No PDT de Joinville, históricos do partido já fizeram uma avaliação final do desempenho eleitoral da sigla na eleição de 2008, na tese levantada concluiram que a troca de Rogério Novaes por Rodrigo Bornholdt não foi um bom negócio para a legenda.
Em 2004, Rogério Novaes foi vice de Carlito Merss, derrotados por Tebaldi, o PDT também não conseguiu eleger nenhum vereador, somou um total de 11.543 votos somandos com os 499 votos da legenda, ficando muito próximo de conseguir uma cadeira na Câmara de Vereadores.
Na análise, alguns pedetistas apontam um erro estratégico, que foi preterir Rogerio Novaes em troca de Rodrigo Bornholdt, que não tinha mais espaço dentro do PMDB para disputar a eleição para prefeito.
Preterido, Rogério Novaes sai do PDT, alinhan-se com o PV e candida-se a prefeito de Joinville, fazendo uma linda campanha naquele ano de 2008.
Hoje os pedetistas fazem uma conta muito simples, em tese com Rodrigo Bornholdt ou sem, o PDT elegeria um vereador em 2008, outra análise, se Rogério Novaes permanecesse na sigla seria apresentado como vice de Carlito Merss, repetindo a dobradinha da campanha de 2004.
Além de fazer mais que um vereador, impulsionados pela onda da mudança em 2008, teriam um vice-prefeito e mais alguns cargos de ponta. Mas hoje convivem apenas alguns poucos cargos e o pior quase todos de pouca expressão no governo.
Em tese, no balanço final o PDT ficou no prejuízo com a vinda de Rodrigo Bornholdt.
Carlos Kaminski
Sob suspeita
A Luminapar, empresa contratada sem licitação para cuidar da iluminação pública de Joinville, em regime de emergência, não deixou saudades em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba. Meses depois de assumir, o prefeito da cidade, Chico Santos, rescindiu o contrato com a empresa. Motivo? O pessoal de lá descobriu que o serviço prestado pela Luminapar custaria aos cofres públicos R$ 40 mil/mês. No entanto, a Luminapar cobrava.
Pagando mais
Fazendo um cálculo rápido, tirando como base a cidade de Barra do Sul, no qual o mesmo serviço que a Luminapar irá prestar em Joinville é feito pela Celesc. Chega-se a conclusão que Carlito também pagará bem mais do que deveria à empresa paranaense.
A cidade vizinha possui 3,2 mil pontos de iluminação e a Celesc gasta em torno de R$ 15 mil por mês para a manutenção, R$ 4,69 para cada ponto. Joinville conta com, segundo a Celesc, 62 mil pontos, o que daria R$ 290 mil. O contrato de Carlito com a Luminapar prevê um gasto mensal de R$ 500 mil.
Pagando mais
Fazendo um cálculo rápido, tirando como base a cidade de Barra do Sul, no qual o mesmo serviço que a Luminapar irá prestar em Joinville é feito pela Celesc. Chega-se a conclusão que Carlito também pagará bem mais do que deveria à empresa paranaense.
A cidade vizinha possui 3,2 mil pontos de iluminação e a Celesc gasta em torno de R$ 15 mil por mês para a manutenção, R$ 4,69 para cada ponto. Joinville conta com, segundo a Celesc, 62 mil pontos, o que daria R$ 290 mil. O contrato de Carlito com a Luminapar prevê um gasto mensal de R$ 500 mil.
Na carona de Obama
O presidente licenciado da Câmara de Vereadores de Joinville Sandro Silva (PPS) é a mais nova “estrela” da TV Brasil Esperança (Canal 11). Todo sábado, às 10h30, Sandro comanda um programa que dá dicas para quem deseja abrir o seu próprio negócio.
Segundo Sandro, a falta de um órgão na prefeitura que auxilie os pequenos e médios empresários motivou o vereador a criar o programa que tem o sugestivo nome “Sim, você pode!”
Sandro nega, mas não tem como não associar o nome de seu programa com o slogan de campanha que levou Barack Obama à presidência dos Estados Unidos: “Yes, we can!” (Sim, nós podemos). Segundo ele o nome foi idealizado pela sua equipe e serve para mostrar às pessoas que não é difícil montar o próprio negócio.
Segundo Sandro, a falta de um órgão na prefeitura que auxilie os pequenos e médios empresários motivou o vereador a criar o programa que tem o sugestivo nome “Sim, você pode!”
Sandro nega, mas não tem como não associar o nome de seu programa com o slogan de campanha que levou Barack Obama à presidência dos Estados Unidos: “Yes, we can!” (Sim, nós podemos). Segundo ele o nome foi idealizado pela sua equipe e serve para mostrar às pessoas que não é difícil montar o próprio negócio.
E o outro lado?
A prefeitura divulgou a carta do jornalista Ayres Zacarias elogiando o atendimento recebido por ele no Hospital São José. A pergunta que fica no ar é se o mesmo tratamento será dado às pessoas que mandam cartas reclamando do serviço.
Elogio suspeito
A carta de Ayres, por ser jornalista, poderia ser pertinente, porém, a notícia de que ele está assumindo um cargo comissionado no Governo Carlito acaba colocando os elogios em suspeição.
Elogio suspeito
A carta de Ayres, por ser jornalista, poderia ser pertinente, porém, a notícia de que ele está assumindo um cargo comissionado no Governo Carlito acaba colocando os elogios em suspeição.
Corrida eleitoral
O PSDB já pensa na possibilidade de ter apenas dois candidatos a deputado estadual em Joinville (uma vaga já é garantida ao deputado Nilson Gonçalves). Como Nilson ainda não fez as pazes com o diretório municipal, a ideia de reunir os votos da militância local em torno de um único nome parece ser o melhor caminho para os tucanos.
Mas “quem vai pro pau”?
Nos bastidores corre a notícia de que chegou a hora de pagar a dívida com o ex-presidente da Câmara de Vereadores Fábio Dalonso. Ele abdicou de uma reeleição certa para ser vice de Darci de Matos. Assim, Maurício Peixer, que também sonha com a indicação do partido, adiaria seu projeto no cenário estadual.
Mas “quem vai pro pau”?
Nos bastidores corre a notícia de que chegou a hora de pagar a dívida com o ex-presidente da Câmara de Vereadores Fábio Dalonso. Ele abdicou de uma reeleição certa para ser vice de Darci de Matos. Assim, Maurício Peixer, que também sonha com a indicação do partido, adiaria seu projeto no cenário estadual.
Descontentamento dentro de casa
Além da baixa avaliação de Carlito Merss (PT) pela população de Joinville, o prefeito também enfrenta a revolta dos próprios servidores públicos da cidade. O fato de a prefeitura não estar repassando ao Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej) o valor descontado, direto da folha de pagamento dos funcionários, de convênios firmados pelo Sinsej foi a gota d’água na já conturbada relação entre prefeito e servidores.
