desgraceira pra cima desse colunista. Pois, muito bem, que venha. Esperar menos do que isso, estar menos preparado do que estou para combater o que vier, seria um desrespeito desse cidadão agradecido aqui, ao seu presidente, a quem tanto admiro e por quem tenho mais é que brigar mesmo. Podem vir, serão todos bem recebidos, e vamos em frente, nós e o Cara, fazer o debate e o país de que tanto precisamos.
Dizer "Esse é o cara" afirma a negritude do Obama e sua admiração por Lula. Vivemos melhor em um mundo assim, de aceitações, reconhecimentos, sinceridades. Se eles, que são políticos, podem, então a gente pode tudo, até mesmo torcer para o Corinthians, imagino, nesse admirável mundo novo que o século 21 nos traz.
É dura a vida de colunista e escritor. Não adianta eu falar, insistir, berrar aqui nesse espaço ou onde mais me deixarem à solta. Tem que vir o Obama pra dizer em alto e bom inglês que o Lula é o cara, Lula is the man, e aí sim, a imprensa repete aos milhões, o Fernando Henrique tem um choque anafilático de tanta inveja e todo mundo cai na real.
Isso não significa que eu não tenha críticas ao Lula ou ao partido. Minha relação com eles é mais ou menos a que eu mantenho com as mulheres: gostaria que fossem muito diferentes, mas, olhem só as alternativas! Vivemos em um mundo real, com defeitos reais, consequências infelizes da nossa humanidade. Compreender esse mundo e governar para ele, tentando ao mesmo tempo torná-lo melhor, com direito a alguma quantidade de sonho, é o que diferencia um político competente de um estadista. E Lula é um estadista, o maior que já tivemos.
Eu acho que boa parte desse preconceito contra o Lula é preconceito mesmo, do ruim. Olhem o que eu ouvi ontem mesmo de uma moradora de um bairro nobre daqui. Ela explicou que não torce para o Corinthians, porque, afinal "tenho todos os meus dentes e conheço o meu pai". Uffff.
Lula, por exemplo, que mal conheceu o pai, na infância, e não sei quanto aos dentes, mas sei quanto aos dedos, torce para o Corinthians. E eleger o Lula foi um momento sublime para os brasileiros porque ele representou a nossa aceitação de nós mesmos por nós mesmos, condição essencial para uma nação ser algo maior do que um mero país. Eleito, Lula nos libertou e o Brasil deu o salto que todos vivem, mesmo que não queiram ver.
Na América Latina, e eu leio a imprensa dos nossos vizinhos, Lula é idolatrado como um grande líder nacional, que ama seu povo e se dedica a defender os seus interesses, ao mesmo tempo em que tenta sinceramente ajudar e integrar os que nos rodeiam. Somos admirados por que passamos a nos levar a sério e deixamos de puxar o saco do primeiro mundo, como fazia o nosso pomposo FHC. Barramos espanhóis (inocentes, claro) na fronteira exigindo tratamento decente aos nossos viajantes que entram na Europa. Lula não tem medo de ninguém e exige estar no G-20, mas junto com o G-8, ou onde quer que se decida alguma coisa.
Lula ajudou Chávez a sobreviver e hoje o enche de elogios, enquanto sabota seus piores planos e ajuda o Brasil a vender e ganhar muito com a Venezuela. Garantiu o empate na quase guerra de araque entre Colômbia e Equador, fazendo o Brasil atuar como o líder que tem que ser. Lula abriu agências da Embrapa em países africanos, onde nossa biotecnologia tropical vai ajudar a combater a fome e criar uma agricultura moderna. Ele também decidiu que não vamos exportar petróleo do pré-sal, coisa de país atrasado, e sim derivados com alto valor agregado. Isso não é lá visão geopolítica e estratégica? Viajou aos países árabes, nunca antes assunto para nossos governantes e criou laços que hoje se transformam em comércio, bom para todos.
Aqui dentro, já que o Brasil também é assunto, manteve sim a política econômica anterior, mas lhe deu a direção social que faltava. E se alguém acha que isso foi coisa pouca, imaginem as pressões que Lula sofreu, às quais teve que resistir, enquanto a Argentina, aqui ao lado, experimentava heterodoxias com o Kirchner e crescia 10% ao ano. Imaginem o que foi para um ex-torneiro mecânico peitar toda a suposta elite econômica instalada nos principais veículos de comunicação, que tentavam dizer a ele para onde apontar o nariz e que aprendesse a obedecer ou o mundo iria cair, culpa dele. Quem resiste a tudo e segue firme no caminho em que acredita é um líder. L-Í-D-E-R. Acerta e erra, mas lidera.
