Ajuda divina

A prefeitura de Joinville terá de agradecer, e muito à São Pedro. Aquela chuvarada que normalmente cai nos últimos meses do ano não apareceu e as medidas de contensão de cheias não foram testadas. Agora, resta cruzar os dedos e pedir para que o “Homem lá de cima” continue com a torneira fechada nos primeiros meses de 2010. Pois ninguém arriscaria pagar pra ver.

Entresafra eleitoral está chegando ao fim

Não era para ser assim, mas infelizmente esta é a realidade. Ano em que não há eleições fica evidente a inércia dos administradores públicos. Já virou rotina. Entresafra eleitoral é sinônimo de ações questionáveis, como aumentos de tarifas públicas e também falta de obras importantes para a população. Já em ano eleitoral, como será este que está entrando, as cidades se transformam em verdadeiros canteiros de obras.

Vedete eleitoral
Falando em eleições, Joinville se prepara para novamente assumir o degrau mais alto de importância no pleito deste ano. Por ser a maior cidade do Estado, quem se der bem por aqui, estará praticamente eleito para os cargos pretendidos.

Cenário eleitoral
Para a Assembleia Legislativa, é quase certa a eleição de pelo menos três deputados, na verdade a reeleição pois, Kennedy Nunes (PP), Nilson Gonçalves (PSDB) e Darci de Matos (DEM) praticamente dividem os votos dos eleitores daqui, sobrando pouco para os outros pretententes.

Cenário eleitoral (2)
Para a Câmara Federal o páreo é mais duro. Mauro Mariani (PMDB) e José Carlos Vieira (PR) tentam a reeleição, mas disputam com concorrentes de peso. Destaque para o fenômeno Patrício Destro que tem tudo para surpreender, isso se o DEM deixar.

Cenário eleitoral (3)
Para o Governo Estadual dificilmente o governador Luiz Henrique (PMDB)emplacará seu substituto. Pesquisas revelam que, pela primeira vez, Ângela Amin (PP) surge forte na cidade e como a tendência é de que Ângela também se de bem em Florianópolis, a vantagem da deputada sobre os concorrentes é evidente.

E o PT?
Os únicos que podem surpreender no pleito são Adilson Mariano e Francisco de Assis. Justamente por não serem lá muito próximos de Carlito Merss. O prefeito, pelo seu jeito de governar Joinville em 2009, ficou radioativo, e quem está perto dele acabará sofrendo as consequências. Ou seja, se forem mantidas as candidaturas de Marinete Merss e Marcos Aurélio Fernandes (foto) a possibilidade de um resultado vexatório dos dois é gigante.

Cabo eleitoral
Mas nem todo mundo está descontente com a administração Carlito. Há quem diga que Marco Tebaldi conta com o petista para se eleger. Tebaldi aposta na revolta da população com o atual governo. Ou seja, Carlito está se tornando o maior cabo eleitoral do ex-prefeito.

Mudança de planos

O vice-governador Leonel Pavan voltou atrás e decidiu não assumir o governo de SC em janeiro, como estava previsto. Pavan alega que precisa de tempo para se defender das acusações do Ministério Público que vieram à tona na semana passada. Segundo o MP, Pavan teria recebido propina de R$ 100 mil para que a empresa Arrows Petróleo do Brasil não perdesse a inscrição na Secretaria da Fazenda. O vice-governador nega participação no esquema.

Dois PTs

Enquanto o presidente Lula bate mais um recorde de aprovação, com 72%, segundo a pesquisa Datafolha, por aqui a pesquisa Univali dá humilhantes 26% para Carlito. Uma coisa é certa. Os números comprovam que o problema não é o PT e sim as pessoas que estão à frente da administração municipal.

A novela dos R$ 100 milhões

O resultado da análise feita pelo Tribunal de Contas do Estado, nas contas de 2008 da Prefeitura de Joinville, encerrou de vez o dramalhão mexicano dirigido pelo prefeito Carlito Merss de que estava de “mão atadas” por causa da dívida de R$ 100 milhões deixadas pelo seu antecessor, Marco Tebaldi.

Segundo o TCE, o déficit deixado pela gestão anterior foi de R$ 13 milhões, uma cifra perfeitamente administrável. Agora, cabe a Carlito explicar de onde ele tirou os números que foram passados à população, que chegou a acreditar na desculpa do petista para a inoperância à frente da prefeitura.