Indignação anônima
É evidente o motivo para que os servidores demonstrassem sua indignação com o ocorrido de forma anônima, afinal, o receio de perseguição reina no paço municipal, mas a quantidade de mensagens de revolta que a matéria da última edição desta Gazeta recebeu através da sua página na web merece destaque.
E tem mais
Apesar de ser nocauteado pelo imbróglio envolvendo o repasse de dinheiro dos convênios, Carlito nem deu tempo para a poeira baixar e já tenta mexer, de novo, com os servidores. Desta vez a polêmica tentativa de trocar a cesta básica, que há anos é cedida a mais de 4 mil funcionários, por uma gratificação de R$ 100 está dando o que falar.
Câmara barra
O embate entre servidores e Carlito foi parar na Câmara de Vereadores. A comissão de Finanças do Legislativo deu parecer contrário a tentativa do prefeito. Mesmo que vá a plenário (precisa da assinatura de no mínimo 7 vereadores), a oposição deve mostrar sua força e vetar a medida.
Indignação anônima
É evidente o motivo para que os servidores demonstrassem sua indignação com o ocorrido de forma anônima, afinal, o receio de perseguição reina no paço municipal, mas a quantidade de mensagens de revolta que a matéria da última edição desta Gazeta recebeu através da sua página na web merece destaque.
E tem mais
Apesar de ser nocauteado pelo imbróglio envolvendo o repasse de dinheiro dos convênios, Carlito nem deu tempo para a poeira baixar e já tenta mexer, de novo, com os servidores. Desta vez a polêmica tentativa de trocar a cesta básica, que há anos é cedida a mais de 4 mil funcionários, por uma gratificação de R$ 100 está dando o que falar.
Câmara barra
O embate entre servidores e Carlito foi parar na Câmara de Vereadores. A comissão de Finanças do Legislativo deu parecer contrário a tentativa do prefeito. Mesmo que vá a plenário (precisa da assinatura de no mínimo 7 vereadores), a oposição deve mostrar sua força e vetar a medida.
Ambulancioterapia
Pacientes de Joinville estão sendo obrigados a ir até Curitiba para fazer exames básicos oferecidos pelos SUS (Sistema Único de Saúde) como raio-x e ultrassonografia. Mas quem acha que é por vontade própria está enganado. Os procedimentos são marcados pela Secretaria Municipal de Saúde, que decide aleatoriamente enviar estes pacientes para a capital paranaense.
Ambulancioterapia (2)
A Secretaria da Saúde afirma ter conhecimento dos exames que são feitos fora de Joinville. Segundo a secretaria, esse deslocamento de pacientes faz parte de um consórcio feito pelos municípios da CIS - Amunesc (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Nordeste de Santa Catarina). Conforme a assessoria de imprensa, o contrato entre a associação e Prefeitura de Joinville é antigo. Ou seja, novamente a culpa recai sobre a administração anterior.
Quanto custa
Mensalmente a prefeitura contribui com a CIS/Amunesc com R$ 164 mil. Deste valor, 10% vai para a entidade e o restante é usado para pagar as clínicas. Segundo a Amunesc, com esse valor, a prefeitura tem direito, a 1,3 mil consultas com especialistas e mais de 1,5 mil exames de baixa e alta complexidade.
Ambulancioterapia (2)
A Secretaria da Saúde afirma ter conhecimento dos exames que são feitos fora de Joinville. Segundo a secretaria, esse deslocamento de pacientes faz parte de um consórcio feito pelos municípios da CIS - Amunesc (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Nordeste de Santa Catarina). Conforme a assessoria de imprensa, o contrato entre a associação e Prefeitura de Joinville é antigo. Ou seja, novamente a culpa recai sobre a administração anterior.
Quanto custa
Mensalmente a prefeitura contribui com a CIS/Amunesc com R$ 164 mil. Deste valor, 10% vai para a entidade e o restante é usado para pagar as clínicas. Segundo a Amunesc, com esse valor, a prefeitura tem direito, a 1,3 mil consultas com especialistas e mais de 1,5 mil exames de baixa e alta complexidade.
CPI da água
Havia uma dúvida de quem deveria perder o sono com a investigação que a Câmara de Vereadores fará nas contas da Companhia Águas de Joinville (CAJ). Como os parlamentares querem vasculhar os números dos últimos cinco anos, tanto o atual prefeito Carlito Merss (PT), como o seu antecessor Marco Tebaldi (PSDB) estariam na berlinda.
CPI da água (2)
O mistério acabou na noite de terça-feira (27), quando os vereadores elegeram os membros da comissão que fará a investigação. Carlito levou a pior já que a oposição fez a maioria. A comissão ficou assim: Alodir Cristo (DEM), Jaime Evaristo (PSDB) e Juarez Pereira (PPS), pelo lado da oposição e Osmari Fritz (PMDB) e João Rinaldi (PT) do lado da base aliada de Carlito.
CPI da água (3)
Carlito chegou a comemorar por alguns minutos a escolha dos nomes, pois, num primeiro momento, ao invés de Juarez Pereira, o representante da “minoria” era o vereador-suplente Ademir Negherbon (PDT), no entanto, não deu nem tempo da base governista soltar os rojões. A oposição agiu rápido retirou Ademir indicando Juarez. Agora, a comissão terá trinta dias para apresentar o relatório da investigação.
CPI da água (2)
O mistério acabou na noite de terça-feira (27), quando os vereadores elegeram os membros da comissão que fará a investigação. Carlito levou a pior já que a oposição fez a maioria. A comissão ficou assim: Alodir Cristo (DEM), Jaime Evaristo (PSDB) e Juarez Pereira (PPS), pelo lado da oposição e Osmari Fritz (PMDB) e João Rinaldi (PT) do lado da base aliada de Carlito.
CPI da água (3)
Carlito chegou a comemorar por alguns minutos a escolha dos nomes, pois, num primeiro momento, ao invés de Juarez Pereira, o representante da “minoria” era o vereador-suplente Ademir Negherbon (PDT), no entanto, não deu nem tempo da base governista soltar os rojões. A oposição agiu rápido retirou Ademir indicando Juarez. Agora, a comissão terá trinta dias para apresentar o relatório da investigação.
Florêncio em xeque
Antes o discurso era de que só a oposição pegava no pé do “forasteiro” Márcio Florêncio, secretário da Fazenda de Joinville. No entanto, nos últimos meses, a atuação do Procurador da Fazenda Nacional à frente da secretaria municipal começou a ser questionada por prestadores de serviço (empreiteiros) e até por servidores públicos.