O maior mérito do Brasil de hoje é nosso, do povo brasileiro. Fomos nós que soubemos mudar, acabar com o PFL, optar pelo moderno e, por isso, hoje nosso destino se divide entre dois partidos e projetos viáveis, PSDB e PT. Se os dois são viáveis, o PT é mais generoso, e por isso a minha escolha.
Provavelmente seguiremos crescendo e nos afirmando como nação moderna e emergente, capaz de alimentar a si e ao mundo, o que para mim já está uma beleza, obrigado. Mas, alguém aí ousa comparar o Lula a gente um tanto insípida, inodora e incolor, como Aécio, Serra e mesmo a Dilma? Vamos talvez seguir rumo à prosperidade, mas de um jeito tão mais sem graça. Vocês conseguem imaginar algum desses nomes acima fazendo a frase sobre "banqueiros brancos e de olhos azuis, que achavam que sabiam tudo de economia" que hoje é repetida no mundo inteiro?
Lula, para mim, representa o fim do enorme desperdício que nosso país sempre praticou, ao ignorar a humanidade e inteligência do seu povo, acusando-o de ser pouco escolarizado. Eu tenho o privilégio de, de tempos em tempos, encontrar com leitores de grupos de EJA (Educação de Jovens e Adultos), na prática turmas de pedreiros, domésticas, carpinteiros, eletricistas; gente que deixou a escola quando criança e voltou agora, para aprender, inclusive, a ler. E ser lido por essas pessoas é uma enorme honra para um escritor que gosta de ser lido. E eles leem como ninguém, minha gente. Com uma garra e encantamento de arrepiar. E raramente têm a chance de trazer essa visão absoluta do mundo, essa experiência toda a para vida do nosso país. Lula, prezados leitores, fez e faz exatamente isso.
Eu conheço meu ilustre pai, para o bem ou para o mal, tenho praticamente todos os dentes e certamente todos os dedos, o que me coloca em uma camada, digamos, privilegiada, no Brasil. Mas, mesmo que não seja exatamente a minha cara, Lula consegue ser a cara brasileira da minha alma, de tantas outras almas de nosso país e, por isso mesmo, ele é, tem sido e vai ser o cara. O Cara, a nossa cara.
Pelo que eu conheço do mundo, essa coluna vai atrair toda uma desgraceira pra cima desse colunista. Pois, muito bem, que venha. Esperar menos do que isso, estar menos preparado do que estou para combater o que vier, seria um desrespeito desse cidadão agradecido aqui, ao seu presidente, a quem tanto admiro e por quem tenho mais é que brigar mesmo. Podem vir, serão todos bem recebidos, e vamos em frente, nós e o Cara, fazer o debate e o país de que tanto precisamos.
Dizer "Esse é o cara" afirma a negritude do Obama e sua admiração por Lula. Vivemos melhor em um mundo assim, de aceitações, reconhecimentos, sinceridades. Se eles, que são políticos, podem, então a gente pode tudo, até mesmo torcer para o Corinthians, imagino, nesse admirável mundo novo que o século 21 nos traz.
Cabra da peste
Por Carlos Motta
Não bastou o ex-metalúrgico posar ao lado da rainha na foto do G-20. O novo presidente da nação mais poderosa do planeta teve de chamá-lo de "político mais popular do mundo" antes de dizer, meio sério, meio brincando:
"Ele é o homem".
Claro que o orgulho nacionalista se enche quando uma coisa dessas acontece. Para quem realmente gosta deste país, isso é algo como ganhar da Argentina por uma goleada de, digamos, 6 a 1 - mas quem deu as punhaladas no coração de Armando Diego Maradona, infelizmente, foi a pequeninina Bolívia de Evo Morales.
O sucesso de uns, porém, causa inveja em outros. Principalmente naqueles que tiveram todas as oportunidades na vida para crescer como seres humanos, mas, por questões diversas, continuam pequenos, de caráter, de ideias e de propósitos.
“As declarações de Obama ratificam a tese de que Lula já entrou no tema do anedotário internacional”, bradou, furioso, na Câmara dos Deputados o líder do PFL, Ronaldo Caiado, para quem o comentário do presidente americano sobre o colega brasileiro “é algo preocupante porque o líder quando não se comporta de acordo com a liturgia do cargo perde a respeitabilidade dos demais”.
Todos sabem quem é Caiado - e o que ele representa.