Reflexos da mentira
Quem também deverá sofrer desgastes com a aprovação das contas de 2008 da prefeitura é a vereadora Tânia Eberhardt (PMDB). Tânia foi a relatora da CPI das Contas, na Câmara de Vereadores, e em seu parecer tentou livrar a cara do governo Carlito e assinou embaixo a informação de que Tebaldi teria deixado uma Joinville endividada para o seu sucessor.

Mas não existem só perdedores nesta história. O vereador Alodir Cristo (DEM) e o ex-prefeito Tebaldi saem de alma lavada do desastre. Alodir foi o grande responsável pela derrubada do parecer de Tânia na CPI das Contas. Já Tebaldi, recebeu o aval do TCE de que estava com a razão ao reclamar que os petistas estavam “perdidos” na administração da prefeitura.

Prepare o bolso, a passagem de ônibus vai subir de novo

Em entevista ao tablóide A Notícia, no último domingo (20), o prefeito Carlito Merss deixou evidente que a população que nem bem digeriu o aumento da passagem de ônibus, concedido no início deste ano, já terá de preparar o bolso para o próximo ano. Segundo Carlito, “ ônibus é o grande problema e não tem solução a curto prazo. Porque sempre vai ter que se recuperar a inflação, pelo menos”.

Contra o subsídio
O que era proposta de campanha, agora virou uma coisa “terrível”. Foi assim que Carlito descartou a possibilidade de subsidiar a tarifa para evitar aumentos. “As experiências que tenho visto sobre subsídio e as conversas com prefeitos são terríveis. Em Florianópolis é de R$ 6 milhões”.

Me engana que eu gosto
Na mesma entrevista Carlito afirma que para subsidiar o transporte coletivo teria de tirar R$ 5 milhões da Saúde e da Educação. Ou seja, tirar da verba de gabinete, como sugeriu Kennedy Nunes, e da verba publicitária, que será de mais de R$ 10 milhões em 2010, nem pensar?

Novo projeto

Se você já teve acesso a edição desta semana da Gazeta percebeu que estamos de cara nova. Para comemorar os cinco anos do jornal e para atender o desejo dos nossos leitores e assinantes, a Gazeta, além de passar a contar com um visual mais “clean” (limpo), também trará muito mais conteúdo para os seus admiradores.

Estreia
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Um "erro" de R$ 87 milhões

A sessão ordinária do TCE - Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, realizada na tarde desta quarta-feira (16) aprovou por unanimidade as contas da gestão Marco Tebaldi (2008), sepultando qualquer dúvida sobre a herança contábil do ex-prefeito tucano. “Esta é prova definitiva de que agimos com honestidade, com seriedade e zelo ao bem público. Enfrentei acusações, CPI e auditorias. Graças a Deus a verdade sobressaiu. Acredito que agora acabou a farsa do PT. Espero que comecem a trabalhar por Joinville ao invés de continuar arrumando desculpas e bodes expiatórios”, desabafou o ex-prefeito de Joinville.

O processo 09/00195550, estava na pauta de segunda-feira (14), mas ficou para esta quarta quando foi à votação em plenário. Os conselheiros acompanharam o relator Wilson Rogério Wan-Dall que recomendou a aprovação das contas.

Marco Tebaldi sofreu inúmeras acusações de que teria deixado dívidas milionárias na Prefeitura e que por isso a atual gestão não pagava os fornecedores e prestadores de serviços. Tebaldi enfrentou ainda uma Comissão de Inquérito na Câmara Municipal.

No início do ano, Carlito afirmou que Tebaldi teria deixado dívidas de R$ 100 milhões.. Auditoria do TCE apontou um déficit de R$ 13,125 milhões, o que é plenamente aceitável e por isso recomendou a aprovação. Agora o parecer do TCE deve ser votado na Câmara de Vereadores de Joinville.

Vai ser um dia de festa para a oposição e de agonia para os discípulos de Carlito. Principalmete Manoel Bento (PT), líder do Governo e Tânia Eberhardt (PMDB), autora de um relatório na CPI das Contas no qual crucificava Tebaldi e mandava soltar Barrabás, digo, isentava Carlito.