O que mais ganha
Mesmo questionado, Florêncio não só tem o total apoio do prefeito, como também tem um salário que beira o ordenado pago para Carlito. O salário do prefeito é de um pouco mais de R$ 18 mil, já o salário bruto de Florêncio passa dos R$ 20 mil.
O que mais ganha (2)
Vale lembrar que o salário de Florêncio não chega nem perto dos outros secretários municipais. Enquanto os demais ganham em torno de 11 salários mínimos (R$ 6.500,00), Florêncio, por ser Procurador da Fazenda Nacional, cedido ao governo Carlito, tem depositado na sua conta mensalmente em torno de 36 salários mínimos.
Quem paga?
Ao aceitar a pasta da Fazenda, Márcio teve a opção de escolher qual salário receberia, se o de secretário ou de procurador. Lógico que foi o segundo. O Ministério da Fazenda paga Florêncio, mas a prefeitura tem de reembolsar o governo federal. Ou seja, a grana sai dos cofres de Joinville.
O que mais ganha
Mesmo questionado, Florêncio não só tem o total apoio do prefeito, como também tem um salário que beira o ordenado pago para Carlito. O salário do prefeito é de um pouco mais de R$ 18 mil, já o salário bruto de Florêncio passa dos R$ 20 mil.
O que mais ganha (2)
Vale lembrar que o salário de Florêncio não chega nem perto dos outros secretários municipais. Enquanto os demais ganham em torno de 11 salários mínimos (R$ 6.500,00), Florêncio, por ser Procurador da Fazenda Nacional, cedido ao governo Carlito, tem depositado na sua conta mensalmente em torno de 36 salários mínimos.
Quem paga?
Ao aceitar a pasta da Fazenda, Márcio teve a opção de escolher qual salário receberia, se o de secretário ou de procurador. Lógico que foi o segundo. O Ministério da Fazenda paga Florêncio, mas a prefeitura tem de reembolsar o governo federal. Ou seja, a grana sai dos cofres de Joinville.
Aos navegantes
Amigos leitores, este blog tem recebido vários comentários merecedores de reflexão e análise, no entanto, acabam se perdendo na vala comum do anonimato. Vamos combinar? Comentários só serão postados com o nome do autor. Só o primeiro nome já tá valendo.
O moribundo se levanta
Você se lembra da Operação Dilúvio? Aquela realizada em 2006 pela Polícia Federal para investigar um esquema de fraudes ao comércio exterior relacionadas ao Compex, um regime especial de tributação instituído em Santa Catarina? Pois é, quatro anos depois, sete membros da quadrilha que concedeu benefícios tributários mediante pagamento de vantagem indevida (propina) foram condenados.
Aldo Hey
Entre os condenados está Aldo Hey Neto. Ex-servidor comissionado da Secretaria da Fazenda de SC. Aldo foi condenado há 14,6 anos de prisão por corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Bornholdt (1)
A prisão de Aldo Hey Neto, na época, custou o cargo do joinvilense Max Bornholdt que estava à frente da Secretaria da Fazenda de SC. Max assistiu através do noticiário nacional seu braço direito sair algemado da sede do governo e ver a PF encontrar escondidos no apartamento de Aldo, em Jurerê Internacional, Florianópolis, e em uma casa em Curitiba quase R$ 2 milhões em notas de reais e dólares, acondicionados em malas.
Bornholdt (2)
Além do escândalo envolvendo seu braço direito, Max viu o desembargador Federal Luiz Fernando Penteado, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, de Porto Alegre, proferir em seu voto, negando habeas corpus a Aldo Hey, que “valores recebidos de propina seriam destinados ao alto escalão do governo do Estado de Santa Catarina”.
Bornholdt (3)
O tsunami Aldo Hey não ficou limitado a perda do cargo de Max Bornholdt no alto escalão do governo LHS. Por muito pouco o próprio Luiz Henrique, não perde a reeleição por conta do escândalo. Além disso, por ter indicado Aldo Hey para o função, o até então afilhado e virtual sucessor de LHS na carreira política, Rodrigo Bornholdt, filho de Max, viu o padrinho colocá-lo de lado e anunciar rompimento, levando Rodrigo a sair do PMDB e buscar guarida no PDT.
Aldo Hey
Entre os condenados está Aldo Hey Neto. Ex-servidor comissionado da Secretaria da Fazenda de SC. Aldo foi condenado há 14,6 anos de prisão por corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Bornholdt (1)
A prisão de Aldo Hey Neto, na época, custou o cargo do joinvilense Max Bornholdt que estava à frente da Secretaria da Fazenda de SC. Max assistiu através do noticiário nacional seu braço direito sair algemado da sede do governo e ver a PF encontrar escondidos no apartamento de Aldo, em Jurerê Internacional, Florianópolis, e em uma casa em Curitiba quase R$ 2 milhões em notas de reais e dólares, acondicionados em malas.
Bornholdt (2)
Além do escândalo envolvendo seu braço direito, Max viu o desembargador Federal Luiz Fernando Penteado, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, de Porto Alegre, proferir em seu voto, negando habeas corpus a Aldo Hey, que “valores recebidos de propina seriam destinados ao alto escalão do governo do Estado de Santa Catarina”.
Bornholdt (3)
O tsunami Aldo Hey não ficou limitado a perda do cargo de Max Bornholdt no alto escalão do governo LHS. Por muito pouco o próprio Luiz Henrique, não perde a reeleição por conta do escândalo. Além disso, por ter indicado Aldo Hey para o função, o até então afilhado e virtual sucessor de LHS na carreira política, Rodrigo Bornholdt, filho de Max, viu o padrinho colocá-lo de lado e anunciar rompimento, levando Rodrigo a sair do PMDB e buscar guarida no PDT.
A mentira nunca resiste à pressão
Em tempos de julgamentos midiáticos, como o do casal Nardoni, em São Paulo, qualquer mortal pôde ser testemunha que, para sair vitorioso, o advogado utiliza apenas uma tática: pressionar o outro lado. Não há mentira que resista a uma pressão bem fundamentada, ou seja, quer desmascarar um mentiroso? Pressione-o.
Pressionado (1)
Não é de hoje que o Governo Carlito é pressionado por não cumprir a promessa de resolver o problema da saúde em 100 dias. Carlito também prometeu despachar, pelo menos um dia por semana, de dentro do Hospital São José (HSJ) para acompanhar de perto a situação do “Zequinha”. Passados os cem dias, o prefeito começou a negar que tenha feito tal promessa.
Pressionado (2)
No último domingo (18) foi a vez do presidente do Hospital São José, Tomio Tomita, e o diretor geral, Renato Monteiro serem emparedados pelos apresentadores do programa Contra Ponto (TV Brasil Esperança) por conta das promessas feitas por Carlito no período eleitoral. Pressionado, Renato Monteiro deixou vazar uma informação estarrecedora: “as promessas de Carlito eram apenas ‘figuras de linguagem’, e que seriam impossíveis de serem cumpridas”.