Uma virtude, porém, deve lhe ser atribuída: ele pelo menos tem coragem de falar o que pensa, ao contrário de muitos outros políticos que escondem seus preconceitos, seu ódio de classe, sua intolerância, seu racismo - sem contar as contas bancárias e os bens - em fachadas que vão desde a simples mediocridade até o mais celebrado cinismo.
Mas é assim mesmo a política nativa: um microcosmo da sociedade, com suas virtudes e defeitos.
A reação ao episódio do ex-presidente do Senado Garibaldo Alves, um típico representante da classe política nordestina, por exemplo, reflete talvez o pensamento do brasileiro médio, esse ser que é capaz de se surpreender tanto com as desgraças quanto com as coisas boas da vida: "Isso é extraordinário, mostra que santo de casa também faz milagre. Quem diria que o presidente Lula teria tanto êxito no plano internacional. Agora temos que levar a sério a história da marolinha", disse com seu inconfundível sotaque.
Não bastou o ex-metalúrgico posar ao lado da rainha na foto do G-20. O novo presidente da nação mais poderosa do planeta teve de chamá-lo de "político mais popular do mundo" antes de dizer, meio sério, meio brincando:
"Ele é o homem".
Claro que o orgulho nacionalista se enche quando uma coisa dessas acontece. Para quem realmente gosta deste país, isso é algo como ganhar da Argentina por uma goleada de, digamos, 6 a 1 - mas quem deu as punhaladas no coração de Armando Diego Maradona, infelizmente, foi a pequeninina Bolívia de Evo Morales.
O sucesso de uns, porém, causa inveja em outros. Principalmente naqueles que tiveram todas as oportunidades na vida para crescer como seres humanos, mas, por questões diversas, continuam pequenos, de caráter, de ideias e de propósitos.
“As declarações de Obama ratificam a tese de que Lula já entrou no tema do anedotário internacional”, bradou, furioso, na Câmara dos Deputados o líder do PFL, Ronaldo Caiado, para quem o comentário do presidente americano sobre o colega brasileiro “é algo preocupante porque o líder quando não se comporta de acordo com a liturgia do cargo perde a respeitabilidade dos demais”.
Todos sabem quem é Caiado - e o que ele representa.
Uma virtude, porém, deve lhe ser atribuída: ele pelo menos tem coragem de falar o que pensa, ao contrário de muitos outros políticos que escondem seus preconceitos, seu ódio de classe, sua intolerância, seu racismo - sem contar as contas bancárias e os bens - em fachadas que vão desde a simples mediocridade até o mais celebrado cinismo.
Mas é assim mesmo a política nativa: um microcosmo da sociedade, com suas virtudes e defeitos.
A reação ao episódio do ex-presidente do Senado Garibaldo Alves, um típico representante da classe política nordestina, por exemplo, reflete talvez o pensamento do brasileiro médio, esse ser que é capaz de se surpreender tanto com as desgraças quanto com as coisas boas da vida: "Isso é extraordinário, mostra que santo de casa também faz milagre. Quem diria que o presidente Lula teria tanto êxito no plano internacional. Agora temos que levar a sério a história da marolinha", disse com seu inconfundível sotaque.
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O presidente americano, Barack Obama afirmou em reunião do G20 que o presidente Lula "É o cara. Ele é o político mais popular da Terra."
Você concorda com Obama?
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De alma lavada
Hoje é um dia especial para este blogueiro. Estou de alma lavada. Explico: Antes de ser jornalista, blogueiro ou formador de opinião, sou patriota.
Sou daqueles que fica na frente da televisão para ver campeonato de bolinha de gude ou de peteca, desde que um brasileiro esteja na disputa.
Xingo o Dunga como todo mundo, quando a seleção vai mal. Acordo de madrugada para ver a formula 1 e me arrepio quando toca a famosa musiqueta do Senna.
Chorei com Vanderlei Cordeiro, Maurren Maggi e Diego Hipólito nas olimpíadas. Enfim, se tratando de Brasil, brigo com a mulher, com o pai e até com o Papa se for preciso, mas defendo o meu país até debaixo d’água.
Ontem, na reunião do G20, por algumas horas a crise econômica ficou em segundo plano. Os líderes das maiores potências mundiais tiveram de se render ao “cara”. Não era o presidente francês Nicolas Sarkozy, ou o primeiro ministro britânico Gordon Brown ou mesmo a chanceler alemã, Angela Merkel.