Os R$ 100 milhões de dívidas não apareceram

Tem gente da oposição ao governo Carlito ansiosa com o término da análise das contas da Prefeitura em 2008, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Está todo mundo querendo ver se irão aparecer os tais R$ 100 milhões de dívidas que o governo petista alega ter herdado da administração anterior. Ao que tudo indica, os oposicionistas devem cair de pau em cima do prefeito, já que um relatório da Secretaria da Fazenda chegou à cifra de R$ 34,2 milhões em gastos autorizados na gestão Tebaldi e que tiveram de ser pagos no governo Carlito. Ou seja, nem perto da propalada pelos petistas no início do ano.

Condenado

O ex-prefeito de Joinville Marco Tebaldi (PSDB) foi condenado na última terça-feira (15) a quase três anos de prisão. Conforme o juiz João Marcos Buch, autor da sentença, houve desvio de verba pública quando R$ 15 milhões que foram pagos pela Casan, em 2003, e deveriam ter sido aplicados em obras de saneamento básico, foram usados usado para pagamento de 13º salário dos servidores públicos. Por ser réu primário, o ex-prefeito terá de cumprir a pena em serviços comunitários. Tebaldi vai recorrer da decisão.

A coisa ficou feia para Pavan

O procurador-geral de Justiça, Gercino Gomes Neto, decidiu assinar embaixo do relatório da investigação feita pela Polícia Federal e denunciou o vice-governador Leonel Pavan (PSDB) e mais seis por suspeitas de crimes de corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa e quebra de sigilo funcional no governo estadual.

E como desgraça pouca é bobagem, o procurador além de denunciar o futuro governador do Estado (Pavan assume o governo em janeiro), acabou dando nome aos bois e revelou quem teria pago e quem teria recebido a propina. “(...) o único capitulado na corrupção ativa é o vice-governador”, afirmou Gercino Neto na denúncia.

O que tá pegando
Segundo a Polícia Federal, R$ 100 mil foram pagos para que Arrows Petróleo do Brasil não perdesse a inscrição na Secretaria da Fazenda. A Secretaria da Fazenda suspendeu a inscrição estadual da Arrows em 30 de março.

Dinheiro do PAC pode não vir

Só para variar e como não tem mordomo na Prefeitura para culpar, novamente o prefeito Carlito colocou na conta do ex-prefeito Marco Tebaldi a culpa pela possível perda de R$ 64,6 milhões do PAC Saneamento que devem vir para Joinville.

“São muito atrapalhados”
“Li que Joinville pode perder dinheiro para aplicar no saneamento básico. E sabem de quem é a culpa? É claro, o PT incompetente continua a me culpar, quase um ano de desgoverno, mostraram incompetência e tenta jogar a culpa na herança contábil. Por favor, trabalhem! O governo federal é do PT e nem assim conseguem? Desta vez nem conseguiram juntar documentos. São muito atrapalhados...”, esse foi o contra-ataque de Tebaldi postado em seu blog.

Nota para a gestão Carlito. Uma conta que não fecha

Tenho escutado por aí que a equipe de governo do prefeito Carlito se reuniu e avaliou como boa a administração petista em 2009. A turma da prefeitura se deu até nota e segundo eles, uma nota 7. Analisando a pesquisa Univali feita no final de novembro, percebe-se que a conta não fecha. Teve gente falhando na auto-avaliação já que, segundo a pesquisa, a nota dada pela população (lembrando que apenas 26% avaliam positivamente o prefeito Carlito) não chega a 5. Ou seja, ficou todo mundo em exame e até em segunda época.

E você internauta, qual nota dá para o jeito Carlito de governar?

Kinder Ovo, nem sempre uma surpresa

Teve assessor do prefeito (lê-se Eduardo Dalbosco) dizendo que a população de Joinville irá se surpreender com o governo Carlito em 2010. Permita-me discordar. Na verdade precisou de apenas um ano à frente da prefeitura para os os joinvilenses se surpreenderam, e muito, com o jeito Calito de governar.

Kinder ovo (2)
Aqueles 170 mil eleitores que apostaram na mudança e elegeram Carlito tiveram a decepcionante surpresa de perceber que nada mudou ou se mudou foi para pior, conforme mostram os números da pesquisa Univali (70% dos entrevistados acham que Carlito é pior ou igual ao seu antecessor Marco Tebaldi).