Figura do quê?
Cruzando a promessa de campanha de Carlito com o resultado final: não cumpriu o prometido, me debrucei em cima dos meus antigos livros de português dos tempos de escola para tentar encontrar qual seria a tal “figura de linguagem” descrita pelo diretor do HSJ Renato Monteiro.
Catacrese?
Consiste na utilização de uma palavra ou expressão que não descreve com exatidão o que se quer expressar.
Disfemismo?
Consiste em empregar deliberadamente termos ou expressões depreciativas ou sarcásticas. Expressões disfêmicas são frequentemente usadas para criar situações de humor.
Hipérbole?
É a figura de linguagem que consiste no exagero.
Ironia?
Consiste em apresentar um termo ou expressão em sentido oposto.
Resultado
A escolha fica para você, leitor. No entanto, a declaração do diretor do São José mostra que a verdade é nua e crua; mas como a onda é usar “figuras de linguagem” vou entrar na onda utilizando um EUFEMISMO: Carlito faltou com a verdade (Para não dizer que mentiu).
Pressionado (1)
Não é de hoje que o Governo Carlito é pressionado por não cumprir a promessa de resolver o problema da saúde em 100 dias. Carlito também prometeu despachar, pelo menos um dia por semana, de dentro do Hospital São José (HSJ) para acompanhar de perto a situação do “Zequinha”. Passados os cem dias, o prefeito começou a negar que tenha feito tal promessa.
Pressionado (2)
No último domingo (18) foi a vez do presidente do Hospital São José, Tomio Tomita, e o diretor geral, Renato Monteiro serem emparedados pelos apresentadores do programa Contra Ponto (TV Brasil Esperança) por conta das promessas feitas por Carlito no período eleitoral. Pressionado, Renato Monteiro deixou vazar uma informação estarrecedora: “as promessas de Carlito eram apenas ‘figuras de linguagem’, e que seriam impossíveis de serem cumpridas”.
Figura do quê?
Cruzando a promessa de campanha de Carlito com o resultado final: não cumpriu o prometido, me debrucei em cima dos meus antigos livros de português dos tempos de escola para tentar encontrar qual seria a tal “figura de linguagem” descrita pelo diretor do HSJ Renato Monteiro.
Catacrese?
Consiste na utilização de uma palavra ou expressão que não descreve com exatidão o que se quer expressar.
Disfemismo?
Consiste em empregar deliberadamente termos ou expressões depreciativas ou sarcásticas. Expressões disfêmicas são frequentemente usadas para criar situações de humor.
Hipérbole?
É a figura de linguagem que consiste no exagero.
Ironia?
Consiste em apresentar um termo ou expressão em sentido oposto.
Resultado
A escolha fica para você, leitor. No entanto, a declaração do diretor do São José mostra que a verdade é nua e crua; mas como a onda é usar “figuras de linguagem” vou entrar na onda utilizando um EUFEMISMO: Carlito faltou com a verdade (Para não dizer que mentiu).
Rodando na Rede Mundial
Dez dias depois do último carnaval, três amigos resolveram dar um mergulho próximo ao famoso “Farol da Barra”, em Salvador/Bahia. O programa dos sonhos virou pesadelo. Os mergulhadores se depararam com cerca de 1.500 latas de cerveja espalhadas no fundo do mar e que foram deixadas de presente pelos foliões. Quem quiser ver mais, basta acessar www.flickr.com/photos/globalgarbage e clicar em “O fundo da Folia”.
Eu não arrisco
Tem muita gente apostando, inclusive o ex-governador LHS, que no frigir dos ovos SC terá uma disputa polarizada ao governo do Estado. No entanto, levando em conta a sede de todos em assumir o posto, as chances de termos pelo menos cinco candidatos de peso na disputa é grande. O abraço deve ficar mesmo para o segundo turno.
Ninho ouriçado
Bastou surgir uma pesquisa registrada mostrando o governador Leonel Pavan numa briga de pescoço com outros candidatos para que o tucano rasgue o discurso de não ser candidato. Pavan já anda dizendo por ai que “agora eu vou”.
Não funciona, fecha
O novo presidente da Câmara de Vereadores Patrício Destro (DEM) intimou o prefeito Carlito Merss a extinguir as secretarias regionais. Segundo Destro, as secretarias não têm máquinas, areias, saibro, e qualquer estrutura para atender a população. Além de funcionarem apenas como “cabide de emprego”.
A coluna quer saber: O QUE VOCÊ PENSA DAS SECRETARIAS REGIONAIS. Participe
A coluna quer saber: O QUE VOCÊ PENSA DAS SECRETARIAS REGIONAIS. Participe
Dança das cadeiras
O vereador James Schroeder (PDT) foi mais um que se licenciou para dar oportunidade aos suplentes do partido de assumirem uma cadeira no Legislativo. Com a saída de James, quem chega é Ademir Negherbon, que fez 2.037 em 2008.
Uma penca
Todo dia surge a especulação do nome de um joinvilense para ser vice de alguém nas eleições desse ano. Se houver algum fundo de verdade nisso, Joinville vai ter um número recorde de candidatos a vice-governador do Estado.
Menos, muito menos
É fato e notório que Joinville é a “noiva da vez” na corrida eleitoral e que qualquer postulante ao cargo de governador sabe que tem de buscar o maior número possível de votos na cidade. Mas não dá pra sonhar que basta ter residência fixa em Joinville para convencer a população local a entregar seu voto assim, de mão beijada.
Menos, muito menos
É fato e notório que Joinville é a “noiva da vez” na corrida eleitoral e que qualquer postulante ao cargo de governador sabe que tem de buscar o maior número possível de votos na cidade. Mas não dá pra sonhar que basta ter residência fixa em Joinville para convencer a população local a entregar seu voto assim, de mão beijada.
Almoço indigesto
O prefeito Carlito foi testar sua popularidade no Restaurante Popular, que esta semana completou dois anos de atividade em Joinville.
Foi vaiado.
Foi vaiado.
O escorregão de Ângela Amin
No programa Contra Ponto da TV Brasil Esperança, canal 11, a pré-candidata Ângela Amin (PP) desafiou os joinvilenses: “Pesquisem e vocês vão saber do trabalho do Eni Voltolini na prefeitura de Joinville”. Pré-candidata ao governo do Estado, Ângela, que é de Florianópolis, só esqueceu de dar a fórmula mágica para que a população consiga encontrar algo positivo no governo petista de Carlito Merss.