“O cara” provavelmente seria o presidente da vez, Barack Obama: negro, jovem, filho de muçulmano e líder da maior potência mundial, mas não é. Coube sim ao presidente americano eleger e apresentar aos “amigos”: This is the guy!", love this guy. He's the most popular politican on earth” (Esse é o cara, adoro esse cara. Ele é o político mais popular da Terra.)
O diálogo era entre Obama e o primeiro-ministro da Austrália Kevin Rudd, foi flagrado pelas câmeras da BBC e rodou o mundo. Todos queriam saber quem era “o cara”. E lá estava o presidente Lula, sendo abraçado e idolatrado por Barack Obama.
Vi o vídeo mais de dez vezes. Afinal para um patriota como eu, ele é histórico.
Vi o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim surpreso com a declaração e apressado em traduzi-la para Lula.
Vi Lula sem graça, com cara de “menos Obama, menos”.
Mas principalmente vi Obama sendo sincero. Ali, podia-se observar que o presidente americano realmente admira o operário que virou presidente.
Obama postou-se como fã, quase tiete de Lula. Mostrou que além de admirar o presidente brasileiro, se espelha na sua postura.
Ao final do diálogo, Obama diz que a popularidade de Lula é porque ele é “boa pinta”. O comentário me lembrou as tietes que invadem os gramados, ou as quadras de tênis e são capazes de chamar Ronaldinho Gaúcho e Gustavo Kuerten de lindos.
Ou seja, a admiração de Obama por Lula é evidente, mas dizer que o brasileiro é boa pinta foi um pouco demais.
Assista ao vídeo do momento em que Obama fala sobre Lula
Sou daqueles que fica na frente da televisão para ver campeonato de bolinha de gude ou de peteca, desde que um brasileiro esteja na disputa.
Xingo o Dunga como todo mundo, quando a seleção vai mal. Acordo de madrugada para ver a formula 1 e me arrepio quando toca a famosa musiqueta do Senna.
Chorei com Vanderlei Cordeiro, Maurren Maggi e Diego Hipólito nas olimpíadas. Enfim, se tratando de Brasil, brigo com a mulher, com o pai e até com o Papa se for preciso, mas defendo o meu país até debaixo d’água.
Ontem, na reunião do G20, por algumas horas a crise econômica ficou em segundo plano. Os líderes das maiores potências mundiais tiveram de se render ao “cara”. Não era o presidente francês Nicolas Sarkozy, ou o primeiro ministro britânico Gordon Brown ou mesmo a chanceler alemã, Angela Merkel.
“O cara” provavelmente seria o presidente da vez, Barack Obama: negro, jovem, filho de muçulmano e líder da maior potência mundial, mas não é. Coube sim ao presidente americano eleger e apresentar aos “amigos”: This is the guy!", love this guy. He's the most popular politican on earth” (Esse é o cara, adoro esse cara. Ele é o político mais popular da Terra.)
O diálogo era entre Obama e o primeiro-ministro da Austrália Kevin Rudd, foi flagrado pelas câmeras da BBC e rodou o mundo. Todos queriam saber quem era “o cara”. E lá estava o presidente Lula, sendo abraçado e idolatrado por Barack Obama.
Vi o vídeo mais de dez vezes. Afinal para um patriota como eu, ele é histórico.
Vi o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim surpreso com a declaração e apressado em traduzi-la para Lula.
Vi Lula sem graça, com cara de “menos Obama, menos”.
Mas principalmente vi Obama sendo sincero. Ali, podia-se observar que o presidente americano realmente admira o operário que virou presidente.
Obama postou-se como fã, quase tiete de Lula. Mostrou que além de admirar o presidente brasileiro, se espelha na sua postura.
Ao final do diálogo, Obama diz que a popularidade de Lula é porque ele é “boa pinta”. O comentário me lembrou as tietes que invadem os gramados, ou as quadras de tênis e são capazes de chamar Ronaldinho Gaúcho e Gustavo Kuerten de lindos.
Ou seja, a admiração de Obama por Lula é evidente, mas dizer que o brasileiro é boa pinta foi um pouco demais.
Assista ao vídeo do momento em que Obama fala sobre Lula
Indignado. E com razão
Roubaram a minha moto debaixo de uma câmera de vigilância da PM e ninguém viu nada. Gostaria de saber quantos zeros têm atrás do custo de cada uma delas. Indignado estou, pois ainda tem parcelas a pagar dela então fica meu alerta: se depender dessas câmeras de vigilância cuidado. Elas não servem para nada. Não tem ninguém por elas e se tiver, quero minha moto de volta se possível.
jaison.ribas@hotmail.com
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