Kinder ovo (3)
A população se surpreendeu com o aumento da passagem de ônibus e da tarifa de água. Foi pega de surpresa também com continuidade do caos na saúde e com a montanha de dinheiro gasto em publicidade. Para quem já recebeu alguns “presentes de grego” fica muito difícil se surpreender com qualquer coisa.

Resposta rápida

Hoje no final da manhã, recebi uma resposta do secretário Dalbosco (a nota já havia saído na versão impressa):

Cristiano:

Em atenção aos seus comentários e em respeito aos leitores do Jornal Gazeta de Joinville gostaria de esclarecer que a Prefeitura trabalha duramente para vencer as dificuldades financeiras herdadas e que, neste ano, retomou obras paralisadas e as concluiu, como as praças Dário Salles e da Bandeira, a Ponte Kesser Zattar, a Ponte Martinho Van Bienne, o Posto do Floresta, o PA do Aventureiro, o programa de pavimentação, academias da melhor idade, reformas de praças, inauguração de escolas, CEIs e também implementa habitação popular para atingidos pelas enchentes, drenagem,
saneamento básico e pavimentação do Jardim Paraíso, finaliza a Ponte da Estrada Blumenau, do acesso à Escola Vogelsanger na Vila Nova, além de ter realizado um programa intenso de dessassoreamento de rios e limpeza de valas. Para 2010, entre outros, preparamos condições para o início do BNDES 3, a rede de esgoto do Vila Nova, do Espinheiros, a adutora do Rio Pirai, os novos reservatórios do Morro do Finder e do São Marcos, a macrodrenagem do Morro Alto, a urbanização do Guaxanduva, o canal da Noruega e do Cubatão, a reformas de postos de saúde como o Pam do Boa Vista, o Minha Casa, Minha Vida e estamos negociando recursos federais para a conclusão do Hospital São José, da Expoville e para a ampliação e segurança do Aeroporto. Pelo orçamento participativo, iremos construir e revitalizar diversas áreas de lazer. Pelo BID(qualidade ambiental) estamos concluiremos os Planos de Drenagem, de Saneamento (água e esgoto), de Resíduos Sólios, de Fragilidade do Solo, o laboratório municipal, as estações metereológicas e o manejo da APA da Dona Francisca.

É o início, mas nossas pesquisas de opinião indicam que a população compreende e apoia o Governo Carlito Merss, um governo com a marca da transparência e da participação popular.

Um abraço,
Eduardo Dalbosco
Secretário de Planejamento

Falando em Dalbosco

Com certeza o secretário de Planejamento de Joinville e braço direito do prefeito Carlito, Eduardo Dalbosco, merecia um prêmio Framboesa de Ouro, aquele que o pessoal de Hollywood entrega para os considerados piores filmes do ano. Dificilmente na história política, alguém pegou um político que tinha 62% de aprovação da população e carregou ladeira abaixo até chegar nos atuais 26%, em que Carlito se encontra hoje.

Ficou em casa

O prefeito Carlito não apareceu na Arena no último sábado, quando o JEC finalmente conseguiu a famigerada vaga na série D do Campeonato Brasileiro. Provavelmente não quis “testar” sua popularidade no meio da multidão que compareceu ao jogo.

Atravessado na goela

Ocupando a tribuna da Assembleia Legislativa, esta semana, o deputado Kennedy Nunes foi da euforia a raiva em segundos. Kennedy estava eufórico com a prisão, feita pela Polícia Civil, de mais alguns pedófilos e enfurecido com o pessoal que invadiu seu twitter pedindo para ele respeitar os “direitos humanos” dos presos.

Atravessado na goela (2)
Tudo começou quando o deputado comentou em seu twitter que queria poder mostrar aos detentos uma das fotos do crime de pedofilia, antes de colocar os acusados na cela e acabou sendo criticado. “Eu não vejo os direitos humanos defendendo vítimas, as crianças, os pais dessas crianças, só criminosos, só esses vagabundos que fazem o que fazem com as crianças. Onde vamos parar?”, disse o deputado na tribuna.