É o carguinho, companheiro
Mesmo depois de Carlito ter jogado no lixo as propostas de campanha firmadas com o partido de Ângela, alguns membros do PP, como Voltolini, não deixaram o governo petista e se agarraram nos “carguinhos” da prefeitura. Isso a deputada não soube explicar.
Como fazer?
Talvez Ângela, que é da capital, possa convencer os joinvilenses que descumprir promessas e mentir para uma cidade inteira seja normal na política.
Verdade
Ao indagar Ângela Amin sobre o rompimento do deputado Kennedy Nunes com o prefeito Carlito, o jornalista Léo Saballa lembrou a deputada de que Kennedy é a maior liderança do partido, em Joinville. Isso é fato, já que nenhum pepista tem na cidade a chancela de 52.890 joinvilenses, como ele teve nas últimas eleições, para prefeito (2008).
Mentira
Quando questionada sobre o porquê de o PP continuar no governo Carlito, mesmo depois da decisão de Kennedy de romper com o petista, Ângela disse que a decisão de permanecer foi do partido “sob a liderança de Kennedy Nunes”.
Mentira (2)
Procurado pela coluna, Kennedy diz que isso não é verdade e lembra que no ato do rompimento “pediu aos membros do partido que ocupavam cargos no governo também abandonassem o barco. No entanto, o único que mostrou coerência foi o ex-secretário da Seinfra, professor Nelson Trigo”.
Indo onde o povo está
O PHS (Partido Humanista da Solidariedade) resolveu entrar na onda, iniciada pelo deputado Kennedy Nunes e espalhar outdoors pela cidade. Enquanto Kennedy, lembrou Carlito que o dinheiro para subsidiar a passagem de ônibus deveria sair do seu gabinete, o partido do ex-candidato a prefeito Carlos Kaminski (aquele que chamava o chafariz do Mercado Público de “bidê do Tebaldi”) optou em lembrar a população que “Carlito Merss é o pior de todos”.
Quem são eles?
Além de Carlito, o PHS também fez questão de mostrar aqueles que “ajudam o prefeito Carlito Merss a fazer o pior governo da história de Joinville”. Sobrou para Rodrigo Bornholdt (PDT), Mauro Mariani (PMDB), Eni Voltolini (PP)/ foto, entre outros.
Ainda o aumento da água
O Vereador Jaime Evaristo (PSDB) tem usado a tribuna da Câmara para bater no possível aumento da água que está nas mãos do prefeito Carlito Merss. O tucano lembra, como se precisasse, que a Companhia tem lucro em caixa.
Evaristo sugere à carlito que ele utilize o lucro da Companhia Águas
de Joinville para custear as despesas atuais.
Segundo o Vereador, o dinheiro arrecadado com o reajuste de 4,58% girará em torno de R$ 500 mil por mês, ou seja, R$ 6 milhões por ano. Para o tucano, bastaria a prefeitura diminuir o lucro da empresa (uma vez que ela possui em caixa R$ 41 milhões)e esqueça essa história de novo aumento.
Evaristo sugere à carlito que ele utilize o lucro da Companhia Águas
de Joinville para custear as despesas atuais.
Segundo o Vereador, o dinheiro arrecadado com o reajuste de 4,58% girará em torno de R$ 500 mil por mês, ou seja, R$ 6 milhões por ano. Para o tucano, bastaria a prefeitura diminuir o lucro da empresa (uma vez que ela possui em caixa R$ 41 milhões)e esqueça essa história de novo aumento.
A desculpa que não cola
Deixe seu carro em casa e vá ao trabalho de ônibus, afinal está uma maravilha utilizar o transporte coletivo de Joinville para se locomover na cidade. Apenas 38% dos assentos oferecidos nos ônibus estão ocupados e se levarmos em consideração os passageiros que gostam de viajar em pé o número cai para 18%. E se você leitor acha que isso é uma pegadinha de mau gosto ou uma mentira de 1º de abril está completamente enganado. Essa é a desculpa usada pelas empresas de ônibus para pedir um aumento de 15,22%, elevando a tarifa a R$ 2,65.
Enlatados
A desculpa da falta de passageiros é mais uma prova de que a falta de fiscalização no transporte coletivo faz com que as empresas digam o que quiserem, peçam o que bem entenderem, mas alegar que os ônibus estão rodando com poucos passageiros é querer brincar com a inteligência daqueles que se engalfinham diariamente na disputa por centímetros dentro dos coletivos.
Malandragem
A artimanha utilizada pelas empresas de ônibus para a elaboração de seus cálculos é, no mínimo, questionável. Não dá para usar o calculo básico da matemática (soma, multiplica e divide) para chegar a uma “média”. Querer comparar uma linha Norte-Sul, Tupy-Norte ou Sul-Tupy que operam bem acima do limite de passageiros com uma linha Porto Rico (zona sul), por exemplo, que opera com um micro ônibus e não transporta mais de 20 passageiros por viagem, é covardia.
Não custa lembrar
Nada mudou do ano passado, quando Carlito concedeu o aumento solicitado por Gidion e Transtusa, para este ano. As empresas cumprem o seu papel de sempre visar o lucro. A decisão de dar ou não é do prefeito. Portanto, se, de novo, a passagem aumentar a culpa é exclusiva do “dono da caneta”: o prefeito Carlito Merss (PT).
Enlatados
A desculpa da falta de passageiros é mais uma prova de que a falta de fiscalização no transporte coletivo faz com que as empresas digam o que quiserem, peçam o que bem entenderem, mas alegar que os ônibus estão rodando com poucos passageiros é querer brincar com a inteligência daqueles que se engalfinham diariamente na disputa por centímetros dentro dos coletivos.
Malandragem
A artimanha utilizada pelas empresas de ônibus para a elaboração de seus cálculos é, no mínimo, questionável. Não dá para usar o calculo básico da matemática (soma, multiplica e divide) para chegar a uma “média”. Querer comparar uma linha Norte-Sul, Tupy-Norte ou Sul-Tupy que operam bem acima do limite de passageiros com uma linha Porto Rico (zona sul), por exemplo, que opera com um micro ônibus e não transporta mais de 20 passageiros por viagem, é covardia.
Não custa lembrar
Nada mudou do ano passado, quando Carlito concedeu o aumento solicitado por Gidion e Transtusa, para este ano. As empresas cumprem o seu papel de sempre visar o lucro. A decisão de dar ou não é do prefeito. Portanto, se, de novo, a passagem aumentar a culpa é exclusiva do “dono da caneta”: o prefeito Carlito Merss (PT).