Atravessado na goela (3)
Kennedy mirou sua artilharia também para a imprensa, ao perguntar: “onde estão os jornalistas desse estado que andaram dizendo que eu fiz essa denúncia para dar tempo de algum conhecido meu escapar? Onde estão? Vocês não sabem de nada!”. Por fim, o deputado parabenizou a Polícia Civil e o Delegado Renato Hendges, pelo trabalho que chamou de excepcional.

Pavan misterioso.

As eleições de 2010 se aproximam e, com elas, começam a aparecer os insistentes desbravadores da humildade alheia. São políticos que dificilmente visitam suas cidades e com a maior cara de pau prometem acabar com as principais carências que prejudicam o seu povo no seu dia a dia. Perfeitos urubús de plantão, preparados para enganarem a própria mãe, se possível for. Muitos deles já estão no segundo mandato, e, mesmo assim, ainda conseguem ter a coragem de apontar o que precisa ser feito para que problemas de uma cidade inteira sejam resolvidos. Cidades antes esquecidas por eles a muito tempo. Velhacos de promessas não cumpridas. Está se tornando uma tarefa muito difícil escolher alguém para ser votado, seja daqui ou seja de lá, parecem farinha do mesmo saco. Está cada vez mais difícil saber separar o joio do trigo.
Em Florianópolis a licitação para o metrô de superfície já começou, e aqui em Joinville, como fica o nosso sistema viário tão caótico? Porque em outras cidades muitas obras importantes vingam, e, aqui, só ficam na promessa? O que estão fazendo os nossos deputados estaduais além dos seus narcizismos? E o nosso Governador? Se com ele que é de Joinville a fila não anda, imaginem alguém de Balneário Camboriú ou de Criciúma para nos governar.

Perderam a vergonha


Teve vereador que se mostrou constrangido com a presença dos diretores da RIC Record/ Notícias do Dia, Silvano Silva e da RBS/ A Notícia, Luiz Cardoso, no plenário da reunião que decidiu sobre o remanejamento de verbas no orçamento municipal de 2010. Como os cortes mais significativos seriam na verba publicitária, de grande interesse dos dois veículos de comunicação, Silvano (que aparece na foto acima) e Luizinho foram a Câmara fazer lobby (pressionar) para que os vereadores não mexessem muito na fatia que lhes interessava. Pelo visto conseguiram, já que num primeiro momento o corte seria da metade dos R$ 17 milhões (R$8,5 mi) destinados a propaganda e acabou em menos de R$ 5 milhões.

Passo para trás
Enquanto a opinião pública reclama e cobra uma imprensa independente, é inadimissível que meios de comunicação interfiram em benefício próprio retirando a possibilidade de reverter verbas que poderiam ser aplicadas na saúde ou na educação e que serão usadas apenas para a auto-promoção do governo. Atitudes como essa acabam colocando em xeque a credibilidade de qualquer veículo de comunicação.

Com o aval de Carlito
Fica quase que evidente a participação de Carlito no “cateiraço” dos empresários da mídia. Vale lembrar que quando a negociação de emendas iniciou, o líder do Governo na Câmara, Manoel Francisco Bento, ocupou a tribuna para protestar contra os cortes na publicidade, considerando a verba para propaganda “imexível”.

Rejeição: os dois lados da moeda

Quando uma pesquisa eleitoral é divulgada, além de ver seu nome com índices baixos de preferência popular, os políticos, na sua maioria, temem em saber qual é o seu índice de rejeição. Por um lado eles estão cobertos de razão, mas por outro, os postulantes, antes de se descabelarem, precisam descobrir que tipo de rejeição está ligada ao seu nome.

Rejeição Moral
Segundo o coordenador do Instituto de Pesquisas Sociais da Univali, Sérgio Saturnino Januário, em entrevista à Gazeta ninguém consegue lutar contra a rejeição moral, ou seja, se o político é taxado de corrupto ou tem sua carreira manchada por escândalos sucessivos envolvendo enriquecimento ilícito e maracutaias, por exemplo, pode ensacar a viola porque, se bobear, nem o cunhado vota nele.

Rejeição de concorrência
Segundo Sérgio Januário, esta é perfeitamente administrável e não representa o mesmo perigo que a rejeição moral. Januário explica que a rejeição de concorrência é imposta pelos entrevistados que já têm candidatos escolhidos e vêem, na hora de apontar a rejeição por alguém, a oportunidade de “queimar” o nome daquele que ele, o entrevistado, considera a principal ameaça às pretensões do seu preferido.