Dilma quer ficar longe de Carlito
Segundo o correspondente da Gazeta em Brasília, Robson Silva, uma das frentes de campanha da ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência da República, vai utilizar realizações dos prefeitos petistas para alavancar a imagem da ex-ministra em nível regional pelo país. Nesse ponto, uma assessor confidencia que em Santa Catarina a cúpula petista quer distância da gestão Carlito Merss “pelo menos por enquanto”. A falta de popularidade provocada por medidas como aumento nas passagens de ônibus – que contraria promessa de campanha de Carlito –, por exemplo, em nada contribui para promover Dilma, avalia.
Alerta
Ainda segundo Robson, o PT, aliás, está em alerta, já que Joinville é o maior colégio eleitoral e peça fundamental para tentar reverter o quadro político no estado, onde a senadora Ideli Salvatti aparece em terceiro nas pesquisas. E sempre vale lembrar que é da cidade um dos mais cotados candidatos a vice na chapa da senadora, o empresário Udo Döhler.
Nada a declarar
Sobre o aumento das passagens, um deputado petista evita polemizar com a administração de Carlito Merss: “Decisão de prefeitura é decisão de prefeitura. Não tenho nem como comentar o que acho.” Pois é.
Alerta
Ainda segundo Robson, o PT, aliás, está em alerta, já que Joinville é o maior colégio eleitoral e peça fundamental para tentar reverter o quadro político no estado, onde a senadora Ideli Salvatti aparece em terceiro nas pesquisas. E sempre vale lembrar que é da cidade um dos mais cotados candidatos a vice na chapa da senadora, o empresário Udo Döhler.
Nada a declarar
Sobre o aumento das passagens, um deputado petista evita polemizar com a administração de Carlito Merss: “Decisão de prefeitura é decisão de prefeitura. Não tenho nem como comentar o que acho.” Pois é.
A verdade: uma entidade importuna
Por Paul Craig Roberts *
Houve um tempo em que a caneta era mais poderosa do que a espada. Houve um tempo em que as pessoas acreditavam na verdade e encaravam-na como uma força independente e não como um auxiliar de governo, classe, raça, ideologia, interesse pessoal ou financeiro.
Hoje os americanos são dominados pela propaganda. Os americanos têm pouco respeito pela verdade, pouco acesso a ela e pouca capacidade para reconhecê-la.
A verdade é uma entidade importuna. É perturbadora. Está fora dos limites. Aqueles que a exprimem correm o risco de serem marcados como "anti-americano", "anti-semita" ou "teórico da conspiração".
A verdade é uma inconveniência para o governo e para os grupos de interesse cujas contribuições de campanha controlam o governo.
A verdade é uma inconveniência para promotores públicos que querem condenações, não a descoberta da inocência ou da culpa.
A verdade é inconveniente para ideólogos.
Hoje muitos daqueles cujo objectivo outrora era a descoberta da verdade são agora generosamente pagos para escondê-la. "Economistas do mercado livre" são pagos para vender a deslocalização ao povo americano. Empregos americanos de alta produtividade e alto valor acrescentado são denegridos como sujos, empregos industriais velhos. Restos de uma era ultrapassada, ficamos melhor livrando-nos deles. O seu lugar foi tomado pela "Nova Economia", uma economia mítica que alegadamente consiste de empregos de alta tecnologia com colarinho branco nos quais os americanos inovam e financiam actividades que ocorrem lá fora. Tudo o que os americanos precisam a fim de participar nesta "nova economia" são licenciaturas em finanças das universidades da Ivy League – e então trabalharão na Wall Street em empregos de milhões de dólares.
Economistas que outrora foram respeitáveis ganharam dinheiro a fim de contribuir para este mito da "Nova Economia".
E não só economistas vendem as suas mãos pelo lucro sujo. Recentemente tivemos relatórios de médicos que, por dinheiro, publicaram em órgãos revistos por pares (peer-reviewed) "estudos" cozinhados que alardeiam este ou aquele novo remédio produzido pelas companhias farmacêuticas que pagam pelos "estudos".
O Conselho da Europa está a investigar o papel de companhias de drogas em alardear uma falsa pandemia de peste suína a fim de ganhar milhares de milhões de dólares nas vendas da vacina.
Os media ajudaram os militares estado-unidenses a alardear a sua recente ofensiva em Marja, no Afeganistão, descrevendo-a como uma cidade de 80 mil habitantes sob controle Taliban. Verificou-se que Marja não é uma zona urbana e sim um conjunto de aldeias agrícolas.
E há o escândalo do aquecimento global, no qual ONGs, a ONU e a indústria nuclear conluiaram-se para cozinhar um cenário do juízo final a fim de criar lucro com a poluição.
Por toda a parte para onde se olhe, a verdade sucumbiu ao dinheiro.
Todas as vezes em que o dinheiro é insuficiente para enterrar a verdade, a ignorância, a propaganda e a memória curta acabam o trabalho.
Lembro quando, após o testemunho do director da CIA William Colby perante o Comité Church em meados da década de 1970, os presidentes Gerald Ford e Ronald Reagan emitiram ordens executivas impediram a CIA e grupos estado-unidenses de operações negras de assassinarem líderes estrangeiros. Em 2010 o Congresso dos EUA foi informado por Dennis Blair, responsável da inteligência nacional, que os EUA agora assassinam os seus próprios cidadãos além de líderes estrangeiros.
Quando Blair disse ao Comité de Inteligência da Câmara que cidadãos dos EUA não precisam mais ser presos, acusados, processados e condenados por um crime capital, apenas assassinados só pela suspeita de serem uma "ameaça", ele não foi removido (impeached). Nenhuma investigação se seguiu. Nada aconteceu. Não houve Comité Church. Nos meados dos anos 70 a CIA complicou-se com problemas por tramas para matar Castro. Hoje são os cidadãos americanos que estão na lista a abater. Sejam quais forem as objecções elas não terão qualquer peso. Ninguém no governo está minimamente perturbado quanto ao assassínio de cidadãos dos EUA pelo governo dos EUA.
Como economista, fico estupefacto pelo facto de os profissionais da Ciência Económica americanos não terem consciência de que a economia dos Estados Unidos foi destruída pela deslocalização do PIB dos EUA para países além-mar. As corporações dos EUA, na busca da vantagem absoluta ou dos mais baixos custos do trabalho e dos máximos "bónus de desempenho" dos seus presidentes, transferiram a produção de bens e serviços vendidos a americanos para a China, Índia e outros lugares no exterior. Quando leio economistas a descreverem a deslocalização como comércio livre baseado em vantagens comparativas, percebo que não há inteligência ou integridade na profissão americana da Ciência Económica.
A inteligência e a integridade foram compradas pelo dinheiro. As corporações transnacionais ou globais dos EUA pagam pacotes de compensação de muitos milhões de dólares a administradores de topo, os quais alcançam estes "prémios de desempenho" através da substituição do trabalho americano pelo trabalho estrangeiro. Enquanto Washington está a preocupar-se acerca da "ameaça muçulmana", os engodos da Wall Street, das corporações dos EUA e do "mercado livre" destroem a economia estado-unidense e as perspectivas de dezenas de milhões de americanos.