Nem santo ajuda
Mas Sérgio lembra que rejeição é rejeição e nunca deve ser desprezada. Ele garante que quando um candidato tem índices de rejeição maiores que os de intenção de voto, não importa se é moral ou de concorrência, é praticamente impossível reverter o quadro e conseguir uma vitória.

Notícia bombástica

A informação de que o Juiz de Direito Renato Roberge, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Joinville, por sentença judicial, anulou a concessão dos serviços de operação, manutenção e gerenciamento do sistema de estacionamento rotativo de Joinville, sem dúvida, foi o assunto da semana na cidade.

Monitoras
A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público de Santa Catarina em ano de 2003. Na ação, o Promotor de Justiça Assis Marciel Kretzer, com atuação na área da Moralidade Administrativa na Comarca de Joinville, explica que os monitores não tem competência para atestar a irregularidade em lugar do agente de trânsito. Assis defendeu que era ilegal dar poder de polícia às monitoras do estacionamento rotativo.

Fim da notificação
Em sua sentença, o juiz Roberge destaca também que: “os agentes de trânsito não podem, à vista do que lhes é fornecido pelos avisos, formalizar a infração, sem que de fato tenham constatado a existência de ofensa à regra de trânsito, no caso, irregularidade no estacionamento”. Ou seja, os agentes podem multar aqueles que estacionarem em fila dupla, em cima da calçada etc...Mas nada de ir “caneteando” quem não estiver usando o cartão de estacionamento.

Perderam a chance

Os vereadores de Joinville perderam a chance de dar uma resposta aos anseios da população quanto ao caos na saúde pública. O legislativo joinvilense deve achar que os 368 milhões destinados à saúde no orçamento de 2010 serão suficientes para resolver o problema, já que eles mexeram em R$ 19 milhões do orçamento proposto pela prefeitura sem destinar nada para a a maior preocupação dos munícipes.

Perderam a chance (2)
Ao todo foram 104 emendas aprovadas esta semana, mas nenhuma relacionada à saúde pública, com exceção a uma que fala de reformas na secretaria de saúde.

Emendas “pessoais”
Os vereadores podem até usar o argumento de que as emendas apresentadas são de interesse dos joinvilenses, mas, no fundo, não passam de emendas pessoais. Se o clamor da população fosse ouvido, a questão de prioridade seria destacada e a saúde receberia uma grossa fatia destes R$ 19 milhões. Uma pena.

Um baile

Novamente o líder do Governo na Câmara, vereador Manoel Francisco Bento, foi “patrolado” pela oposição. Bento teve de jogar na retranca durante a discussão das emendas ao orçamento e teve de digerir um número recorde de emendas aprovadas. Foram 106 apresentadas e apenas duas rejeitadas, sendo que dessas mais da metade (66) foram apresentadas pela oposição.

O tamanho da derrota
Para se ter uma ideia do tamanho da derrota do prefeito Carlito, na discussão do orçamento, nos dois últimos anos, quando o prefeito Marco Tebaldi reinava tranquilo no legislativo, apenas dez emendas foram aprovadas no orçamento. Foram duas em 2007 e oito em 2008.

O ônus e o bônus

O vereador Patrício Destro (DEM) já começa a colher as flores e os espinhos de ser o destaque da pesquisa IPS Univali. Como flor, o democrata leva a confortável preferência de quase 30% da população. Mas, por outro lado, já começa a ter gente querendo queimá-lo perante a sociedade.

Ação rápida
Bastou o resultado da pesquisa ser divulgado para que adversários insinuassem atitude preconceituosa de Patrício ao tentar derrubar a lei aprovada pela Câmara que permite a construção de prédios de quatro andares no reduto eleitoral de Destro, no bairro São Marcos.

Contra os pobres
Os maldosos afirmam que Patrício não quer pobres no seu bairro, já que os maiores beneficiados pela lei seriam aqueles que se encaixam no programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal, mas segundo o vereador não é bem assim. Qual é o pobre que ganha R$ 3 mil por mês? Pergunta Patrício. Segundo ele, a questão é que o São Marcos não tem estrutura para receber mais 500 famílias. Primeiro pensem em ampliar a escola e o posto de saúde, intima Destro.