Os americanos, ou a maior parte deles, demonstraram ser maleáveis nas mãos da polícia do estado.
Os americanos aceitaram a afirmação do governo de que a segurança exige a suspensão de liberdades civis e de governo responsável. Espantosamente, os americanos, ou a maior parte deles, acredita que liberdades civis, tais como habeas corpus e o devido processo, protegem "terroristas" e não a eles próprios. Muitos acreditam também que a Constituição é um antigo documento desgastado que impede o governo de exercer a espécie de poderes de polícia de estado necessários para manter os americanos seguros e livres.
A maior parte dos americanos pouco provavelmente ouvirá de alguém que lhes conte algo diferente.
Fui editor associado e colunista do Wall Street Journal. Fui o primeiro colunista externo da Business Week, um cargo que mantive durante 15 anos. Fui colunista durante uma década do Scripps Howard News Service, publicado em 300 jornais. Fui colunista do Washington Times e de jornais em França e Itália e de uma revista na Alemanha. Fui colaborador do New York Times e colunista regular no Los Angeles Times. Hoje não posso publicar, ou aparecer, nos media americanos "de referência".
Nos últimos seis anos fui banido dos media "de referência". A minha última coluna no New York Times apareceu em Janeiro de 2004, em co-autoria com o senador democrata Charles Schumer, representante de Nova York. Tratámos da deslocalização dos empregos estado-unidenses. O nosso artigo na página editorial provocou uma conferência na Brookings Institution, em Washington D.C. e uma cobertura viva do C-Span. Foi lançado um debate. Nada disso poderia acontecer hoje.
Durante anos fui um esteio no Washington Times, produzindo credibilidade para o jornal de Moony como colunista da Business Week, ex-editor do Wall Street Journal e ex-secretário assistente do Tesouro dos EUA. Mas quando comecei a criticar guerras de agressão de Bush, desceu para Mary Lou Forbes a ordem de cancelar a minha coluna.
Os media corporativos americanos não servem a verdade. Eles servem o governo e os grupos de interesses que se apoderaram do governo.
O destino da América foi selado quando o público e o movimento anti-guerra compraram ao governo a teoria conspirativa do 11/Set. A explicação do governo quanto ao 11/Set é contraditada por muita evidência. No entanto, este evento definidor do nosso tempo, o qual lançou os EUA em intermináveis guerras de agressão e num estado policial interno, é um tópico tabu de investigação nos media. É inútil queixar-se de guerra e estado policial quando se aceita a premissa sobre a qual eles se baseiam.
Estas guerras de milhões de milhões (trillion) de dólares criaram problemas de financiamento para os défices de Washington e ameaçam o papel do dólar americano como divisa de reserva mundial. As guerras e a pressão que os défices orçamentais impõem sobre o valor do dólar colocaram a Segurança Social e o Medicare na linha de corte. O antigo presidente da Goldman Sachs e secretário do Tesouro dos EUA, Hank Paulson, pretende estas protecções para os idosos. O presidente do Fed, Bernanke, também as pretende. Os republicanos pretendem-nas igualmente. Estas protecções são chamadas "direitos garantidos" ("entitlements") como se fossem alguma espécie de previdência que as pessoas houvessem pago através de descontos na folha de pagamento durante todas as suas vidas de trabalho.
Com mais de 21 por cento de desemprego quando medido pela metodologia de 1980, com empregos, PIB e tecnologia americanos tendo sido dados à China e à Índia, com a guerra sendo o maior compromisso de Washington, com o dólar sobrecarregado com a dívida, com a liberdade civil sacrificada à "guerra ao terror", a liberdade e a prosperidade do povo americano foi atirada no caixote de lixo da história.
O militarismo dos estados estado-unidense e israelense, e a cobiça da Wall Street e das corporações, agora seguirão o seu curso. Quando a caneta é censurada e o seu poder extinto, calo-me.
*Paul Craig Roberts é ex-editor do Wall Street Journal e ex-secretário assistente do Tesouro dos EUA
Houve um tempo em que a caneta era mais poderosa do que a espada. Houve um tempo em que as pessoas acreditavam na verdade e encaravam-na como uma força independente e não como um auxiliar de governo, classe, raça, ideologia, interesse pessoal ou financeiro.
Hoje os americanos são dominados pela propaganda. Os americanos têm pouco respeito pela verdade, pouco acesso a ela e pouca capacidade para reconhecê-la.
A verdade é uma entidade importuna. É perturbadora. Está fora dos limites. Aqueles que a exprimem correm o risco de serem marcados como "anti-americano", "anti-semita" ou "teórico da conspiração".
A verdade é uma inconveniência para o governo e para os grupos de interesse cujas contribuições de campanha controlam o governo.
A verdade é uma inconveniência para promotores públicos que querem condenações, não a descoberta da inocência ou da culpa.
A verdade é inconveniente para ideólogos.
Hoje muitos daqueles cujo objectivo outrora era a descoberta da verdade são agora generosamente pagos para escondê-la. "Economistas do mercado livre" são pagos para vender a deslocalização ao povo americano. Empregos americanos de alta produtividade e alto valor acrescentado são denegridos como sujos, empregos industriais velhos. Restos de uma era ultrapassada, ficamos melhor livrando-nos deles. O seu lugar foi tomado pela "Nova Economia", uma economia mítica que alegadamente consiste de empregos de alta tecnologia com colarinho branco nos quais os americanos inovam e financiam actividades que ocorrem lá fora. Tudo o que os americanos precisam a fim de participar nesta "nova economia" são licenciaturas em finanças das universidades da Ivy League – e então trabalharão na Wall Street em empregos de milhões de dólares.
Economistas que outrora foram respeitáveis ganharam dinheiro a fim de contribuir para este mito da "Nova Economia".
E não só economistas vendem as suas mãos pelo lucro sujo. Recentemente tivemos relatórios de médicos que, por dinheiro, publicaram em órgãos revistos por pares (peer-reviewed) "estudos" cozinhados que alardeiam este ou aquele novo remédio produzido pelas companhias farmacêuticas que pagam pelos "estudos".
O Conselho da Europa está a investigar o papel de companhias de drogas em alardear uma falsa pandemia de peste suína a fim de ganhar milhares de milhões de dólares nas vendas da vacina.
Os media ajudaram os militares estado-unidenses a alardear a sua recente ofensiva em Marja, no Afeganistão, descrevendo-a como uma cidade de 80 mil habitantes sob controle Taliban. Verificou-se que Marja não é uma zona urbana e sim um conjunto de aldeias agrícolas.
E há o escândalo do aquecimento global, no qual ONGs, a ONU e a indústria nuclear conluiaram-se para cozinhar um cenário do juízo final a fim de criar lucro com a poluição.
Por toda a parte para onde se olhe, a verdade sucumbiu ao dinheiro.
Todas as vezes em que o dinheiro é insuficiente para enterrar a verdade, a ignorância, a propaganda e a memória curta acabam o trabalho.
Lembro quando, após o testemunho do director da CIA William Colby perante o Comité Church em meados da década de 1970, os presidentes Gerald Ford e Ronald Reagan emitiram ordens executivas impediram a CIA e grupos estado-unidenses de operações negras de assassinarem líderes estrangeiros. Em 2010 o Congresso dos EUA foi informado por Dennis Blair, responsável da inteligência nacional, que os EUA agora assassinam os seus próprios cidadãos além de líderes estrangeiros.
Quando Blair disse ao Comité de Inteligência da Câmara que cidadãos dos EUA não precisam mais ser presos, acusados, processados e condenados por um crime capital, apenas assassinados só pela suspeita de serem uma "ameaça", ele não foi removido (impeached). Nenhuma investigação se seguiu. Nada aconteceu. Não houve Comité Church. Nos meados dos anos 70 a CIA complicou-se com problemas por tramas para matar Castro. Hoje são os cidadãos americanos que estão na lista a abater. Sejam quais forem as objecções elas não terão qualquer peso. Ninguém no governo está minimamente perturbado quanto ao assassínio de cidadãos dos EUA pelo governo dos EUA.
Como economista, fico estupefacto pelo facto de os profissionais da Ciência Económica americanos não terem consciência de que a economia dos Estados Unidos foi destruída pela deslocalização do PIB dos EUA para países além-mar. As corporações dos EUA, na busca da vantagem absoluta ou dos mais baixos custos do trabalho e dos máximos "bónus de desempenho" dos seus presidentes, transferiram a produção de bens e serviços vendidos a americanos para a China, Índia e outros lugares no exterior. Quando leio economistas a descreverem a deslocalização como comércio livre baseado em vantagens comparativas, percebo que não há inteligência ou integridade na profissão americana da Ciência Económica.
A inteligência e a integridade foram compradas pelo dinheiro. As corporações transnacionais ou globais dos EUA pagam pacotes de compensação de muitos milhões de dólares a administradores de topo, os quais alcançam estes "prémios de desempenho" através da substituição do trabalho americano pelo trabalho estrangeiro. Enquanto Washington está a preocupar-se acerca da "ameaça muçulmana", os engodos da Wall Street, das corporações dos EUA e do "mercado livre" destroem a economia estado-unidense e as perspectivas de dezenas de milhões de americanos.
Os americanos, ou a maior parte deles, demonstraram ser maleáveis nas mãos da polícia do estado.
Os americanos aceitaram a afirmação do governo de que a segurança exige a suspensão de liberdades civis e de governo responsável. Espantosamente, os americanos, ou a maior parte deles, acredita que liberdades civis, tais como habeas corpus e o devido processo, protegem "terroristas" e não a eles próprios. Muitos acreditam também que a Constituição é um antigo documento desgastado que impede o governo de exercer a espécie de poderes de polícia de estado necessários para manter os americanos seguros e livres.
A maior parte dos americanos pouco provavelmente ouvirá de alguém que lhes conte algo diferente.
Fui editor associado e colunista do Wall Street Journal. Fui o primeiro colunista externo da Business Week, um cargo que mantive durante 15 anos. Fui colunista durante uma década do Scripps Howard News Service, publicado em 300 jornais. Fui colunista do Washington Times e de jornais em França e Itália e de uma revista na Alemanha. Fui colaborador do New York Times e colunista regular no Los Angeles Times. Hoje não posso publicar, ou aparecer, nos media americanos "de referência".
Nos últimos seis anos fui banido dos media "de referência". A minha última coluna no New York Times apareceu em Janeiro de 2004, em co-autoria com o senador democrata Charles Schumer, representante de Nova York. Tratámos da deslocalização dos empregos estado-unidenses. O nosso artigo na página editorial provocou uma conferência na Brookings Institution, em Washington D.C. e uma cobertura viva do C-Span. Foi lançado um debate. Nada disso poderia acontecer hoje.
Durante anos fui um esteio no Washington Times, produzindo credibilidade para o jornal de Moony como colunista da Business Week, ex-editor do Wall Street Journal e ex-secretário assistente do Tesouro dos EUA. Mas quando comecei a criticar guerras de agressão de Bush, desceu para Mary Lou Forbes a ordem de cancelar a minha coluna.
Os media corporativos americanos não servem a verdade. Eles servem o governo e os grupos de interesses que se apoderaram do governo.
O destino da América foi selado quando o público e o movimento anti-guerra compraram ao governo a teoria conspirativa do 11/Set. A explicação do governo quanto ao 11/Set é contraditada por muita evidência. No entanto, este evento definidor do nosso tempo, o qual lançou os EUA em intermináveis guerras de agressão e num estado policial interno, é um tópico tabu de investigação nos media. É inútil queixar-se de guerra e estado policial quando se aceita a premissa sobre a qual eles se baseiam.
Estas guerras de milhões de milhões (trillion) de dólares criaram problemas de financiamento para os défices de Washington e ameaçam o papel do dólar americano como divisa de reserva mundial. As guerras e a pressão que os défices orçamentais impõem sobre o valor do dólar colocaram a Segurança Social e o Medicare na linha de corte. O antigo presidente da Goldman Sachs e secretário do Tesouro dos EUA, Hank Paulson, pretende estas protecções para os idosos. O presidente do Fed, Bernanke, também as pretende. Os republicanos pretendem-nas igualmente. Estas protecções são chamadas "direitos garantidos" ("entitlements") como se fossem alguma espécie de previdência que as pessoas houvessem pago através de descontos na folha de pagamento durante todas as suas vidas de trabalho.
Com mais de 21 por cento de desemprego quando medido pela metodologia de 1980, com empregos, PIB e tecnologia americanos tendo sido dados à China e à Índia, com a guerra sendo o maior compromisso de Washington, com o dólar sobrecarregado com a dívida, com a liberdade civil sacrificada à "guerra ao terror", a liberdade e a prosperidade do povo americano foi atirada no caixote de lixo da história.
O militarismo dos estados estado-unidense e israelense, e a cobiça da Wall Street e das corporações, agora seguirão o seu curso. Quando a caneta é censurada e o seu poder extinto, calo-me.
*Paul Craig Roberts é ex-editor do Wall Street Journal e ex-secretário assistente do Tesouro dos EUA